Ophelia Fox tem a vida conturbada, quando pequena, viu seus pais serem mortos a sua frente sem que pudesse ajudar. Nunca aprendeu muito bem como confiar em alguém, até que Remus Lupin quebra todas as paredes colocadas pela menina e ganha sua confian...
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Ophelia encarava Lupin com os olhos arregalados em descrença, ela cuidou do cachorro, não tinha como aquele ser fofinho e peludo ser uma pessoa. A menina balançou a cabeça em negação, rapidamente se virando e correndo o máximo que pode até chegar na casa dos gritos, Lupin seguia em seu encalço preocupado com o que a menina poderia fazer quando visse o homem. A porta da casa foi escancarada com força por Ophelia, fazendo Sirius e todos os outros que estavam dentro da casa – Harry, Rony e Hermione – A olharem assustados.
- Ophelia! Lupin! Sirius black está aqui, cuidado. – Hermione disse, todos estavam com machucados evidentes, mas Rony era o mais ensanguentado. Sua perna estava em cima da cama com uma enorme mordida. Ophelia encarava Sirius com nojo, apontando sua varinha para ele pronta para machucá-lo, mas é impedida por Lupin que com um feitiço tira sua varinha.
- Remus, que porra?! – disse a menina se juntando agora com os outros meninos menores de idade, que encaravam a cena com a mesma incredibilidade.
- Sirius Black, finalmente o exterior reflete a loucura interior. – diz Lupin.
- Você sabe bem sobre loucura interior, não é Remus? – diz Sirius com um sorriso sacana. Remus ri e da seu braço para que ele segurasse, levantando seu amigo e o agarrando em um abraço.
- NÃO! EU NÃO ESTOU ACREDITANDO! ELE É UM LOBISOMEM, EU DEVIA TER FALADO – gritou Hermione.
Neste momento Ophelia parou de escutar tudo o que estava acontecendo, se sentou no chão e repassou as memórias que tinha com Remus e com o cachorro que tinha se revelado ser Sirius. Sirius era um comensal da morte, dos mesmos que mataram seus pais, e ali estava a pessoa que ela mais confiava ajudando ele. Ophelia nem percebeu quando lágrimas grossas caíam de seus olhos, ficou ali chorando em silêncio até que um outro homem apareceu fazendo a menina gritar assustada e se encolher no chão, sendo amparada por Remus, que tentava segurar a garota que se debatia em seus braços.
- SAI DE PERTO DE MIM, VOCÊ É AMIGO DE UM COMENSAL!! – gritava a menina.
- Lia, calma!! Você não escutou o que falamos? Foi tudo uma armação para Sirius. – a menina parou de se debater e olhou em volta tentando buscar a verdade nos olhos dos outros garotos, quando teve a confirmação, olhou nos olhos de Sirius que a encaravam esperançoso. Graças aos cuidados da menina, o homem não estava mais tão magro nem tão sujo como antes, seus cabelos pretos iam até os ombros e pareciam sedosos.
- Você... – suspirou a menina se levantando. – Merlin! Você me viu nua!!
- O QUE? – Remus gritou, ela realmente tinha ficado com ele?
- Eu fui dar um banho nesse cachorro pulguento e eu entrei junto. – a menina explicou e reviriou os olhos quando viu o homem com um sorriso sarcástico.
- Não tinha como eu impedir não é mesmo? – ele rebateu deixando a menina ainda mais brava.
Peter Pettigrew, que todos pensaram estar morto, estava de joelhos, implorando por sua vida e falando que não havia traído os pais de Harry por mal. Conseguimos levar Peter em segurança para o castelo e com um vidro de poção da verdade do professor Snape, ele contou toda a verdade perante ao ministério. Sirius agora era um homem livre que cuidaria de seu afilhado e seu melhor amigo. Ophelia mesmo ainda um pouco confusa sorriu com a libertação de fofinho, que agora não era mais tão fofinho assim, Sirius a chamou para um canto mais reservado querendo resolver as coisas entre eles.
- Oi Lia. – disse o homem com um sorriso no rosto, a menina fez uma careta emburrada.
- Oi Sirius Black, ou fofinho, como você preferir. – disse a menina com um sorriso irônico, arrancando uma risada rouca e atraente de Sirius.
- Queria que você me perdoasse, não era minha intenção que você descobrisse por conta de outra pessoa... Eu só estava esperando que as coisas se resolvessem para que você não tivesse medo de mim.
- Você se aproveitou da minha bondade! Sabe de todos os meus segredos e sentimentos, por Merlin! Eu te contei toda a minha vida e te dei até banho.
- Pode ficar tranquila, não vou contar para ninguém algo que você confiou a mim, quanto ao banho... – ele se aproximou da menina, segurando em sua cintura e sussurrando em seu ouvido. – Você é uma delícia, da próxima vez eu vou estar na minha forma humana para aproveitarmos mais.
E com isso se afastou, deixando Ophelia sem palavras e ruborizada, sentindo seu estômago embrulhar com a vergonha.
[...]
O dia de voltar para casa tinha chegado, Remus não estava mais como professor na escola, mas começou a morar na casa dos gritos junto de Ophelia, que decorou ainda melhor a casa ja que iam viver lá. Remus queria levar a menina para sua casa e Sirius queria leva-la para sua, os dois ja estavam discutindo por um tempo quando Ophelia se enfia no meio dos adultos.
- Parem de discutir como um casal de velhos, temos mais coisa que fazer, vamos para a casa dos gritos porque todos ja estão confortáveis lá, e sem nem mais um pio! – a menina falou apontando o dedo para os dois, e logo se retirou indo na direção da sua mais nova casa, sendo seguida pelos dois homens que resmungavam.
Ao chegarem na casa, deixaram as malas na sala e foram conhecer de fato tudo o que Ophelia tinha feito.
- Então... Como esta casa era originalmente só para eu e Lupin dividirmos, só tem dois quartos. – diz a menina enquanto subia as escadas. – Então eu acho bom vocês pararem com a picuinha, porque eu vou ficar com um quarto e vocês vão dividir o outro.
- Ophelia somos dois homens adultos com necessidades, não vamos dividir a cama. – dizia Sirius sério, sendo apoiado por Remus.
- Mas vocês dividiam o quarto quando estudavam em Hogwarts!
- Sim, mas naquela época era mais fácil né Lia. – falou Lupin.
- Bem, não interessa, eu ja escolhi meu quarto e ele é exatamente do jeito que eu gosto, então se acostumem. – diz Ophelia entrando no quarto. – Ah, e tragam minha mala para cima, não sou tão forte assim! – ela gritou de dentro do cômodo.
[...]
Todos já estavam acomodados dentro da casa, Lupin resolveu sair de última hora para comprar algumas coisas que faltavam para cozinhas as refeições dos primeiros dias, deixando Sirius responsável por Ophelia. Lia estava em seu quarto, com a porta entreaberta enquanto arrumava seu estoque de coisas proibidas dentro de uma caixa que era fechada a chave, seus cigarros e isqueiros estavam jogados de todo jeito enquanto as garrafas de bebidas alcoólicas eram organizadas de acordo com o sabor. Ophelia se sentia um pouco mal por estar escondendo o que ela fazia de Remus, mas não podia arriscar perder o que mais a acalmava quando estava em alguma crise com sua mente. Sirius subiu as escadas e ao passar pela porta ficou curioso do que a pequena menina estava fazendo, viu ela guardar cigarros e bebidas dentro da caixa e sorriu por se lembrar da sua época de adolescente e de como os dois se pareciam. Sem planos de a atrapalhar, apenas saiu da porta e se encaminhou para o quarto que dividiria com o amigo.
