Capítulo 09

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Oi meuzamô!

Como estão? Eu espero que estejam todos bem!

Como prometido aqui está o novo capítulo, espero que gostem.


Desço as escadas do meu quarto, no terceiro andar da mansão, e cruzo o corredor com pressa

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Desço as escadas do meu quarto, no terceiro andar da mansão, e cruzo o corredor com pressa. Passo pelo meu escritório e pela biblioteca sem olhar, parando na porta seguinte. Ouço vozes do lado de dentro. Antes que eu possa bater na porta, ela se abre e Stella se sobressalta.

Stella é a enfermeira que eu contratei para ajudar Haven com suas necessidades pessoais, ela está ficando em uma das residências nos fundos. Não que a paciente em questão facilite; ela gosta de ser independente, então faz o possível e o impossível para não precisar de ajuda. Eu tenho quase certeza de que, assim que seu braço estiver livre, Stella não conseguirá mais ajudá-la.

— Sr. Drakon! Bom dia — ela me cumprimenta com a mão sobre o coração. Ela é uma mulher na faixa dos 40 anos, tem os cabelos grisalhos e usualmente presos em um coque, o sorriso é sempre gentil.

— Bom dia Stella, como estamos hoje?

— Eu estou ótima. Temos alguém mal-humorada hoje, mas aposto que mais tarde, quando eu voltar, o sorriso já estará de volta. Ele sempre volta — ela fala e, com uma piscadela, se afasta.

Haven está sentada na cama, com a perna engessada esticada à sua frente e ela a encara com exasperação, como se ela pudesse consertar os ossos apenas com seu olhar e força de vontade. Eu bato no batente da porta para chamar sua atenção e, muito lentamente, ela levanta seu olhar para mim.

— Bom dia, Haven. Café? — eu ofereço.

— Claro, mais uma humilhação logo de manhã — ela reclama. Eu não sabia que ela tinha esse lado, o que é óbvio já que eu a conheço há tão pouco tempo. A recuperação tem sido lenta e isso a deixa frustrada, então seu humor tende a variar durante o dia. Quando ela tenta fazer qualquer coisa que normalmente faria sozinha e agora precisa de ajuda, isso a irrita.

— Não é nenhuma humilhação e você sabe disso — eu falo enquanto me aproximo, seus olhos estão fixados em mim.

— Mal posso esperar para poder usar muletas. Ser carregada para cima e para baixo é frustrante — ela comenta e eu a pego no colo. Seu corpo se encaixa em meus braços, como faz todos os dias, e me sinto sorrir, mesmo com ela exalando pesadamente. Desço as escadas e a coloco cuidadosamente na cadeira de rodas e a empurro para a sala de jantar, onde temos feito todas as refeições, juntos.

— Sinto muito por ser tão horrível assim — eu falo enquanto me sento ao seu lado.

— Sabe que não é isso que quero dizer — Haven comenta antes de se servir. Cada movimento é calculado, mesmo que a mesa seja posta de forma que todas as coisas que ela prefere estejam sempre ao seu alcance, sempre tem algo que parece estar do lado errado.

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