Capítulo I

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Jungkook

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Jungkook



Deixo a água fria levar embora todo o cansaço que tive durante o dia e o estresse que tive agora durante a noite.

Pobre ômega.

Não gosto nem de pensar no que poderia ter acontecido se eu não tivesse sentido o cheiro ou escutado toda a movimentação que vinha daquela casa.

E se eu e meus hyungs tivéssemos pegado outro caminho até aquela boate?

A cena grotesca passava em fleches em minha mente. O ômega de bruços no chão inconsciente, sendo despido por aquele porco. E o pior é que haviam ainda mais três alfas na "fila" para se aproveitar daquela situação.

Como um pai permitiu que seu próprio filho fosse submetido aquilo por dinheiro?

Eu poderia ter arrancado a cabeça de cada um deles. Esse pensamento me faz sorrir com satisfação. Isso poderia ser considerado como um favor para o mundo. No entanto, por mais que eu e meus hyungs quiséssemos acabar com todos, apenas os exilamos para o outro lado da cidade. Para o território de Jay.

A imagem do ômega desacordado agora tomava conta de meus pensamentos, fazendo com que as batidas de meu coração voltassem ao ritmo calmo. Pele clara com leve bronzeado. Sobrancelhas bem desenhadas, assim como os traços delicados de seu rosto. Lábios rosados com um belo formato. Fios escuros ondulados nas pontas.

O cheiro... Ah, o cheiro. Um cheirinho de morango. Mas estava fraco naquele momento, assim como o próprio ômega. Nem parecia que o cheiro estava tão forte a ponto de eu senti-lo dentro do carro em movimento com os vidros fechados.

Saio do banho com uma toalha enrolada a minha cintura. O relógio ao lado da minha cama marca 00:24 da manhã.

— Ei, carinha — Yoongi hyung abre a porta sem bater, como sempre. — Estamos indo correr um pouco, verificar a floresta. Vamos?

— Não estou muito afim dessa vez — minha resposta o deixa surpreso.

— Mas você adorar correr durante a noite. Até fica chateado quando não podemos ir — o acinzentado diz fazendo bico.

— Eu sei, hyung. Só estou um pouco cansado. — sorrio.

— Certo — concorda. —, eu te trago uma pizza — ele me conhece bem.

— Ei, JK. Vamos lá! — Hoseok invade o quarto com a animação costumeira.

— Dessa vez não, Hobi — o mais velho avisa.

— Sério? — o ruivo vem até mim e coloca a mão direita em minha testa e depois desce para a bochecha. — Não está com febre.

— 'Tá tudo bem, hyung — dou risada afastando sua mão. — Podem ir e tomem cuidado — os mais velhos se entreolham.

Blood Painting  | jjk+kthOnde histórias criam vida. Descubra agora