Capítulo 18

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Depois de algumas horas estávamos em Long Island, a alguns metros de uma colina verde com um pinheiro majestoso fincado no alto. 

Aquela altura, já estavamos todos muito cansados da viagem e eu ainda estava receiosa em relação á ser filha de um deus grego. Fala sério, ninguêm acreditaria de primeira se um menino chegasse falando que você é filha de um deus. 

Késia estava com a cabeça encostada na janela do carro e Nicolle não tirava os olhos da estrada.

- Vocês estão ouvindo isso? - eu disse ouvindo um som abafado, como se estivesse á quilômetros de distância.

- Ouviu o que? - Késia respondeu levantando a cabeça.

- Parece...passos - Nicolle falou como se estivesse lendo meus pensamentos. 

Cody pareceu muito nervoso com aquilo, olhava para todos os lados através das janelas de vidro do carro. Nicolle pareceu entender oque ele estava querendo dizer e acelerou o carro. 

A estrada já estava escura e quase não dava para ver nada através das janelas. Mas eu ainda ouvia os passos pesados e abafados. 

- NICOLLE! - Cody gritou se abaixando no carro antes que alguma coisa semelhante á um bastão de madeira quebrar os vidros. 

Por uma fração de segundos eu estava totalmente perdida. Nicolle desviou por pouco o carro de alguma coisa grande na estrada. O carro rodopiou uma cinco vezes antes de parar na beira de um morro que dava para algum lugar em meio a escuridão da noite. 

Todos sairam as pressas do carro bem á tempo dele despencar no morro e cair na escuridão. Cody e Nicolle vieram correndo na direção de mim e Késia. Cody nos levou para perto de uma árvore. 

- O que é aquilo? - Késia disse apontando o dedo trêmulo para uma coisa enorme que se movia em direção á nossa árvore. 

- Um trasgo. - Cody disse tirando uma espada do cinto. Eu não sabia como não tinha percebido a espada em seu cinto esse tempo todo. 

Cody foi na direção da colina correndo e nos disse para ficarmos ali e esperar ele voltar. Ele deu um longo assobio e de repente, uma espécie de muralha de adolescente altos, de pele dourada e cabelos loiros se formou no alto da colina. Eles empunhavam arco e flechas que estavam apontados para o trasgo que vinha vindo á passos lentos e arrastando o bastão no chão. 

- Arqueiros! - Um garoto de pele ligeiramente pálida, cabelos loiros e grandes olhos azuis gritou no alto da colina - Atirar! 

Uma saraivada de flechas passou zunindo e acertaram, sem muito efeito o grande trasgo de pele esverdeada. 

- Meu colar! - Nicolle gritou avistando o colar de pedra Agata que ela havia ganhado da mãe quando era pequena. 

Nicolle correu em direção ao trasgo e, sem pensar duas vezes, eu corri atrás dela na esperança de faze-la voltar para perto da árvore. 

O monstro nos viu e nos varreu de seu caminho com o bastão. Nicolle e eu fomos arremessadas em um pinheiro e caimos com um baque surdo no chão. Depois da queda, minha perna e meus braços estavam ralados, eu tinha um corte na bochecha e na boa e meu cabelo estava cheio de galhos de pinheiro. 

Quando eu me levantei, vi Nicolle sentada amarrando um pedaço de um tecido cinza na perna que estava com um grande corte e sangrava. 

- Pelo menos eu consegui pegar o colar. 

- E quase nos matou. 

- Você não precisava ter ido.

 - Eu não poderia deixar você ir em direção à morte certa, seria loucura.

Nesse intante uma garota veio correndo em nossa direção com um grande escudo de prata em uma das mão e uma foice na outra. Era alta, tinha os cabelos longos e negros, pele levemente dourada e olhos castanhos claros que mais pareciam duas fendas. 

- Ei vocês duas! - ela tinha uma voz doce porem firme - Venham comigo. 

- Ela não consegue andar- eu disse apontando para Nicolle.

A garota levantou Nicolle com um dos braços e me cobriu com o escudo. Mesmo parecendo estremamente delicada, a garota era forte. 

- Prazer, me chamo Isabela. - ela disse olhando para Nicolle cujos olhos brilhavam como se acabasse de ganhar na loteria. 

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