Acordo em uma cama hospitalar, ligado a diversos aparelhos, conectados em meus braços. Tem um armário enorme, de remédios na parede. O quarto não tem janelas.
Estou com a visão embaçada, mas a vejo parada na porta.— Olá Herry, que bom que acordou! — Diz Sofia, minha psicóloga.
— Quem me trouxe pra cá? — Eu pergunto assustado.
— A Ambulância. — Ela senta em uma cadeira ao lado da cama, deixando a porta aberta.
— Onde está minha mãe? — Eu choro, lembrando a imagem que vi.
— Querido, infelizmente... — Ela suspira.
— Não fale mais nada, só me diz, por que ela acelerou contra o vidro da biblioteca?
— Eu não sei, esperava que você pudesse me dizer. — Ela segura minha mão.
— Não sei. — Eu choro.
— Como se sente? — Ela pergunta, com uma face calma.
— Onde está meu pai?
— Seu pai veio aqui, mas teve que ir em bora, cuidar da sua irmã.
— Eu quero o meu pai! — Eu choro.
— Calma, rapazinho, vai ficar tudo bem, eu só quero que me mostre o que fez no carro! Sua mãe não acelerou sozinha! — Ela grita.
— Como assim? — Sinto minha língua ficar pesada.
— A, você não lembra? Você fez ela bater! Você matou sua mãe! Mas o que me intriga, é que um ser como você, não morreu!
A porta se fecha sozinha, o armário de remédios que estava na parede, voa para a porta, impedindo que uma pessoa sozinha consiga ergue-lô.
— Você matou ela, quando decidiu que iria ajudar a esconder minha existência do mundo! — Eu grito.
— Herry, calma! — Ela vai para trás, chorando.
Eu me sento na cama, puxo as agulhas conectadas a aparelhos, dos meus braços. Em instantes meu sangue jorra de diversos lugares dos meus braços, até que param, minha pele se regenera.
— Foi assim que eu sobrevivi. — Eu olho para ela.
— He-He-Herry, você não tinha esse poder na infância, está evoluindo. — Ela treme.
— Todos vão pagar pelo que fizeram!
— É melhor se acalmar! — Ela tira uma arma do bolso.
— HAHAHA! — Eu solto uma gargalhada.
Ela atira. Em segundos, uma energia azul para a bala no ar, antes de atingir minha cara.
— Minha vez! — Eu aponto minha mão para ela, a bala voa em sua direção, e atinge sua testa, ela cai, morta.
Aponto minha mão para armário, e o jogo para a direita. Abro a porta calmamente e ando pelo corredor vazio, em direção a porta de saída.
O hospital está vazio, não há ninguém aqui.
Abro a porta, e me assusto ao ver, uns 30 policiais aramados com metralhadoras, me olhando.
O hospital é no meio de uma floresta fechada. Tem alguns carros ao longe.— Atirem! — Um deles grita.
Eles imediatamente atiram contra mim.
Eu faço um escudo com as mãos, ele é meio azul meio transparente. Nenhuma bala me atinge, elas caem no chão.— Matem ele! — O mesmo homem grita. — Suas balas acabam, eu abaixo as mãos.
Fecho meus olhos, respiro fundo, e quando os abro, uma bola de energia azul sai do meu corpo, ela começa pequena, e como uma explosão se esvai. Ela joga todos os homens para longe de mim, e todos morrem.
— HAAh! Eu grito. — Corro pra dentro do Hospital.
Corro até o balcão da recepção, e me encolho atrás.
Ouço passos de salto alto andando pelo piso gelado do hospital.— Está tudo bem? — A voz de uma mulher ecoa em meus ouvidos.
— Que-Que-Quem está aí? — Eu gaguejo, de frio, e medo. O barulho de salto andando para.
Só agora me dei conta de que estou com a roupa hospitalar, com os pés descalço, e tremendo de frio.
— Faz de conta que está cansado, e quer dormir o mais rápido possível. — Várias vozes de mulheres ecoam em minha mente ao mesmo tempo, repetindo diversas vezes essa frase.
Não ouço mais nada, apago no mesmo minuto.
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The Boy
ActionHerry tem uma vida normal de ensino médio, vai a escola, tem alguns amigos, uma família unida e perfeita, mas tudo muda quando ele para de tomar seus remédios. Herry vai descobrir que a vida perfeita que ele leva, na verdade é uma faxada, memórias h...