rotas perdidas

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- Jogue-os no calabouço! Vossa Majestade saberá o que fazer quando os vir! Andem, se apressem, há muito o que fazer hoje!

Assim fez o comandante Lewis, espalhou os oito corpos ainda desacordados no chão gélido de pedra. Era um ambiente escuro, mas as janelas altas davam a impressão de que o sol não havia esquecido de todos.  Alguns ratos corriam pelo local, é, não se pode esperar higiene absoluta no século 16, certo? 

Os bichinhos foram o estopim para que as meninas ali acordassem em prantos. A gritaria poderia ser ouvida do outro lado do mundo. 

- Tem ratos! Ratos roendo o meu cabelo! - Yuna era a mais histérica, se ela tinha a intenção de assustar os ratos somente com a reação exagerada, então havia conseguido. 

- Onde estamos? - o mais velho se questionava um tanto confuso enquanto verificava ao seu redor

- Calabouço... E pelo brasão ali acima, assumo que seja o seu Soobin... - Yeji rapidamente se levantou, se direcionado à porta de saída mas sem sucesso algum, estava trancada. Como previsto. 

- Eu tenho um calabouço? Ah é, não eu, o outro eu...Acha que ele vai reagir bem quando ver um clone mais bonito dele e um bando de outros clones de pessoas que ele conhece? Não! Ele vai enfiar uma espada no nosso peito e vamos virar picadinho em pleno século 16, oh sim, vou morrer DUAS vezes!

- Quer se acalmar? Preciso pensar num jeito de tirar a gente daqui! Só tenho que abrir essa maldita porta! Não consigo, está trancada, mas que inferno. 

''Vai à algum lugar?'' 

A garota imediatamente congelou vendo a figura alta de voz doce na sua frente, seus cabelos pretos e caídos ao rosto exatamente como ela lembrava, as vestes pretas e a espada do lado esquerdo para dar sorte. 

- Yeji? O que está fazendo aqui? E que roupas são essas que está vestindo, não sabe o quão impróprio é para uma dama e rainha andar com roupas curtas fora do seu quarto? Você sumiu o dia inteiro, já estava quase achando que desistiria do...

- Soobin.

- Sim?

- Há algo que precisa saber... E ver, venha comigo. - Yeji então guiou o garoto pela mão e adentrou um pouco mais o local. Os outros sete permaneciam parados temendo o que poderia acontecer se ele detestasse a ideia de vê-los ali. 

Não diria que detestou, mas certamente ficou assustado e fascinado com as presenças novas ali. Quis gritar e sair correndo, mas o quão diferente seria ver clones de participar de um ritual? Quase nada. 

- Meu Deus. Meu santo Deus, o que é isso... Esses são Hueningkai, Taehyun, Beomgyu, Ryujin, Yuna, eu e...Yeonjun. 

Pensar que ele poderia achar ainda mais legal ter um clone só seu, ah não, ele admirou justamente seu próprio namorado. Rei Soobin se aproximou de Yeonjun com olhos brilhantes e acariciou suas bochechas, causando uma certa repulsa no Soobin atual. 

- Pode...parar com isso? 

- Ele foi meu bem antes de ser seu, sabia?

- Yeji! - Soobin bateu os pés no chão tal qual uma criança enciumada de ter perdido o brinquedo novo para o coleguinha.

- Eu não acredito que ele está com ciúmes de si mesmo...Humilhante, Hyun. - Beomgyu sussurrou no ouvido do namorado que respondeu com risos abafados para que não fosse percebido. 

- Venham, preciso levar vocês até o salão. Yeonjun vai gostar de ver isso e coloquem os sacos que trouxeram em suas cabeças, não posso correr o risco de que outros generais os vejam. Posso queimar na fogueira por isso e não é minha intenção ser associado com bruxaria tão cedo.

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