Capítulo 6

196 24 3
                                    

Sol:
        Quando desligo o telefone, pego as chaves do carro do papai e saio em disparada, mas antes de sair vejo meu pai no quintal e ele diz:
- Aonde vai filha?
- Papai, a Amora corre perigo, ela me ligou chorando desesperada, dizendo que alguém iria matar ela.
Apenas vejo meu pai largar tudo, e sair correndo em direção ao carro.
Pegamos o caminho da casa da Amora, que não é muito longe. Papai mal estaciona o carro e eu saio correndo, vou em direção a casa, a porta entre aberta, vejo minha amiga caída no chão, quando vejo o fogo se aproxima.
- Filha, sai daqui e chama o Enrico. – diz papai.
- Não, eu vou tirar ela daqui. – digo chorando.
- Não, eu tiro ela. Sai daqui você também.
Saio da casa, e ao lado de fora chamo Enrico.
- Alô?! Enrico?! Ah é a Cíntia, sou eu a Sol. Estamos aqui na casa da Amora, está tudo pegando fogo, e ela está caída no chão, desacorda. Tá, ok.
Alguns minutos se passam, então eles chegam, junto com o socorro.

      Sebastian: 
Minutos atrás eu estava limpando o meu quintal, vi o desespero da minha filha. Quando cheguei aqui, vi o total estrago que aquela louca fez. Ela irá me pagar muito caro por isso.
Novamente lembranças do passado vem em minha mente, vendo Amora no chão é como se eu estivesse vendo a minha falecida esposa aqui, caída no chão.
Pego ela em meu colo, apenas ouço um sussurro:
- Socorro, me ajuda.
- Calma eu vou te tirar daqui.
Quando estou quase alcançando a porta de saída, uma tábua de madeira cai em minha frente, desvio ela, mas vejo a porta da frente pegando fogo, olho em meu arredor tudo está pegando fogo.
Então, vejo uma janela, não penso duas vezes e vou em sua direção, por sorte ela não é muito alta, e eu pulo com Amora em meus braços.


Enrico:
Não posso acreditar, a nossa pequena Amora está internada, passamos sufoco com ela. Só nos resta rezar e pedir a Deus que ela saia dessa. Quando Cintia me contou, eu fique desesperado, por elas eu movo os céus.
Pego o telefone e ligo para uma pessoa importante:
- Alô, estou ligando para cobrar aquele favor seu. Quero que encontre essa pessoa pra mim, nem que seja no inferno. Quero ela viva, muito bem viva.
Termino minha ligação, ela irá pagar por tudo que fez Amora.
Já no quarto, vejo Amora gemer de dor. Me sinto triste por ela, não queria vê-la nessas condições.  Diante dela aqui, faço a minha promessa, que vou ama-la como filha, cuidar, e amparar e acima de tudo proteger de tudo e todos!


