Onde Jeongguk passa a encontrar o mesmo garoto em todos os lugares e em diferentes situações. Mas nas lentes da sua câmera ele nunca está presente.
Tell me, do angels really exist?
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Jeongguk
彡
Não foi tão ruim assim ser expulso do meu próprio quarto, ao menos pude dar uma volta e respirar o ar fresco, organizando a minha cabeça cheia de idéias e de confusões. Não queria nem imaginar o que o Taeil estava fazendo nessas horas, só torcia para que ele não deixasse o quarto cheirando a sexo como da última vez.
Não fui muito longe, andei até o parquinho na ponta da rua Columbia e me sentei no balanço estreito impulsionando o corpo para frente e para trás num balanço desajeitado. Por um segundo pensei em ligar para a Scarlett e pular a janela do seu quarto como fiz por umas duas vezes. Ficamos juntos a noite toda, ora transando, ora pintando suas unhas, era assim que mantínhamos uma relação um pouco fora dos padrões.
Mas ela não iria poder sair e eu não estava tão bem fisicamente para escalar a sua janela de novo.
Não havia ninguém ali, a rua estava calma e quase não se ouvia barulho nenhum além do ranger das porcas do balanço necessitadas de óleo. Nos meus fones tocava "Cigarette Daydreams" enquanto o vento gelado beijava os meus lábios pouco trêmulos e eu me encolhia mais ainda no meu próprio corpo morno.
Sozinho, se eu pudesse fechar os olhos mesmo que no meio da multidão eu conseguia viajar para o meu próprio mundo, onde eu só ouvia a minha própria voz e podia ver o meu próprio paraíso, e eu fiz agora, fechei os olhos e viajei com o balanço para o espaço.
Me balançando na pontinha da lua olhando o mundo lá embaixo, tão calmo na minha visão mas tão caótico na teoria.
Eu desejei nunca mais voltar para ele e continuar me balançando na lua para sempre.
Mas o balanço na lua quebrou e eu voltei na velocidade de um cometa para a terra quando ouvi um barulho de folhas sendo esmagadas bem perto de mim. Automaticamente pensei nos filmes de terror que eu espiava o Tete assistir de madrugada e no quão parecido com os cenários era o parque à noite. Eu seria talvez assassinado?
Olhei ao meu redor mas não tinha ninguém, nem sequer passavam carros ou motocicletas por perto. Poderia ser algum bicho, um gato, um rato, e pensar nisso me fez encolher os pés para cima por precaução.
Sim, eu sou um medroso completamente assustado e paranóico.
E quando ouvi novamente eu levantei pronto para correr ainda manco pelo tornozelo lesionado, até que algo foi dito e eu não pude me mover, porque a voz não era estranha e sim familiar demais. Eu não estava mais com medo.
– Desculpa, eu te assustei? — Se rendeu aproximando-se devagar.
Bom, obviamente me assustou. Quem em sã consciência chegaria quietinho por trás de alguém no escuro de um parque velho e vazio? Céus.