FERIDO NA CHUVA

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                  Samuel e Tati chegaram na montanha o mais rápido possível, mas, antes de subirem, ele a olhou e deu 4 passos para trás. Ela estranhou a atitude do homem e perguntou:

- Por que você se afastou? - a mulher perguntou curiosa com a arma na mão.

- Há tantas coisas que você não sabe, Tati... Tantas... - Respondeu mantendo distância da montanha. - Vai você.

- O que você sabe?

- Essa montanha é amaldiçoada. Você não pode ir até o topo dela. - Ele suspirou.

- Deixe de ser ridículo! Isso tudo é para não pegar o bandido?! Estamos perdendo tempo demais, vamos, Samuel!

- NÃO! O Peter desapareceu depois que atravessou a montanha.

- Nunca pensei que alguém pudesse ser tão covarde que nem você, Samuel. Nunca pensei.

Tati se enfurece e ergue a cabeça pronta para correr atrás do bandido, logo, ele se segurou para não ir atrás dela.

- TATI! SE VOCÊ FOR, NÃO EXISTIRÁ NADA ENTRE A GENTE! NADA!

O homem gritou e antes dela começar a subir na mesma, não pensou duas vezes e foi em frente. A partir daí, na visão de Samuel ela desapareceu.

- Quem esse idiota acha que é? Haha! Como se eu dependesse dele. - Após passar 13 minutos subindo a montanha, ela chega no topo arfando e olhando para o lado. - Como assim eu subi pelo lugar errado? Não....

Ela ficou meio confusa, em seguida, viu que não daria certo de descer por ser muito alto e acabar se machucando bem feio, então a única saída foi ter que ir à Nova Beaufort.

- Samuel!! Você acredita que eu errei de direção? - Falou estando cansada e vendo que a cidade estava completamente vazia e que seu ex amado não estava lá. - O covarde foi embora...

Ela respirou fundo fechando os punhos e pegando o celular para fazer uma ligação.

- Ele não perde por esperar!

Era estranho porque ali não tinha sinal, a mesma franziu o cenho olhando para cima com o propósito de ver como estavam os postes.

- Estão normais, nenhum fio cortado ou algo do tipo. Ah mas... Com certeza, deve ser o meu celular com problemas. Que nem eu. - Revirou os olhos.

Enquanto isso, na Antiga Beaufort, Mary se esforça ao máximo para encontrar a sua namorada, Sarah. Hoje, ela finalmente decidiu ir até a montanha, já que foi o último lugar onde a desaparecida foi. Chegando lá, ela encontra Samuel parado observando a Montanha Beautry.

- Samuel? - A morena indagou saindo do carro e indo até ele. - Samuel, o que está fazendo aqui?

- Você vai subir? - Ele perguntou baixinho.

- Não entendi direito, pode repetir?

- Eles subiram e nunca mais voltaram... Todos estão mortos.... - Disse pegando sua arma.

O homem estava de costas para Mary, ele encarava a montanha enquanto pegava o revólver. A mulher que está atrás dele, dá passos para trás vendo o revólver sendo puxado de sua cintura.

- A Sarah não tá morta, não pense besteira, Samuel. - A respiração dela acelerou de acordo com os batimentos cardíacos.

- Quem morre na Antiga Beaufort, não consegue reencarnar, em nenhum lugar. - Ele dizia se virando aos poucos.

- Guarde a arma ou eu chamo a Tati! -

- Peter, meu amigo, me desculpe... Mas eu não quero participar de algo assim. - Apontou a arma para sua cabeça, pronto para morrer. - Não vou participar do castigo que Deus preparou para vocês, porque eu não mereço.

Aquilo era insano demais para Mary. Samuel apontou a arma na cabeça dele mesmo e quando apertou o gatilho, a mulher ouviu o barulho do disparo e o corpo já sem vida, cair no chão.

- M-Meu Deus.... - Mary se aproxima do corpo.

Após a aproximação, ela se agacha para pegar a arma, quando vê, faltavam mais três balas. Não demorou muito para a mulher esconder a arma na cintura, depois disso ela foi subindo a montanha.

Como se já não bastasse, Marcelo e José Arthur entram em confronto no funeral de Jhonatan. Monica se afasta estando meio zonza.

- Vou fingir que você não me empurrou. Saia daqui porque ainda dá tempo. - Marcelo vira de costas indo em direção ao caixão.

José não queria ir embora sem levar desaforos para casa, então, ele corre e empurra Marcelo fazendo o corpo dele e o caixão de chocarem e caírem juntos. Becky chegou bem na hora do acontecido, ela correu e ajudou seu irmão em seguida.

- Olha o que você fez! - George dá um tapa na cabeça de seu amigo. - Aqui é o funeral do Jhonatan.

- Ninguém sentia a falta dele. - Ele respondeu.

Marcelo se levanta com a ajuda de Becky, muitos criticam José por seu feito.

- Vocês não aceitam a verdade... Claro.

Ver o corpo de Jhonatan caído por causa de José, era o limite. Sarah pega a faca da mesa onde havia comida, porém ninguém percebeu por ver que Marcelo e ele iriam brigar.

- Marcelo, acaba com a raça dele! - Joseph sorriu torcendo pelo seu amigo.

- Joseph! - Mari reclama.

Começou a chover e José dava passos para trás ao ver o que Sarah queria fazer, mas, todos pensaram que era de Marcelo que ele fugia.

- Não me diga que está com medo agora. - Becky sorriu.

- George... Ta do meu lado até na morte, não é? - José perguntou saindo da igreja devagar já estando no meio da rua.

- Sim. - George respondeu ficando ao lado de seu amigo para protegê -lo.

- GEORGE! - Becky o gritou, mas foi impedida por Marcelo.

- Ta do meu lado ou do dele? - Seu irmão perguntou.

- Do seu, mas ele não tem nada haver.

- Tem sim, eles são melhores amigos. Tudo farinha do mesmo saco.

Marcelo não esperou muito e correu para cima de José. O bêbado foi socado várias vezes, mas George interviu muitas delas e o deixou bem machucado.

José caiu no chão estando fraco e bêbado. George o ajuda a levantar e em questão de tempo, Sarah perfura a faca na barriga de seu amigo, George (por engano). José foi culpado pela morte de seu amigo por ter colocado ele em sua frente, para morrer. Marcelo se afasta de Sarah, ele fica surpreso e assustado, Becky grita estando com raiva dela, mas é segurada por Kamir e Jasmin. Os gritos foram ouvidos por Tati que estava vagando pela cidade, José caiu com o seu melhor amigo ferido. As roupas deles estavam encharcadas, Jasmin corre até George e o ajuda, Marcelo ainda estava em choque, Sarah foge, mas, Nichols e Mari correm atrás dela.

Mary entra na casa de sua namorada e não acha ninguém, porém, ao virar-se, viu sua amada com as mãos ensanguentadas, aquilo deixou ela assustada.

- Mary? - Sarah pergunta estando molhada por causa da chuva.

- Que merda você fez, Sarah? E por que essa faca está em suas mãos?

- Mary, meu amor. - Sarah largou a faca no chão e correu até Mary. - Meu amor. - Elas se abraçaram e em seguida, se beijam.

FLAMES IN THE KINGDOMOnde histórias criam vida. Descubra agora