Third

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Oioiii

*

Josh não pôde se lembrar de já ter sentido tanto medo em sua vida como sentia agora.

A mando de seu pai subiu para pegar sua mala, não era muita coisa, mas foi difícil tirar do sótão.

Entrou na sala quieto ao ouvir uma voz desconhecida, falando com seus pais. Abaixou a cabeça antes mesmo de poder ver quem era, mas sabia que era um alfa ao sentir o cheiro característico.

Apertou a alça da mala ao ouvir uma movimentação, ele provavelmente tinha ficado em pé.

-Josh, seja educado e cumprimente seu alfa.- sua mãe disse exasperada - Ele é um bom menino, apenas está tímido.

-Nos desculpe por isso, Senhor Urrea. -seu pai pediu, ficando de pé e indo até o ômega acuado, que deixou sua mala cair ao ter seu braço agarrado e ser sacudido pelo beta. - Não nos envergonhe!

Josh se encolheu mais, não queria erguer os olhos, mas também não queria acabar sendo castigado na frente de um estranho.

Levantou o rosto mesmo sentindo lágrimas escorrerem por ele, dando ao alfa visão de sua face.

O homem parecia sério, seus traços eram fortes e bonitos. Usava um terno que deveria valer mais que sua casa e se alinhava bem ao corpo forte e atlético.

Os olhos verdes o olhavam intensamente, por isso acabou abaixando a cabeça novamente.

Não sabe o que fazer perante um alfa?

Abaixe a cabeça. Ainda mais se for um ômega sem valor como era.

-O dinheiro está dentro do envelope que lhes entreguei, obrigado por cooperarem. - a voz dele fez Josh segurar um soluço, parecendo expelir autoridade a cada palavra.

-Nós que agradecemos! Passe o ômega logo para ele, Ron !- Ursula apressou.

O beta pôs o menino para frente, entregando a mala de volta em suas mãos.

-Papai por favor... - tentou sussurrar, uma última vez.

-Cale a boca, fique quietinho como o ômega que te ensinamos a ser.- foi tudo o que conseguiu.

-Vamos. - O alfa falou novamente, andando na frente.

Josh não olhou para seus pais uma última vez, partiria seu coração ver o quão dispensável era para eles.

Seguiu o alfa, tentando chorar o mais silencioso possível. Ele pegou sua mala e a colocou no porta malas do que devia ser seu carro, depois voltando ao seu lado e abrindo a porta para que entrasse.

Ele deu a volta e entrou no lado do motorista. Não falou uma palavra até que alguns minutos já tinham se passado e já estavam longe da ex-casa do ômega.

-Não chore.- a voz dele o assustou, fazendo-o olhar para si. -Eu não vou te machucar.

-M-me perdoe, a-alfa.. - gaguejou temendo ter irritado ele.

-Meu nome é Noah, pode me chamar assim quando estivermos sozinhos, do contrário me chame de Senhor, entendeu? - todo o cheiro de medo que vinha do ômega estava começando a incomodar o mais velho.

-S-sim, Senhor.

-Está com medo de mim? Suas mãos estão tremendo.

Josh hesitou um pouco antes de acenar positivamente. Se retraiu no banco quando o braço dele se move próximo a suas pernas, mas sua mão apenas alcançou o porta luvas, retirando um lenço dali.

𝐏𝐎𝐎𝐑 𝐎𝐌𝐄𝐆𝐀Onde histórias criam vida. Descubra agora