Thirty three

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Noah afundou o rosto nas mãos, suspirando cansado e estressado quando a reunião em que estava acabou. Finalmente podia ir para casa.

Saiu da sala onde se reuniam e andou o curto caminho até o elevador, o esperando chegar no andar em que estava para ir até sua sala, pegar as coisas e depois ir embora.

Uma conversa  sussurrada chamou sua atenção e olhou discretamente para trás, vendo duas mulheres perto do bebedouro um pouco longe de si. Sua audição era boa e elas não falavam tão baixo quanto pensavam.

— Não posso acreditar que ele vai cair nessa. - uma delas disse.

— Meu primo de segundo grau foi pego nesse golpe, o ômega que o servia o seduziu e o convenceu a torná-lo livre para depois sumir. - a outra respondeu.

— Achei que o ômega precisava estar marcado...

— Isso foi antes da lei ser criada, o senhor Urrea ainda tem chances de perceber que está sendo enganado agora.

— Verdade, o ômega não pode fugir se estiver marcado. Então se ele recusar...

Sua concentração foi interrompida quando as portas do elevador se abriram e entrou rapidamente, antes que fizesse a besteira de ir lá e calar a boca daquelas mesquinhas.

Por que tinham que cuidar tanto de sua vida? Certamente não sabiam o significado de confiança.

Seu ômega nunca fugiria, se amavam e confiava plenamente nisso. Juntou suas coisas com raiva, fechando a porta de seu escritório com força e descendo pelas escadas. Não tinha paciência para esperar o elevador novamente e um pouco de exercício talvez aliviasse sua tensão.

Clive ainda não tinha conseguido os documentos e isso só aumentava sua frustração. Esperou alguns minutos quando chegou a garagem e tentou se acalmar um pouco para dirigir, fazia algum tempo que vinha tendo que fazer isso.

Sabia o que isso significava, estava facilmente irritável, ereções eram mais frequentes e tudo o que queria era ter seu ômega grudado em si ou podia ter um colapso, todos os sinais que indicavam que seu hut estava próximo.

Não iria demorar mais que uma semana para chegar, devia tirar uma folga da empresa enquanto isso e agradeceu por Nour e Savannah estarem com Sofya e Joalin.

Quando se sentiu pronto entrou no carro e dirigiu o mais calmamente possível até sua casa, passando em um supermercado no caminho e comprando uma caixa de bombons para Josh.

Pensar em seu ômega ajudou a encurtar o caminho e quando percebeu já estava destrancando a porta, entrando e sendo recepcionado por seu doce cheiro e a visão do loiro cacheado com um pequeno menino loirinho em seu colo.

— Oi! - ele disse quando notou sua presença, a criança ainda focada no brinquedo de um super-herói em suas mãos. - Linda trouxe o filho dela hoje.

— Olá Noah, espero que não se importe. - a beta disse sentada no outro sofá.

— Tudo bem, como é o nome desse garotão? - sorriu se aproximando, beijando os lábios de seu ômega e deixando sua maleta e os chocolates na mesinha de centro antes de se abaixar ao lado deles.

Os grandes olhos castanhos da criança focaram em si e ele abriu um sorriso banguela também.

— Sou o Tom, tio. - ele mesmo se apresentou.

— Eu sou o Noah, o companheiro do Josh.

— Tom tem sete anos e é um ótimo bailarino, até me mostrou alguns passos. - Josh disse olhando carinhosamente para o menino e Noah só conseguia pensar em como aquela imagem era perfeita.

𝐏𝐎𝐎𝐑 𝐎𝐌𝐄𝐆𝐀Onde histórias criam vida. Descubra agora