Kyle não se lembrava de mais detalhes sobre as festa, foi um momento muito empolgante, mas ao mesmo tempo, muito exagerado e humilhante. Por isso, a sua opinião sobre o evento sempre foi muito difusa.
Mas de uma coisa Kyle tinha certeza. Nunca mais iria beber, não valia a pena ficar de ressaca, muito menos ter alguém de ressaca ao seu lado.
Stanley estava em muitos estágios menos no da sobriedade.
Os dois estavam deitados no acolchoado do icônico carro dos Marshs, estavam se dirigindo até o porto, na intenção de irem à Índia passar a lua de mel. A mãe de Stan tinha reservado uma chácara no litoral, na qual se hospedariam por duas semanas.
Kyle relia a carta que Sharon havia escrito, no papel havia instruções e o endereço do local em que iam. Stan afirmava que a mulher já havia dito tais instruções antes, mas como não se lembrava, Kyle preferiu acreditar na versão em estêncil.
Junto das escritas, Sharon havia separado uma foto, seu próprio retrato, afirmando que iria ser útil para se integrarem no local. Stanley sugeriu para o marido guardar as coisa e assim ele fez.
Quando chegaram, puderam aproveitar do clima romântico da maresia e do sol brilhante daquele dia. O estômago de Stan nunca foi preparado para estar em alto mar, mas ao lado de Kyle, o tempo parecia passar mais rápido, e quando percebeu, nem tinha mais tempo de ficar enfermo.
Ao chegarem, conseguiram aproveitar do bom e do melhor que os litorais indianos poderiam lhe oferecer, foi só mostrar a foto de Sharon que os nativos os trataram com muito prestígio, um homem os levou até o grande palacete que a mulher alugava, e mais tarde os guiaram até as praias que queriam frequentar.
Foram muito bem servidos, sempre quando diziam que eram Marshs, os colonos sorriam os tratando com mais gentileza, como se fossem seus filhos ou irmãos.
O motivo para tudo isso, descobriram mais tarde. Sharon havia uma grande influência na economia local, já que se podia ver barracas e mais barracas vendendo Randritas por todos os cantos. Aquele mineral era uma nova tendência comercial, consequentemente enchendo de dinheiro os bolsos de muitos revendedores dali.
Para recompensar essa ascendência, ou talvez dependência econômica, as pessoas de lá tratavam muito bem os próximos a Sharon, provavelmente numa expectativa de terem uma ascendência de classe caso agradacem a mulher.
No entanto, aquilo não importava para o casal, eles apenas queriam se divertir com tudo que tinham. Stan se aproveitava das belas paisagens, colocava os pés na areia e tomava banho de mar, comia as comidas típicas e se divertia com alguns animais que encontrava na relva selvagem, às vezes os levando até a sua chácara e levando advertência por isso.
Já Kyle queria saber mais da cultura local, conversava com aquela gente, perguntava do cotidiano, e punha em prática os vagos estudos de história que lembrava ter aprendido sobre o lugar. Queria ir nas áreas que o guia considerava perigosas, miseráveis ou não atrativas turisticamente. Mas apesar do bate boca, Kyle conseguiu convencer o guia o levar escondido até um rito tradicional, descobrindo mais sobre a família do homem, conhecendo sua esposa e duas filhas.
Mas apesar de descobrir muito, o ruivo também perdeu coisas fundamentais, mas pelo menos perdeu aquilo que queria. O casal ia para a cama todas as noites e se satisfaziam da maneira que queriam, no tempo que conseguiam e na posição em desejavam. Agora que estavam livres de julgamentos, aproveitam-se sempre que podiam.
Foram noites muito exaustivas mas o calor ainda ficava no corpo, as vezes tomavam banho, mas na última noite eles decidiram deitar juntos, de conchinha, sentindo a temperatura de um se transferir no corpo do outro. Novamente , se tornando um só .
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A Revolta do Marsherito
Fiksi PenggemarDepois de dar um pé na bunda de seus pais homofóbicos, Kyle achava que livraria uma vida perfeita ao lado de Stanley. No entando o que o ruivo não esperava é que um fator surpreendente iria aparecer em sua vida e iria repensar tudo que tinha conquis...