  
            Três meses depois:
Amora:
Estou viva, e sedenta por vingança. Aquela cobra ira me pagar por tudo, por conta do acontecido eu perdi um bebê daquele maldito. Por um lado até foi bom, não iria conseguir olhar para aquele ser inocente e ver a cara do homem que me trouxe dor e sofrimento. Atualmente moro com Enrico e Cíntia, fizerem questão de cuidar de mim. Eles tem sido uma mãe e um pai para mim. Me tratam como filha, e eu me sinto feliz por isso.
- Para de paranoia, não vou deixa você se arriscar de novo, e se aquela louca te mata de vez. – diz Sol.
- Cansei de sofrer, agora eu quero vingança Sol. – digo a ela.
- Quer saber? – diz Sol cruzando os braços. – Se você se arriscar eu me arrisco também. Se formos para morrer juntas, morremos juntas.
- Eu sabia, que você não iria ficar de fora. – digo abraçando Sol.
O dia passou tão rápido, que a noite logo chegou, hoje nós vamos para o bar. Me olho no espelho, realmente estou linda, estou vestida com uma calça de couro preta, colada em meu corpo, uma camiseta regata branca e por cima jaqueta de couro da mesma cor que a calça, e nos pés um coturno. Vejo minhas cicatrizes espalhadas em meus braços e uma grande cicatriz em meu rosto, direito aonde foi em que Selma jogou gasolina. Aquela cena horrível não sai de minha memória, mas nem por isso irei ser uma pessoa infeliz e amarga.
- Aonde a minha princesa pensa que vai? – diz Enrico aos pés da escada.
- Vamos ao bar papai, não se preocupe. Mamãe vai junto. – digo para ele.
Enrico tem sido um grande pai para mim, nesses últimos dias eu tenho tudo o que não tive mais depois da morte de meu pai.
Amor, atenção, compreensão e muito carinho.
Cíntia tem sido a mãe que eu jamais tive, me sinto honrada.  E para completar hoje é meu aniversário, sim, hoje estou comemorando os meus 18 anos.
Estamos a caminho do bar, quando mamãe diz:
- Filha, hoje você completa 18 anos, quero que seja o dia mais feliz de sua vida. Me orgulha de ver você me chamar de mamãe. Deus não me deu a minha própria filha, mas ele é tão bom que colocou você em minha vida. – diz Cíntia.
- Eu que fico feliz em que vocês me adotaram, demorou, mas hoje eu tenho um pai e uma mãe. – digo para ela.
Cíntia é uma loira linda, está na casa dos 30 anos e nem representa.
Quando chegamos ao bar, vejo que está tudo quieto, um silêncio muito estranho.
Quando vou para dizer algo, então eu ouço:
- Parabéns!!!! Viva. – diz todos, e uma luz sendo acessa.
Olho ao redor, e vejo Sebastian, papai, Sol, mamãe, os garçons do bar que eu fiz amizade e a Karen a gerente do bar fênix. São poucos mas os mais importantes da minha vida.
Depois do parabéns, estamos comendo e jogando conversa fora.
- Papai? Você é o Flex? Porque quando nós estávamos nos despedindo de você, não daria tempo do senhor chegar aqui. – pergunto como ele chegou tão rápido e antes de nós.
- Por um acaso você não viu uma moto parar ao seu lado no semáforo? – pergunta ele. – Então, o que uma moto poderosa não faz?
Todos nós caímos na risada.
- Pessoal, quero agradecer a cada um que está aqui presente. Vocês são muito importantes para mim. Minha vida deu uma grande reviravolta, e hoje sou grata a todos, em especial aos meus pais adotivos. Me dão o mais importante de tudo, amor, carinho e compressão. Saibam que esse é o meu melhor aniversário, fico muito agradecida. Obrigada por tudo. – termino o meu discurso.
Ouço todos me aplaudir.
- Você é como uma guerreira.
- Ela é a minha fênix. – diz Sebastian.
Meu coração dispara, fico sem reação. Sinto uma vontade louca de agarrar ele, mas me contenho.
- Tá ok. Ela é sua fênix? Mas antes disso aí, ela é minha filha. Terá que passar por cima do papai aqui. – diz Enrico todo enciumado.
Todos nós damos risadas. Estou sentada no banco em volta ao balcão comendo um brigadeiro.
- Eu estava esperando os seus 18 anos. Agora você é de maior, quero apenas um beijo seu. – diz Sebastian em meu ouvido.
Me arrepio com sua voz grossa e rouca.
- Que tal um lugar mais reservado?
- Vamos para o meu escritório então.
Sebastian pega na minha mão, e juntos caminhamos para o escritório. Chegamos no escritório, fico nervosa, olho ao redor e tudo é rústico, tem até uma cama no escritório.
- Pra que essa cama? – pergunto a ele.
- Para eu tirar um cochilo, relaxa, você é a primeira mulher que trago aqui. Nem a Sol nunca entrou aqui. – diz Sebastian.
Sem pensar duas vezes, andei rápido em sua direção e joguei meus braços enlaçando seu pescoço. Para isso, precisei ficar na ponta dos pés. Sebastian rodeou-me com seus braços fortes, e eu sentia suas mãos fazendo um leve carinho no meio de minhas costas. Primeiro ele deu um tapinha amigável e depois deslizou um pouco pela coluna, subindo e descendo. Enquanto isso meu rosto estava enfiado em seu peito. Eu não queria soltá-lo, e queria que ele sentisse o mesmo. O perfume que usava não era o mesmo que me atentava na escola, entretanto, era bom do mesmo jeito. Ali, eu não conseguia pensar em nada. Só existia Sebastian, eu e nosso caloroso beijo.



                  **********
Vota e comenta amores 👏👏👏
se eu ver a interação de vocês aqui comigo, quem sabe amanhã ou depois eu posto um capítulo hot🔥🔥🔥🔥
Bjocas e até 😘😘

Sebastian : Ele Ressurgiu das cinzasOnde histórias criam vida. Descubra agora