𝙲𝚊𝚙𝚒́𝚝𝚞𝚕𝚘 𝟺

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Estou morto.

Correr é como uma terapia para mim,faz com que eu me sinta melhor.
Faz com que eu esqueça os insultos e as merdas que ouço sempre.

Gosto da adrenalina.

Acordei mais cedo que o normal disposto a correr por quase 2 horas.

Olho em meu celular e vejo que está na hora de parar. Tenho que ir pra casa tomar um banho e ir a escola.

Com a respiração acelerada me sento em um banco e vejo se há mensagens. Nada.

Bebo um generoso gole de água e tento controlar minha respiração. Preciso arrumar forças pra voltar pra casa.

Fiquei sentado por 5 minutos observando milhares de pessoas fazendo caminhadas, conversando e sorrindo com seus amigos, parceiros.

Queria ter alguém para me acompanhar.
Sorrio pensando na garota que sentou ao meu lado na sala.

Ela é linda.

Confesso que senti uma coisa diferente ao sentir seu olhar no meu.
Vi em seus olhos castanhos um pedido. Um pedido de socorro talvez?

Eu só posso estar louco mesmo.

Balanço minha cabeça tentando tirá-la da minha mente.

Me levanto decidido a voltar pra casa. Me arrastando.

Caminho lentamente,olhando por todos os cantos.

Vejo uma criança com uma mochila de dinossauro em suas costas com seu pai ao lado,imagino.

Eles estão sorrindo e rindo.

Essa imagem faz meu peito arder. Eu não tive isso...
Pelo menos não dessa forma, é nítida a felicidade da criança,seus olhos brilham,um sorriso que não cabe no rosto,um sorriso meio desdentado.

Queria eu ter essa chance. Queria eu ter a inocência de uma criança novamente.

Meus punhos se fecham,com tamanho ódio e tristeza dentro de mim.
Respiro fundo tentando conter as lágrimas que insistem em sair.

Me forço a parar de olhar.

Chega disso,chega de postular atenção de meus pais.

Sigo meu caminho pensando em coisas boas como na...

Fico estático.

Isso é possível? Eu pensar na pessoa e ela estar aqui? Nossa...

Ela está sentada num banco em frente a praça,com um olhar vazio.

Como se milhares de coisas estivessem passando pela sua cabeça.

Estamos juntos nessa. Penso.

— Oi - Digo sem pensar.

EU QUERIA SER EU [REESCREVENDO]Onde histórias criam vida. Descubra agora