╾─✧̭ Capítulo - 2.

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•▪• Derek •▪•

──╼✧⃟໋̭̫࣪۫͡◆ᤢ᭄࣭࣭۫֩۫֠◆ᤢ࣪۫͡⃟✧໋̭̫╾──

╰̫۪࣪✧ᤢ໋۪࣪꧇͡᭢ུ╾ ❝ *_Sim, minha força está na solidão. Não tenho medo nem de chuvas tempestivas nem das grandes ventanias soltas, pois eu também sou o escuro da noite._* ── Clarice Lispector

Já era tarde da noite, e eu estava terminando um trabalho da pós no meu computador. Não aguento mais escrever sobre o mesmo assunto, muito embora gostasse do que estava fazendo. Me espreguicei na cadeira. Estou com uma tremenda dor nas costas, depois de três horas sentado naquela escrivaninha olhando para uma tela. Pelo menos eu já estava acabando. Depois de tanto tempo, eu estava mesmo um caco. Tanto que nem mesmo exitei em parar e caminhar até minha cama. Me lanço sobre o colchão macio e fecho os olhos por uns segundos.

Logo sou despertado pelo barulho repentino e irritante do meu celular, vibrando. Passo o dedo na tela, desenho a senha e desbloqueio o mesmo recebo a notificação de Hardin, me chamando para sair para beber o quê não seria má idéia. Faz meses que não o vejo, fecho os olhos por alguns minutos mas me irrito com o gemido insuportável do aparelho em minhas mãos. Tento entender porquê diabos a pessoa me manda uma droga de mensagem, perguntando se estou em Londres. Sendo que sabe que estou, parece que a Megan coloca um maldito despertador para os momentos que estou sempre de mal humor ou ela se programa para me infernizar à noite se ela sabe que não vai fazer diferença, ela tentar se aproximar. Eu nunca vou ceder a essa garota, e ela só serve para atrapalhar minha misera tentativa de descanso. Quando percebo que não há a menor chance de eu conseguir dormir no momento e nem ter paz, acho que vou dar uma volta pelas ruas de Londres. Talvez visitar um de meus lugares favoritos ou apenas andar por aí.

Depois de mais uns longos minutos deitado, reviro os olhos e abdico do meu momento de ócio, checo uma última vez as redes sociais e dou uma conferida rápida pela meu email. De qualquer forma, largo o telefone em cima da cama e tomo coragem para levantar e trocar de roupa. Escovei os dentes e fui ao meu armário procurando algo para vestir. Por incrível que pareça, estava tudo meio que organizado, Leah deve ter organizado tudo de manhã ou algo do tipo.

Eu tenho um sono pesado demais para notar, ela poderia trazer o Aerosmith para fazer um show que eu nem notaria, isso tem suas vantagens e desvantagens pego uma calça preta, camisa social branca, gravata e uma camisa de lã preta e volto ao banheiro tomo uma ducha e faço a barba, enrolo a toalha na cintura, visto a roupa e calço um sapato preto, pego um sobretudo negro do closet e visto e espirro perfume duas vezes sobre mim. Assim que estou devidamente arrumado puxo o aparelho que tinha sido largado em cima da cama deslizo-o pelo bolso da calço enquanto saio do loft e tranco a porta. Ando pelo corredor do hotel até o elevador aperto o botão e espero as portas se abrirem adentro o mesmo enquanto espero a descida silenciosa, as portas se abrem novamente e saio pelo saguão me encaminhando a deixar o local.

Decido deixar às chaves do carro no Loft, pego o celular e coloco coloco no silencioso, a última coisa que preciso hoje é alguém enchendo meu saco. Saio do prédio a pé mesmo. Meu objetivo é o parque que não é tão perto mas já conta. Paro na calçada respiro fundo o ar congelante e recomeço a andar á nevasca que começa a cair deixa as ruas desertas e isso só aumenta meu prazer.

A parte ruim de estar com nada, é a música. A falta dela. Acho que nunca mais vou andar por aí sem meus fones. Nada melhor do que ouvir musica sem ser incomodado. Já estou no meio do parque quando paro para respirar e observar às cascas das árvores nuas e os flocos de neve cairem sobre elas. Já estou prestes a voltar a andar quando ouço um barulho familiar.

Viro a cabeça devagar e apuro minha audição, tiros, com certeza. Balanço a cabeça negativamente em descrença, mas sou vencido pela curiosidade. Fora que sou um soldado das forças especiais americana, vim para Londres de férias e para focar na minha pós graduação e também porque meu superior me obrigou, depois de 2 anos ininterruptos em missões. Cá estou eu, tentando curtir ao meu modo além do que reconheço um disparo à quilômetros de distância. Abro um sorriso, como cumprimento as boas vindas que minha cidade Natal está me dando.

Entre o Amor e a RazãoOnde histórias criam vida. Descubra agora