BARTOLOMEU, O HOMEM DOS DOIS UNIVERSOS

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                    Victor, que estava desaparecido há uns meses, aparece levando a irmã de Segundo à força. Ela tentava gritar, mas havia um pano tapando sua boca. Ele a levou até o topo da montanha e viu o seu senhor, Bartolomeu. O velhote que os encarava, mandou Victor pegar a faca e assim, decapitá-la.

- Senhor, ela é só uma criança. - O homem disse franzino o cenho e deixando a garota de joelhos. - Se fosse pelo menos aqueles imbecis, tudo bem. Mas ela?

- Victor, não quero perder tempo com você, MATE-A! - Bartolomeu ordenou aumentando o tom de voz.

George foi procurar Becky pela montanha, porém, acabou se deparando com os dois homens que tinham a irmã de Segundo nas mãos, para fazerem o que desejassem.

- Merda! - resmungou baixo se escondendo atrás da árvore.

Victor se preparou para matá-la, também não haveria como George ajudá-la em um momento como este, já que estaria em completa desvantagem. A cabeça da garotinha, foi arrancada de seu tronco brutalmente. O velhote se conteu dando umas olhadas para os lados, mas para a sorte do moreno que os observava, ele não o detectou.

- Esconda o corpo, vou voltar para a Antiga Beaufort. Preciso resolver uns negócios. - Falou Bart descendo no outro lado da montanha.

Bartolomeu, é o único homem que consegue viver nos dois universos. George fica aterrorizado ao ter visto uma criança ser decapitada, jamais teria visto algo do gênero em sua frente.

                    NO DIA SEGUINTE....

George acorda arfando e com seus globos oculares arregalados, pois ter que lembrar daquela cena e não conseguir contar a ninguém era praticamente uma tortura psicológica.

- George?

A mulher que estava ao seu lado, embrulhada no lençol branco o chamou, então o homem vira seu rosto lentamente para onde teria vindo a voz.

- B-Becky? - Ele gagueja a sentindo tocar em seu rosto.

- Não fique aflito por causa de seu pesadelo, eles são normais. Ta tudo bem. - Ela sorriu dando un beijo em sua bochecha.

- Becky?!!! Onde você estava? - Ele perguntou assustado achando que ela teria envolvimento com o assassinato da criança.

- Aqui em casa com você, quer dizer, ontem você saiu para comer e eu fiquei em casa. Mas aí, acabou demorando tanto que eu dormi.

- PARE DE MENTIR E ME DIGA A VERDADE!

- Isso tudo é uma desculpa para brigarmos mais uma vez? Que seja! - Levantou-se a mulher e foi para o banheiro se arrumar.

- É muito suspeito... A irmã do Segundo some, mas quando morre, Becky reaparece? - Ele se questiona dando uma olhada na foto dos dois em seguida. - Ah, Becky... Não quero te ver como uma suspeita de assassinato, por favor.

Becky saiu do banheiro arrumada e é vista com um olhar cheio de dúvidas, ela balançou a cabeça negativamente e pegou sua bolsa para ir ao funeral de Jhonatan.

- Você enlouqueceu de vez. - Ela revira os olhos saindo de lá.

Segundo não conseguirá ir ao funeral, por sua irmã estar desaparecida. O coitado, não dormiu a noite passada só para procurá-la, mas nenhuma pista apareceu.
No caminho para o funeral, Becky acabou o flagrando dando socos em um muro.

- Segundo? Ei! - Ela correu até o mesmo e o impediu de socar o muro. - O Que for? Que tanta raiva é essa?

- Becky? - Segundo franziu o cenho se afastando dela. - Onde você estava?! Onde você estava quando minha irmã tinha sumido?

- Que estranho, você e o George estão com este mesmo papo. Só podem estar de brincadeira comigo, imbecis.

Becky o deixou sozinho e continuou sua caminhada até o funeral.
Enquanto isso, na biblioteca, Peter conseguiu achar o lugar onde o Grande Livro se encontrava, no porão. Ele entra e quando desce as escadas, vê o Grande Livro aberto na primeira página.

- O Grande Livro é onde tudo começou.... É com ele que vou conseguir destruir a Antiga e Nova Beaufort.

Ele fica boquiaberto, porque havia muitas chances dele não achar o Grande Livro naquele lugar, mas talvez alguém o colocou ali de propósito.

Durante o tempo em que Peter e o funeral ocorria, Tati fica responsável pelo caso de +7 pessoas desaparecidas após atravessarem a montanha.
Neste momento, ela brincava com sua caneta encarando a parede, Samuel a chamava várias vezes, mas sua mente parecia estar em outro lugar.

- TATI!

- Ah, oi? - Ela finalmente se toca.

- Que raiva, hein. É a 8° vez que te chamo, cara. - Diz Samuel com as mãos na cintura.

- Perdoe -me. Eu pensei sobre o caso desses desaparecimentos.... Aqui em Beaufort é tão comum...

- É... Mas vamos conseguir. - Ele a incentivou colocando sua mão no ombro da mesma.

- Eu te amo, Samuel. - Ela riu.

- Me ama?

- Como amigo, idiota. - Debochou levando um beijo na bochecha em seguida.

Ele se sentiu frustrado mas riu para disfarçar. A idéia de atravessar a montanha não era uma boa ideia, não depois de ouvir tudo o que Peter disse antes de partir.

- Tati, quer saber a verdade? Eu acho que eles morreram... - Falou andando de um lado para o outro.

- Nem diga uma bobagem dessas, Samuel! Vamos achá-los, vamos sim.

- Vamos dar uma olhada nessa montanha primeiro, investigar o local e depois..... - Samuel é interrompido por um idoso pedindo ajuda.

- Senhores.... Senhores! - Bartolomeu finge sentir dor.

- O que aconteceu?! - Samuel se aproxima ajudando-o a sentar na cadeira.

- O bandido que me atacou, fugiu para a montanha. - O idoso arfou de dor.

- Samuel, vem comigo. Deixe os outros policiais cuidarem dele, vamos!

Tati e Samuel foram o mais rápido possível até a montanha para tentar pegar o bandido. Bartolomeu dá seu falso testemunho sobre o bandido, ele só queria salvar Tati do pior.

                           - Filha..... Isso tudo é pro seu bem, meu amor. - Bartolomeu pensa.

O funeral já estava acontecendo, todos estavam relembrando os bons momentos que tiveram com ele, mas, o momento de tristeza foi interrompido por José Arthur e Monica.

- Ah, cara... A cidade agora é só nossa e estamos chorando por causa de um... De um... - José não terminou por não lembrar da palavra.

- Defunto! - Monica debochou rindo e tomando mais um gole de cachaça.

- Caramba... Não era para você terminar de falar....

- José e Monica, saiam daqui. É um funeral, não uma festa. - Marcelo mandou ficando frente a frente com os dois.

- Ah é? E o que pensa em fazer? - José perguntou debochando e dando um empurrãozinho em Marcelo. - Te chamo de homem se me bater... Medroso.


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