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Uns anos atrás

{ Flora }

Flora tinha ido a casa da avó materna visitá-la como fazia sempre, uma vez por mês e permanecia o fim-de-semana. Mas todos os domingo íamos à missa. O que Flora não sabia era que tudo ia mudar apenas com uma ida ao ritual católico...

Numa bela manhã, por volta das sete e meia, levantei-me da cama e fui lavar a cara e os dentes. Ligo a torneira do chuveiro e começo a tomar banho quando a água já está ao meu gosto. Espalho o shampoo pelo cabelo e gel de duche pelo meu pequeno corpo, passo tudo por água até tudo ter saído, passo ainda o condicionador nas pontas do meu cabelo grande e penteio-o retirando os nós do mesmo. Saiu da cabine e embrulho-o na toalha e faço o mesmo para o cabelo.

Saiu da casa de banho e vou para o quarto onde visto as minhas cuecas, uma camisola de manga comprida rosa bebé com umas pintas brilhantes com colarinho dourado, umas meias cinzentas e pretas misturadas, com uma saia de uma paisagem repetida, com as cores verdes, azuis e castanhas e por fim calço as minhas botas pretas brilhantes de salto raso. Vou novamente à casa de banho e seco o cabelo e penteio-o. Pouco tempo depois está seco e esticado tal como gosto. Corro pela casa em direção à cozinha onde a minha avó se encontrava.

Eu: Bom dia avóóóó! - cumprimento eufórica, apesar de achar a missa uma seca estar com a minha avó era uma maravilha.

Avó: Bom dia neta! - cumprimenta enquanto me entrega o leite quente e duas torradas.

Enquanto tomo o pequeno-almoço, ligo a televisão e ponho na quarenta, o meu canal preferido, Disney Channel. Nessa mesma altura estava a dar clássicos do Mickey com a Minnie e às vezes penso como será quando tiver o meu próprio Mickey?

Avó: Vai buscar um casaco e vamos para a missa!

Eu: Vó, vamos de TUT*? - pergunto-lhe alegre. TUT é uma espécie de autocarro mas mais pequeno e só anda na terra residente.

Avó: Não, a igreja é aqui perto, vamos a pé. Aih não me posso esquecer de levar o neto da vizinha do andar de cima a dona Ermelinda! - a avó fala como sempre, tudo que faz comenta.

Saímos do edifício e dou a minha mão direita à minha avó e atravessamos a estrada quando os carros já tinham passado e fosse seguro atravessar.

Em menos de cinco minutos chegámos e a minha avó foi-se sentar com a minha madrinha à frente, na zona do coro e eu fui para um banco atrás da do coro ficando com as vizinhas da minha avó.

Madrinha: Flora, quando te chamar vais ali para aquele sítio onde as pessoas leem cantar isto aqui que te vou dar ok?

Eu: Ok, mas o que tenho de cantar?

Madrinha: É só um salmo pequenito, toma e anda ensaiar comigo. - eu adoro a minha madrinha, ela ensina-me a tocar no órgão canta comigo, leva-me a todo o lado e claro ama-me e isso é o mais importante, não podia melhor família...

Momentos mais tarde o senhor Padre entra com os católicos e assim começa a celebração. Benzo-me "em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo"

(Vou avançar um pouco na missa numas partes)

Madrinha: Flora, vai lá a cima, não te esqueças de baixar no altar.

Assinto com a cabeça e sigo para o altar, estava nervosa e corada como tudo. Um homem careca trás um banco para eu subir e ajusta o microfone. Respiro fundo e começo a cantar com ensaiara.

Quando me sento reparo num rapaz moreno que se sentara ao meu lado.

Padre: Mistério da fé. - canta. - Abençoou-vos na paz de cristo. - é a altura que temos de beijar as pessoas em forma de comprimento. Vou ter com a minha avó e a minha madrinha murmurando um "paz de cristo" e beijando as pessoas também presentes no coro. Volto ao meu lugar e comprimento as senhoras idosas lá presentes, chego-me até ao rapaz moreno e cumprimento-o com um "paz de cristo", beijando as suas bochechas tal como ele as minhas, o que não sabia era que este simples ato ia mudar-me a vida por completo...

Eu: Flora.

Calum: Calum.

Eu. Prazer.

Calum: Muito meu.

Padre: Abençoou-vos em nome do Pai, Filho e Espírito Santo. Ides em paz e que o senhor vos acompanhe.

Todos: Ámen.

No fim do Padre ter saído o tal Calum, estava também sentado à espera de alguém.

Calum: Conheces a Dona Bina? - pergunta e eu fico confusa.

Eu: Que queres da minha avó?

Calum: És a tal neta que vou ter de aturar? - pergunta rindo-se e recebe um estalo no seu braço.

Eu: Jesus ouviu-te! Mas porque vais ter de me aturar. - posso ser criança mas sou astuta.

Calum: A tua avó vai cuidar de mim hoje. - sorri-me.

Eu: Já venho. - digo e corro para chamar a minha avó.

Já em casa, fomos para a sala, após o almoço. Coloquei no Disney Channel e estava a dar uma bonecada qualquer, mas Calum e eu estávamos mais interessados a jogar ao peixinho do que a própria televisão.

Eu: Tens cinco?

Calum: Ugh. - bufa. - toma, banhaste este jogo mas o próximo não!

Eu: Disseste isso à três jogos atrás! - riu-me.

Calum: Agora vou ganhar-te, vais ver!

E assim começamos a jogar, eu estava a ganhar mas paro de jogar quando uma música melodiosa para os meus ouvidos e logo sento-me no sofá, pois estávamos no chão a jogar.

Calum: Então?

Eu: Shiu, está a dar o Mickey deixa-me ver! - reclamo.

Calum: És mesmo bebé!

Eu: Cala-te e senta-te aqui se quiseres... - falo.

Calum assim o faz, senta-se ao meu lado, com o decorrer do tempo fomos vendo vários desenhos animados, como Pokémon, Dragon Ball, Tartarugas Ninjas, Oliver Benjim e muitos mais outros. Eram cerca de seis horas e estava com sono, então comecei a ficar com os olhos pesados e acabo por adormecer no colo do Calum.

Começo a acordar e sinto festas nos meus cabelos, não gosto que mecham no meu cabelo, mas estas eram especiais e sabiam bem, aconchego-me mais mas pouco depois fico com a cara virada para a do Calum, que ainda mexia no meu cabelo.

Calum: Desculpa não queria acordar-te. - fala nervoso.

Eu: Não tem mal. - sorriu-lhe generosamente.

Avó: Calum! A tua mãe chegou. - a minha avó grita chamando, eu não queria que ele fosse, estava a gostar da sua companhia.

Eu: Bem chegou a altura de tu ires. - falo meia triste e deixo um beijo na sua bochecha.

Calum: Gostei de te conhecer. - sorriu-me e abraçamo-nos, algo na minha barriga sinto, era estranha a sensação, mas eu estava a gostar e os seus braços era confortantes.

Eu: Espero voltar a ver-te.

Calum: Eu também.

E foi assim que Calum se conheceram à uns anos atrás, mas a questão é, será que se vão voltar a ver? Não sei, o futuro é incerto, mas tudo tem o seu começo e fim, qual será o fim destas antes crianças que agora já são adultos quase?

➸ ➸ ➸

Eles têm cerca de 7 anos ok ;)

Espero que gostem, o próximo vai demorar :3

E deixarem aí uma opinião sobre o primeiro capítulo?

Kiss Chocapika xX

Flora ❀ Calum Hood {Hot} ❀ { Slow upgrate}Onde histórias criam vida. Descubra agora