Logo após Mary sair do meu quarto eu andei até a bela sacada que existia em meu quarto, admirando as estrelas e imaginando um futuro totalmente inexplorado, comecei a chorar, lágrimas escorriam eu meu rosto aquelas que carregavam alegria, mas tristeza também.
Talvez o amanhã me trouxesse felicidade mas o hoje me permitia confusão o que aconteceria com eles depois que eu fosse embora, quem seria Tamlin quando eu voltasse, eu realmente iria voltar um dia? Minha cabeça virou um mar turvo de perguntas que eu não teria como responder, perguntas dolorosas, o que esperar de uma vida nova.
Depois de algumas horas olhando o céu voltei para dentro um lindo quarto que em breve só carregaria lembranças que um dia estive aqui, lendo, sorrindo com Mary até mesmo dançando, tantas lembranças eu fiz aqui.
Entrei na banheira e comecei a criar imagens de humanos andando com pressa, ou praças cheia de pessoas.
Depois de um longo tempo ali vesti uma linda camisola branca e acabei pegando no sono antes mesmo que meus pensamentos voltassem a me atormentar
No dia seguinte Mary me ajudou coloquei um belo vestido azul céu, ele era longo e exuberante, cheio de vida, com lindas flores na barra, o vestido tinha belas mangas, coloquei um colar com a forma do sol, ele refletia luz vendo de longe poderia dizer que realmente o sol tinha depositado uma pequena quantidade de luz ali.
Saindo do quarto encarei Herry, ele estava sério, com uma expressão preocupada não ousei perguntar o que fazia seu rosto mudar hoje, talvez fosse a viagem ao mundo humano que lhe preocupava, olhando novamente ele deu um breve sorriso e retribui, caminhando em direção a sala de refeição, meu corpo tremeu quando pensei na discussão de ontem, naveguei pela mente de um guarda que estava ao lado de uma janela, ele olhava friamente para mesa, meu pai estava na ponta dela, com uma expressão calma, Tamlin logo ao lado olhando o local como se buscasse consolo, minha mãe parecia radiante, assim que entrei atravessei confiante a sala e sentei-me ao lado de Tamlin, esperando um sinal de palavras reconfortantes ganhei o silêncio, expressões calmas, exceto Tamlin que parecia preste a chorar, um tempo depois tentando entender aquele silêncio perturbador meu pai se levantou e logo minha mãe também ambos foram embora sem dizer uma palavra, olhei Tamlin e havia lágrimas em seus olhos
"Aproveite a sua liberdade Cecília" ele disse em soluços. Aproveite cada respiração, permita que o mundo lhe mostre o melhor, seja radiante lá, Amo você" então uma última lágrima caiu ele se levantou com calma e saiu.
Compreendia que Tamlin nunca se despediria nem mesmo eu, isso não era um adeus.
Voltando a tomar fôlego, notei que ao lado do prato de Tamlin havia uma caixinha escura como a noite, mas no meio uma linda estrela, examinado de novo resolvi que deveria abri-la vi um colar prata com um lindo pingente de uma estrela aquela que eu sempre apontei no céu quando era pequena, aquela que eu dizia ser meu lar estava ali dentro, logo ao seu lado um papel dobrando, peguei o papel então li com lágrimas nos olhos
"Para Cecília, aquela que busca conforto nas estrelas" Tamlin eu o deixaria aqui, voltaria um dia por ele para lhe contar as maravilhas que descobri.
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Sua parceira
Hayran KurguCecília uma garota que foi mantida em segredo durante décadas, Cecília era a irmã mas nova de Tamlin nascida no ano da guerra diante da situação seus pais decidiram que não contariam a ninguém sobre ela, e durante os anos descobriram o quão especial...