𝙲𝚊𝚙𝚒́𝚝𝚞𝚕𝚘 𝟸

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Já estávamos quase no fim da primeira aula,filosofia é um saco!

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Já estávamos quase no fim da primeira aula,filosofia é um saco!

Eu tentei muito prestar atenção mas nada entrava na minha cabeça. Pelo menos sei que o assunto é sobre "O conhecimento das coisas"

Desde o momento que ele pisou na sala,ele não parou de falar. Mesmo com alunos falando,rindo.

-É muito comum a gente pressupor que os outros animais produzem conhecimento, pelo fato de que vemos eles aprendendo coisas. No entanto, a capacidade de aprender, por definição, é diferente da capacidade de conhecer. Pense que para conhecer é necessário estar consciente do que está fazendo, ao mesmo tempo em que essa ação tem o poder de transformar a realidade e...

Uma batida na porta o interrompe,fazendo com que a maioria olhe em direção em que veio o som.

- Desculpe o atraso. - um garoto magro,alto e cabelos escuros entra.

Nunca o vi por aqui.

Eles trocam algumas palavras que não consigo entender,mesmo estando de frente para eles.
Ambos parecem ter chegado num acordo pois ele se vira para a sala a procura de um lugar.

Meu olhar recai na cadeira livre ao meu lado. O que parece ter acontecido o mesmo com ele.

Droga.

Disfarçadamente tiro minha mochila.

— Posso me sentar aí? - Sua voz contida perguntou e eu assenti.

Logo que ele sentou,seu perfume subiu,era suave com um toque de sabonete masculino.

— Sou Henrique. - disse pegando seu caderno.

— Ayla. - respondi. - Nunca te vi por aqui.

— Me mudei faz pouco tempo.

Assimilei o que ele disse e fiquei em silêncio. Vendo as aulas transcorrer rápido demais.
Tanto que já estávamos no intervalo.

Gosto de me sentar e reparar as pessoas. Como agora, no momento estou observando a Bárbara conversando com sua irmã gêmea, Agatha.

Elas são completamente diferentes em relação ao estilo. O que acho bacana.

Mais a frente eu o vejo. O garoto misterioso que se sentou ao meu lado,com um livro em mãos.

Ele parecia focado,como se nada ao seu redor o atrapalhasse,como se o barulho não fosse nada demais.

Olho para trás para ver se encontro alguma diversão por ali, é em vão.

Suspiro fundo e volto a olhar para a frente. Onde Henrique está.
Antes que eu pudesse me dar conta,ele já estava olhando para mim.

Me encarando,como estivesse tentando ler meus pensamentos.

Mesmo de longe percebi que ele não quebrou o contato,assim como eu.

Ele esboçava um pequeno sorriso em seus lábios.
Uma mecha de cabelo cai na frente de seu belo rosto.

EU QUERIA SER EU [REESCREVENDO]Onde histórias criam vida. Descubra agora