(A) Mar

Será que eu me apaixonei?

Oi lindas! Desculpem a demora, tive/estou tendo uns probleminhas pessoais, mas voltei e espero que não demore para postar o próximo. Na, Paula e Caty podem parar de fazer chantagem emocional. A menina que me mandou dm DESCULPA a demora, mas pronto atualizei. Espero que gostem e aproveitem o capítulo.

Beijos, 

Isa

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"Por quê não?", Gizelly pensava. Ela estava com a conversa da Marcela aberta e uns minutos após ter saído do shopping e da companhia da loira.

- Acho que eu tô maluco, só pode. – A morena sorriu e logo deu partida no carro rumo a sua casa. No meio do caminho o pensamento voltou a sua cabeça e ela não deixou ele escapar de novo e realizou a sua vontade. – Vai... Atende logo!

"Alô?" – Aquela voz poderia fazê-la dormir de tão doce que era.

"Oi, linda, sentindo saudades já?" – a morena gargalhou e também tirou risada do outro lado da linha.

"Como não sentir saudades desse furacão?" – Ficaram em silêncio. – "Me diga, o que queres de mim?"

"Primeiro quero dizer que não aceito respostas negativas..."

"Nossa que mulher brava... Uma deusa da justiça quase" – E mais gargalhadas eram dadas na ligação.

"Shiu, calada..." – Gizelly disse e continuou. – "Quero te fazer um convite... Bem importante" – Uma pausa dramática era a cara de Gizelly.

"Vamos fala logo, sou ansiosa..." – a outra pessoa falava.

"Ihhh Marcela, acalma o coração, minha filha." – Gargalhou alto, pois, estranhamente, sabia o que a loira faria (fecharia os olhos, abaixaria a cabeça negando e daria um sorrisinho fraco). – "Queria chamar você e a Rafa para irem no jantar da empresa que vai ter hoje." – Falou de uma vez só para não perder a coragem.

"CLARO!" – Gritou e percebeu logo em seguida, pois abaixou o tom de voz. – "Claro se a Rafa quiser e puder, vamos sim..."

"Mesmo se ela não puder, vai você... Te mando o endereço por mensagem"

"Já que não posso dizer não... Então eu vou". – Riu e sabia que se tivesse perto de Gizelly levaria um tapa. Tanto é que ela desligou a chamada e logo em seguida mandou o endereço.

Furacão: Você vai se quiser, se for obrigada, nem aparece...

Puts... Ela tinha ficado chateada? Marcela falou brincando apenas, obvio que ela iria com ou sem Rafaella.

McGowan: Tá chateada?

Não obteve resposta e preferiu assim, mas ainda sim iria ao jantar, afinal o convite estava feito. Ligou para Rafa que estava disponível e depois foi para casa se arrumar.

- Como assim? Ela ficou chateada? O que você fez? – Rafaella sabia que as vezes Marcela não tinha senso de algumas coisas que falava.

- Eu não falei nada demais... Sério. – Havia notado a cara da amiga. – Eu posso ser sem noção algumas vezes, mas eu juro que não disse nada demais.

- Eu ficaria chateada também, Ma... Mas vamos ver se ela resiste ao encanto dessa sereia aqui. – Deu um tapa na bunda de Marcela que estava com um vestido longo azul, cabelos soltos com ondas e acessórios que a deixavam ainda mais linda.

- Vamos nessa né? – A loira se virou e as duas saíram do apartamento para irem ao jantar.

Gizelly

ÓBVIO que eu não fiquei chateada com a Marcela, não tem nem como eu ficar né? A mulher mais doce que eu já conheci na vida, mas não posso negar que gostei de provocar ela e de ver que ela se preocupa com o que eu penso.

- Você é FODA, GIZELLY BICALHO! – Bianca chegou gritando no quarto da amiga. – Como você chama as duas pra esse jantar? Gizelly eu preciso de sanidade e se você falou que a amiga da sua mina é tudo o que eu procuro... Eu não vou ter paz. – Gizelly ria da amiga, porque sabia que grande parte daquela histeria toda era pelo jantar.

- Calma, oh malucona, eu as chamei pra vocês se conhecerem em um ambiente menos pegável... – Ela viu Bianca arquear a sobrancelha. – Se eu te levo a uma balada, tu vai pegar a Rafa e pronto... E ela não mulher disso.

- Ah, claro, to bem melhor agora. – Bia deu um sorriso amarelo. – Vamo embora!

~

Gizelly e Bianca ofereciam aquele jantar todos os anos para os funcionários, amigos, clientes e alguns investidores da empresa. Logo, ambas precisavam estar ali para receberem todos, por isso antes que qualquer convidado chegasse, elas já estavam ali resolvendo os detalhes da festa.

- Espero que seja perfeito! – Gi disse a sua amiga.

- Vai ser! Tudo que fazemos é com amor, então vai dar tudo certo. – Abraçaram-se.

As meninas estavam cumprimentando todos os convidados, mesa por mesa, até que Gizelly olhou para entrada e viu as duas amigas chegando. Ela não sabe que hora, mas prendeu a respiração ao ver a loira com aquele vestido longo.

- Gi? É aquela ali que é a Rafa? – Bianca tinha seguido o olhar da amiga e ficou tão admirada quanto, mas pela morena ao lado de Marcela. – Puta que me pariu... Ela é uma Deusa!

- Eu te disse... – Gizelly sussurrou e começou a soar. Marcela estava vindo em sua direção com aquele sorriso que só ela tinha.

- Ei, você tá gelada! Meu pai... – Bianca não pode concluir, pois as duas já haviam chegado.

- Então você deve ser a Bianca... – A loira disse sorrindo.

- E você a senhora sem celular? – Tirou onda com a loira e todas sorriram.

- Não te conto mais nada... – Gizelly disse indo em direção a Rafa. – Oi Rafa, que bom te ver aqui... Deixa eu te apresentar essa aqui é a Bianca Andrade e, Bia, essa é a Rafaella Kalimman... – As duas se cumprimentaram com olhares intensos, o clima tenso era palpável. – E essa aqui é a Marcela McGowan, de quem eu te falei do celular...

- Precisa apresentar não, ela é piranha igual eu... – Bianca riu e novamente fez todas rirem.

- Perdoem, as vezes ela não bate muito bem da cabeça... Espero que aproveitem a festa, meninas... Preciso ir falar com algumas pessoas e depois volto com você, ok? – Gizelly viu Rafa afirmar com a cabeça e se virou, mas foi puxada e sabia por quem era.

- Não mereço um abraço? – Marcela e seu belo sorriso.

- Merece todos do mundo... – Ela disse e ambas foram de encontro com a outra. Ao se tocarem as duas sentiram a energia boa que transmitiam. Gizelly sentia o perfume de Marcela e podia jurar que era único no mundo todo. Marcela podia sentir o calor do corpo de Gizelly e afirmar que era ali a sua morada. As duas não entendiam ainda o que aquilo representava, aquela conexão surreal.

- Gi? Vamos? – Era Bianca chamando.

- Oi? Vamos sim... Depois falo com você. Obrigada por vim! – Sorriu leve e aproximou novamente do rosto da loira. – Eu jamais ficaria chateada com você... – Sussurrou e fez a loira sorrir.

Ao se separarem as duas estavam com o mesmo pensamento, apesar de confuso, mas era o que estava passando nas suas mentes.

"Será que me apaixonei?"