Blood, Sweat & Tears
Um amor inocente de infância. Um desejo não correspondido. Anos de silêncio. O que poderia dar de errado na vida de uma garota comum?
Aidan Ryan Gallagher.
Era ali que começava uma nova vida, uma nova história - a qual S/n não e...
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S/n P.O.V.
E o tempo passou num piscar de olhos. Quando me dei conta já era domingo à noite, véspera do meu primeiro dia de aula. Eu estava na minha cama, com um pijama curto e confortável, mexendo no meu celular e tentando controlar a ansiedade em relação ao próximo dia.
Meu pai havia saído mais uma vez, para variar. Patético. Ele discute comigo dizendo que eu não sou mais a mesma, que não converso com ele e nem dou abertura para o mesmo se aproximar. Eu tenho que rir escutando uma coisa dessas... Nunca está em casa, e quando tento dialogar com ele, o mesmo responde seco, sem vontade alguma. Fora essa mudança de cidade. "Preciso expandir os negócios", é essa a desculpa que ele sempre usa. Estávamos bem financeiramente, estávamos bem em Toronto, eu estava bem... Respirei fundo para não surtar e começar a chorar por ter pensado nisso tudo.
[...]
Comecei a ficar com fome, então decido ir até a cozinha. Chegando lá encontro Rose, que estava procurando algo impacientemente.
— Rose? — Digo pegando uma maçã pequena da fruteira que havia em cima da ilha da cozinha.
— Sim, querida? — Ela diz olhando para os armários abertos.
— O que está procurando?
— Eu não consigo achar o molho de tomate em lugar algum... — Ela fala colocando uma das mãos em seu queixo, pensativa. — Tenho quase certeza que comprei dois hoje mais cedo.
— Mas por que molho de tomate? — Pergunto dando uma mordida em minha maçã.
— Bom... — Ela se vira e olha para mim. — Eu queria fazer uma surpresa mas já que eu não consigo achar o molho de jeito nenhum, vou te falar. — Ela fala rindo fraco. — Eu ia preparar uma pizza para nós.
— Ahhh! — Falo animada ao ouvi-la, pizza é minha comida favorita. Logo vou até ela e a abraço. — Sério?
— É claro, minha pequena. Mas acho que eu realmente não comprei o molho. — Ela fala fazendo biquinho. — Se você quiser muito comer pizza, posso passar no mercado da esquina daqui de casa e comprar um. — Ela diz sorrindo gentil. Essa mulher era a simpatia em pessoa!
— Não, Rose! Deixa que eu vou.
— Oh, querida, tem certeza? — Ela diz apreensiva, provavelmente pelo o horário (já eram 21h30).
— Tenho sim! Pode deixar que eu vou. — Falo terminando de comer minha maçã e indo em direção a saída, mas logo paro de caminhar ao escutar a voz de Rose.
— S/n! Onde você vai vestida assim? — Ela diz se referindo ao meu pijama: uma regata e um short bem curto, uma roupa simples mas que ressaltava bastante minhas curvas.
