Seventh

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Heyy , espero q estejam bem em plena segunda

*

Noah finalmente desligou o computador depois que todo o trabalho estava feito. Seu pai ainda estava presente, sentado no sofá ao lado de uma estante e próximo a sua mesa.

- Seu aniversário de vinte anos está próximo, se sente pronto para assumir a empresa? - o alfa mais velho perguntou casualmente, não eram mais homens de negócios e sim apenas pai e filho.

Noah sempre o admirou desde pequeno, tinham uma boa relação e ele era um homem em quem tentava se espelhar.

- É para isso que tenho me preparado por todos esses anos, não?

- Certo. - ele riu pelo tom de brincadeira do filho. - Estava pensado em tirar umas férias assim que você tivesse tudo sob controle, sempre quis conhecer o México.

- Parece ser uma boa ideia, o senhor precisa relaxar.

- Não só eu como sua mãe, sinto que ela pode explodir a qualquer momento.

- Eu que o diga... - murmurou coçando a nuca, seu pai riu.

- Ela só está nervosa com todas as mudanças que vêm acontecendo. Seus vinte anos, minha aposentadoria, este ômega.

- Ela comentou algo sobre Josh?

- Apenas que não confia nele. Apesar do rosto adorável que ele tem, ela insiste que o pobre ômega é capaz de te esfaquear pelas costas.

- Mamãe me estressa tanto as vezes. Aquele ômega não mataria nem uma formiga, o senhor entenderia se tivesse o visto quando fui buscá-lo. Ele parecia tão frágil e chorou como se estivesse o levando para a morte, sentia medo até do som do meu suspiro.

- Pude ver uma amostra disso no quarto das meninas, o cheiro do nervosismo dele foi notável quando entrei.

- Gostaria que ele confiasse mais em mim.

- Não entendo porque precisa da confiança dele, o garoto é seu...

- Servo, eu sei... Dona Wendy tem repetido isso em cada conversa que temos. - tomou uma respiração mais funda, passando a mão pelos cabelos. - Só não queria que tivesse que ser assim.

Marco o avaliou por alguns segundos antes de voltar a falar.

- Sua mãe me contou sobre sua aversão a situação desde o início, se for de sua vontade, sabe que pode devolvê-lo.

- Aí que está a questão. De algum jeito sinto que Josh está melhor aqui, os pais dele agiram com tanto descaso, apenas se importaram com o dinheiro.

Seu pai ficou quieto, então continuou.

- Eu apenas queria que as coisas não fossem assim, não acho justo que ômegas não tenham poder de escolha em suas próprias vidas. Nour e Savannah podem ter um bom relacionamento com seus alfas, mas sei que elas gostariam de ter vivido um romance e realmente conhecer bem a pessoa com quem se casaram. Sei que elas sentiram tanto medo quanto Josh ao serem entregues para alguém que não conheciam. Só... Não é justo. Pelo menos para mim, não é.

Marco se levantou parando ao lado do filho e pondo uma mão em seu ombro.

- Infelizmente é assim que as coisas funcionam, filho. Mas não o julgo por pensar diferente, você tem esse direito.

O mais novo sorriu pelo tom reconfortante do outro.

As vezes parecia que sua mãe era uma alfa e seu pai um ômega.

𝐏𝐎𝐎𝐑 𝐎𝐌𝐄𝐆𝐀Onde histórias criam vida. Descubra agora