"Como você conhece a Jennie?" a garota perguntou uma vez que elas estavam no caminho. Rosé se mexeu desconfortavelmente em seu banco.
"Ela é minha... uh," a menina limpou a garganta e olhou para a janela. "Minha namorada."
O carro quase saiu da estrada quando Nayeon ouviu as palavras da outra garota. "Sua o quê?"
"Namorada," Rosé mordeu o lábio.
"Espere, mas não foi ela que... leu aquelas suas mensagens na escola?"
Rosé assentiu.
Elas pararam ao lado de um bosque atrás da casa de Jennie e Nayeon estacionou, fazendo um sinal para que Rosé esperasse um pouco.
"E você tem certeza de que ela está indo adiante com isso porque não... entende?" a garota perguntou cuidadosamente e Rosé cresceu confusa. "Ela tinha um namorado antes, não uma namorada, sabe?"
A menina mordeu o lábio enquanto o pensamento cruzava em sua mente. Ela não tinha uma resposta. Suspirando, a garota de cabelo loiro sacudiu a cabeça e saiu do carro. "Eu não estou preocupada com isso agora," disse, inclinando-se para ver a outra. "A minha principal preocupação é fazê-la voltar pra casa em segurança. Obrigada pela carona, mas você pode ir agora,"
Ela fechou a porta e saiu sem dizer mais nada. Rosé se lembrou o porquê de ela ter deixado essa cidade. Todo mundo estava com a mente tão ocupada. Ela ouviu o carro da menina se distanciando assim que chegou no início das árvores. A parte traseira da pequena casa de Jennie podia ser vista através delas e Rosé não perdeu tempo, abrindo caminho no meio do mato.
Havia fita de aviso em toda porta dos fundos, assim como nas janelas. Eles realmente não deixaram nada de fora.
Então, alguma coisa chamou a atenção da menina. A porta da adega. Olhando para os dois lados, certificando-se de que não havia ninguém, ela atravessou o quintal e puxou a maçaneta da porta. Merda, trancada.
Rosé estava desesperada agora. Desesperada por respostas. Ela chutou a porta em frustração e, quando estava prestes a sair de lá, ouviu um barulho de rachaduras. As dobradiças.
A menina rapidamente chutou a porta novamente. E de novo. Mais uma vez até que a porta se abriu. Ela pegou seu celular, ligando a lanterna em seguida.
Por sorte, a adega parecia estar conectada com a casa. Rosé subiu a pequena escada de ferro, empurrando a porta em sua frente para abri-la. Ela se levantou, apontando a sua fonte de luz ao redor e percebeu que estava na garagem. Missão cumprida.
Calmamente, entrou na casa. Imediatamente ela foi recebida com uma cena que a fez ofegar. O piso de cerâmica branca da cozinha estava manchado de sangue e a garota estava grata por usar botas com solas grossas.
Vidro.
Lisa tinha mencionado algo sobre Jennie ter vidro em seus pés quando apareceu em seu apartamento. Ela não poderia ter fugido direto para lá depois do que aconteceu, poderia? Rosé mordeu o lábio.
Tudo que ela sabia, na verdade tinha certeza, é que Jennie não mataria ninguém, a menos que fosse necessário.
A cozinha cheirava sangue seco e Rosé seguiu em direção a uma escada de madeira. A cada passo parecia que o chão poderia cair a qualquer momento. A casa estava uma bagunça. Ninguém iria suspeitar que a líder de torcida mega popular viveu ali.
Ela achou o quarto de Jennie logo depois, amarelo brilhante e mordeu o lábio para tentar esconder o sorriso que nascera em seus lábios, percebendo que algumas coisas realmente não mudaram.
Empurrando a porta aberta com o quadril, Rosé levou um momento para analisar o quarto antigo da menina. As paredes eram amarelas, o mesmo tom da cor que Jennie ainda adorava. A mesma cor do moletom que havia lhe dado.
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yellow - chaennie
FanfictionPRIMEIRO LIVRO DA SÉRIE YELLOW Roseanne Park odiava Jennie Kim, pura e simples. Claro, quem poderia culpá-la? Jennie tinha sido a pessoa que leu as mensagens privadas de Rosé em frente a todo refeitório, empurrando-a para fora do armário. Rosé tinha...