Blood, Sweat & Tears
Um amor inocente de infância. Um desejo não correspondido. Anos de silêncio. O que poderia dar de errado na vida de uma garota comum?
Aidan Ryan Gallagher.
Era ali que começava uma nova vida, uma nova história - a qual S/n não e...
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Narradora P.O.V.
S/n saiu de seu banho e foi se vestir. Colocou uma camisola curta e bem confortável, e sentou em sua cama com seus materiais da escola para fazer as lições de casa que tinha recebido no dia. Havia uma imensa escrivaninha no quarto, mas para quê servia se ali existia uma cama tão enorme quanto, e bem mais confortável e chamativa para a menina. Quando estava na antiga escola, ela sempre tentava fazer as tarefas do colégio o quanto antes, para se livrar o mais rápido possível - e agora não seria diferente.
O tempo passou e quando ela terminou de fazer tudo que tinha pra ser feito, olhou em seu celular e viu que já eram 17h. E é claro que não foram tantos trabalhos que a mesma teve de produzir. O tanto de horas que levaram foram, majoritariamente, por causa de distrações e devaneios que a deixaram desnorteada e um tanto desinteressada em terminar as lições de maneira rápida.
E o motivo para tanta desconcentração era nada mais, nada menos, que Aidan Gallagher. Ela estava intrigada, com raiva e curiosa demais à respeito do menino. Depois de anos em silêncio, sem ao menos ter lhe deixado uma mensagem ou bilhete antes de partir, o mesmo a encontra novamente e age de maneira totalmente impertinente. S/n queria descobrir mais, mas seu lado racional gritava mais alto, a impedindo de pensar em exagero e acabar atrapalhando a própria vida.
Ela guardou suas coisas e já deixou a mochila pronta para o dia seguinte. Se deitou em sua cama e com o celular ficou, navegando pelo vasto sistema que compunha a inteligência artificial do aparelho e seus apetrechos.
Seu pai ainda estava fora da cidade, em função do trabalho que a garota odiava e admitia sem culpa. Rose, por sua vez, se encontrava em uma das enormes salas da casa, assistindo à um filme de romance clichê que ela tanto amava.
[...]
S/n P.O.V.
Os dias passaram rápido e quando pude notar, já era sexta-feira. Poderia arriscar dizer que era o dia que eu mais esperava chegar, não por ser véspera de final de semana, mas sim porque haveriam aulas com matérias menos chatas e, especialmente, educação física.
Sempre amei minhas aulas de educação física em meu antigo colégio. Eu amava treinar e jogar com meus amigos e, sobretudo, Handebol era sem dúvidas a minha válvula de escape predileta. Fazia extraclasse deste esporte na antiga escola também, e sempre foi algo muito semelhante à uma terapia pra mim. O esporte sempre me fez feliz, e o Handebol foi o mais especial. Além das companhias incríveis que tinha nas aulas, os jogos me faziam esquecer de coisas que eu achava que seriam impossíveis de varrer da minha mente.
[...]
O sinal tocara e todos nós estávamos indo ao vestiário trocar de roupa. A vestimenta obrigatória para as aulas de educação física não me agradaram muito, pelo fato de serem um tanto quanto vulgares demais. Não que isso seja caretice minha, é apenas um medo real de que algo aconteça com o corpo de uma garota em pleno século XXI. Apenas. A humanidade é nojenta e eu já desisti dela há muito tempo.
