epílogo (um)

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"Sim, mãe," Rosé rolou os olhos, olhando para a garota no banco do passageiro. "Acabamos de sair do aeroporto. Estaremos aí em breve."

"Você vai ver mãe, eu te disse," Rosé mordeu o lábio e olhou para Jennie. A menina menor no banco do passageiro sorriu suavemente. "Tudo bem mãe, eu tenho que dirigir. Te vejo em breve."

Rosé riu suavemente assim que desligou, colocando seu telefone no segurador de copos e entrelaçando seus dedos com os de Jennie, com sua mão livre.

"Você parece nervosa," Jennie inclinou sua cabeça para o lado levemente, deixando seu cachos soltos caírem sobre seus ombro. "Você está nervosa?"

Rosé deu de ombros e levou sua atenção novamente à rua, seguindo a rota familiar para sua casa de infância. "Um pouco, sim. Eu não tenho nenhuma razão para estar, na verdade."

"Vai ser divertido, certo?" Jennie brincou com o pulso de Rosé distraidamente.

"Claro que sim," Rosé sorriu. "Você vai poder conhecer minha família louca." Jennie riu e travou círculos na mão de Rosé.

Semanas haviam passado desde que Jennie havia sido absolvida. As estações haviam mudado, deixando uma leve camada de neve pelo chão de Seul. Em Busan, entretanto, a temperatura estava praticamente perfeita. Era confortável do lado de fora, não importava o que você estava vestindo.

Depois que ela foi solta, Jennie começou a fazer uma rotina de consultas de terapia. Primeiramente, a menina mais velha estava hesitante. Mas com incentivos de Rosé e tempo, as consultas duas vezes por semana começaram a mostrar progresso.

Ela nunca voltaria a 100% antiga Jennie. Mas como seu médico havia dito, sempre havia espaço para uma melhora.

Uma das maiores preocupações de Rosé era seu relacionamento com Jennie. Ela havia conversado com a terapeuta de Jennie logo que chegou, atirando uma pergunta atrás da outra na mulher de meia idade.

O que ela tinha conseguido era uma lista interminável de termos médicos, que basicamente explicavam para Rosé que sim, Jennie era capaz de amar. E que uma relação estava bem, desde que as coisas fossem devagar e que Jennie estivesse ciente de onde as coisas estavam indo.

Jennie estava ciente. Definitivamente ciente. Quando Rosé havia discutido com Jennie sobre o futuro, ela encontrou uma Jennie tagarela, que não parava de falar sobre como chamariam sua criança e de que cor pintariam sua casa. (Amarelo, obviamente.)

Pensar em passar o resto da vida com Jennie trazia borboletas ao estômago de Rosé sempre. Mas ela podia esperar. Quanto mais pessoas ela conhecia diariamente, mais ela via o quanto precisava de Jennie.

E agora, aqui estavam elas. Semanas depois, de mãos dadas no seu carro indo para a antiga casa de Rosé. A mãe de Rosé havia convidado ela e sua 'namorada misteriosa' para passar o natal.

Então sim, Rosé estava nervosa. Extremamente nervosa. Ela não fazia ideia de como seus pais reagiriam quando descobrissem quem a garota misteriosa era na realidade. Porque até onde eles sabiam, Rosé ainda odiava Jennie com cada isso em seu corpo.

"Aqui estamos," Rosé sorriu nervosamente. Ela apertou a mãe de Jennie e fez menção para a casa na esquina. Um grupo de crianças pequenas estavam reunidas na frente da casa, chutando uma bola inflável de praia.

"Eu gostei," Jennie deu um grande sorriso, se ajeitando no banco para ter uma visão melhor da casa. Rosé estacionou o carro e respirou fundo, se virando para Jennie.

"Está pronta?" ela perguntou, mordendo o lábio. Jennie assentiu.

"Você está?" ela rebateu, se prendendo no fato de que Rosé estava mais nervosa do que havia admitido estar.

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