Capítulo 25

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Depois de uma hora de viagem, da Nicolle ficar tentando abraçar Isabela dentro da van e do Cody reclamando da fome, nós finalmente chegamos em Nova York. Argos nos deixou na frente do Metropolitan Museum of Art. 

Enquanto eu e as garotas esperávamos nas escadarias do museu, Cody foi até a lanchonete mais próxima para comprar comida, nós não tinhamos tomado café da manhã e á essa altura, todos estavam morrendo de fome.

- Vocês sabem o que temos que procurar? Quero dizer, a arma roubada - Isabela disse olhando para trás, ela estava sentada um degrau abaixo de mim e de Késia. 

- Sim, o raio-mestre de Zeus, afinal, até onde sabemos, foi ele a arma roubada da última vez - Nicolle falou tirando a cabeça do ombro de Isabela que parecia indiferente em relação á isso. 

- Isso vai ser um pouco mais difícil do que eu pensei, a arma pode estar com qualquer um - ela disse apoiando o queixo em uma das mãos.

Eu sabia da existência de um irmão mais velho, mas ninguém até agora havia dito nada sobre ele para mim.

- Como ele era? Você chegou a conhecê-lo? 

- Ele foi o herói no qual eu sempre me espelhei. Você me lembra muito ele, olhos verdes, cabelos negros, o cheirinho maritimo que vocês tem, mas principalmente a lealdade. - Ela fez uma pausa e rodou um palito entre os dedos - Você poderia facilmente dar a vida por seus amigos e por quem ama, mesmo que isso signifique desistir de tudo. 

Eu avistei Cody parado do outro lado da rua com cinco sacos marrons com o logotipo da lanchonete estampado na frente. 

- Espero que vocês gostem de hamburguer no café da manhã, porque é isso ou passar fome - Cody falou enquanto se aproximava.

Nicolle se levantou pegou quatro dos cinco sacos de comida e jogou um para cada um de nós. 

- Temos que decidir logo oque vamos fazer a seguir, ficar sentada nessa escada não vai ajudar em nada.

- Nicolle tem razão - Késia disse se levantando - Acho melhor nós arrumarmos um lugar para passar a noite, ai podemos pensar melhor nos que vamos fazer. 

- Mas nós não temos dinheiro - Cody falou chamando a nossa atenção 

- Ainda - Isabela disse se levantando da escadaria - Esperem aqui, e se preparem pra correr se for preciso, Nicolle venha comigo.

As duas foram até uma senhora que estava com algumas sacolas de algum supermercado local. Nicolle perguntou alguma coisa para a senhora, e Isabela pegou algumas notas de dinheiro da bolsa dela e se afastou. 

Um minuto depois as duas voltaram. 

- Eu sou cumplíce de um crime! - Nicolle falou desesperada

- Já temos o dinheiro, vamos sair logo daqui antes que a policia venha atrás da gente. 

- Essa menina é maluca! Completamente maluca, alguém chama a policia por favor. Qual é o teu problema garota? 

- Dois meses no chalé de Hermes deu nisso. 

 Depois de ter assaltado um carro e ter ter fugido da policia e ter nos transformado em jovens fugitivos da lei perseguidos por todo o país, Isabela nos levou até um hotel um pouco afastado da cidade, para o caso de sermos presos pela policia de Nova York. Definitivamente, nós passávamos muito tempo em hoteis. 

O lugar era bem velho, mas aconchegante, tinha tinha metade das paredes revestidas com um papel de parede verde floral e a outra metade era revestida de madeira envelhecida. 

A senhora que nos atendeu parecia ter centenas de anos. Tinha os cabelos acinzentados, os olhos azuis debaixo de um par de óculos meia-lua e a boca era fina e pequena. 

- Bom dia, em que posso ajudá-los? - ela tinha a voz fraca e deprimente. 

- Queremos dois quartos, vamos ficar por dois dias - Isabela disse se precipitando.

- Ela deve ter uns mil anos - Cody sussurou atras de mim e de Nicolle e se calou depois que levou dois socos na barriga.

A atendende digitou algumas coisas no computador, que também era muito velho, se levantou e tirou duas chaves de um grande suporte. Ela estava usando uma camisa branca, uma saia de pregas cinza abaixo dos joelhos e um cardigã de tricô verde.

Enquanto nós quatro nos afastávamos pelo longo corredor que dava acesso aos quartos, eu senti que a senhora nos olhava, e de acordo com o reflexo do espelho, eu estava certa.

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