dezoito

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Rosé cruzou os braços, batendo o pé impacientemente enquanto esperava sua bagagem. O seu avião havia acabado de pousar. Ela estava exausta. Não, ela estava mais do que exausta. Ela não havia conseguido dormir nada, na realidade. Sua mente estava ocupada demais pensando em Jennie.

Assassinato de segundo grau.

Primeiramente, Rosé achou a ideia muito ridícula. Mas ela sabia que precisava fazer isso. Haviam muitas perguntas sem resposta e talvez viajando para o passado de Jennie ela pudesse descobrir o que estava acontecendo.

Eventualmente, ela enxergou sua mochila, a jogando nas costas e passando pela grande porta de vidro. Foi aí que ela percebeu que não tinha ideia pra onde diabos ela estava indo.

Ainda assim, Rosé estava ignorando seus sentimentos sobre a situação toda. Ela tinha uma mente focada. Ela precisava descobrir o que havia acontecido com Jennie. Ela precisava de respostas para essas perguntas.

Ela parou um táxi, deslizando para o banco de trás e dando o endereço de sua antiga casa para o taxista. Se ela se lembrava corretamente, Jennie morava à apenas algumas ruas de distância.

Sua cabeça descansava na janela enquanto o carro andava, lhe dando tempo de repassar os acontecimentos em sua cabeça. O som de Jennie gritando o seu nome não saía de sua cabeça, e Rosé não havia previsto o quão aquilo seria doloroso.

Os oficiais... eles não sabiam como tratar Jennie. Ela era Jennie. Na realidade, apenas Rosé verdadeiramente sabia como Jennie pensava, como seu cérebro funcionava. Ela estremeceu ao pensar em Jennie estando sozinha com todos aqueles estranhos.

Subitamente, uma casa chamou sua atenção. Ela sabia de quem era.  Nayeon. Uma das ex-líderes de torcida amiga de Jennie. Uma decisão rápida fez Rosé parar o táxi, agradecendo o homem e lhe dando algumas notas, não se importando em contá-las. Elas esperou ele dirigir para longe antes de se virar e encarar a casa.

Alguns momentos depois, ela se encontrou na varanda, batendo na porta. Rosé mordeu o lábio quando ouviu passos se aproximando, e a porta se abrindo vagarosamente e revelando uma versão mais velha da garota que ela havia uma vez conhecido na escola. De pijamas.

Merda. Rosé rapidamente checou o horário, se dando conta de que eram 8 horas da manhã de Sábado.

"Rosé?" a garota soava confusa.

"Uh, oi," Rosé respirou fundo. Por que ela ainda estava intimidada? Elas haviam saído do colégio, popularidade não existia mais.

"Rosé a lésbica?"

Oh Deus. Rosé apertou os punhos e escolheu ignorar o comentário. "Podemos... conversar?" É sobre Jennie."

Ela viu o rosto da menina despencar e ficou preocupada. Nayeon colocou o pequeno cachorro que estava em seus braços no chão e abriu caminho, abrindo mais a porta e deixando Rosé entrar.

"Desculpe sobre aquele comentário lésbico," Nayeon riu nervosamente. Rosé apenas encolheu os ombros, parada desajeitadamente na entrada da grande casa. Os pais de Nayeon sempre foram muito ricos.

"Nós podemos ir sentar na sala de estar," a garota fez menção para Rosé segui-la pelo corredor, a levando para um grande cômodo alinhado com janelas. Era tudo tão limpo que Rosé estava com medo de tocar em alguma coisa. Ela sentou na ponta de um sofá de couro preto, passando uma das mãos no cabelo nervosamente.

"Você quer uma água ou alguma coisa? Temos limonada também, e chá, se você gos-," Nayeon começou, mas Rosé rapidamente interrompeu.

"Eu estou bem, é só que..." Rosé balançou a cabeça. Nayeon se sentou, fazendo sinal para ela continuar. "O que você sabe sobre Jennie?"

yellow - chaennieOnde histórias criam vida. Descubra agora