Capítulo 6

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Visão de Sakura Haruno

Fui para casa feliz, sem nem ao menos voltar a ver Sasuke. Quero apagar o acontecido da minha mente e me concentrar no que pode rolar com Itachi.

Meus pais chegariam amanhã bem cedo e eu estava com saudades. Fiz uma faxina caprichada e terminei o dia pensando em Itachi. Às vezes, o caçula atrevido era vislumbrado por mim. Preciso esquecer esse idiota!


Mebuki e Kizashi chegaram às nove horas da manhã e eu já havia preparado uma mesa farta com bolo, pães, café e suco para nosso desjejum.

— Filha! — Recebi um abraço de minha mãe. Meu pai me apertou em seguida. Amo esses dois.

Tivemos um dia agradável. Infelizmente, eles precisariam dormir num hotel, já que meu apartamento era pequeno demais.

Ainda assim, nos veríamos amanhã antes de partirem de volta para Kiri.

Contei como estava feliz com meu novo emprego, omitindo a parte de estar maluquinha pelo meu chefe e ter dado uns pegas no irmão dele. Ninguém precisava saber disso.

Soube que papai estaria de férias no mês que vem e eles pretendiam ir à praia. Senti falta de ser criança e poder acompanhá-los na viagem. Mas tudo bem, haveria outra oportunidade.

No domingo, por volta das quinze, me despedi de meus velhos. Então comecei a procurar uma roupa perfeita para meu encontro com Itachi.

Eu não poderia repetir o mesmo vestido e queria estar elegante. Acabei encontrando um vermelho rendado que eu ainda não havia usado no escritório. Era bonito.

Estava pronta e maquiada quando ouvi a buzina. Ele é pontual.

Desci as escadas elegantemente. Ele estava de pé me esperando para abrir a porta. Tão lindo e cavalheiro. Eu estou apaixonada, não vou mais tentar negar.

Ele sorriu ao me ver e eu estava parecendo uma garotinha que acabou de abrir o presente de natal. Nem sei o motivo dessa minha felicidade... Sei, sim!

— Oi — cumprimentei.

— Oi. Você está linda.

— Obrigada. — Me beija, por favor!

Ele abriu a porta do carro e eu entrei. Ainda querendo um beijinho ou um abraço. Qualquer toque me deixaria feliz.

— Nunca fui a um recital de balé. Nem em teatro, nem nada assim. Estou animada.

— Acho que vai gostar. Frequento peças desde pequeno. Minha mãe adora e acabei tomando gosto.

— Que legal.

O perfume dele é tão bom. Queria perguntar tantas coisas, mas não sei por onde começar. Acho que meu ataque de timidez está voltando.

— Qual sua peça preferida? — Foi tudo que consegui proferir.

— Eu sempre gostei muito do Quebra-Nozes.

— Conheço a história por filmes.

— Não é a mesma coisa. No fim do ano, há uma apresentação. Levarei você.

Sorri com a promessa.

— E quanto à peça de hoje? Já viu?

— Minha primeira vez. Só conheço a história por livro.

— Um romance que termina em tragédia. Espero não chorar muito — comentei brincalhona.

Ele deu um meio sorriso e permaneceu em silêncio. Será que ficou chateado?

Trabalhando entre UchihasOnde histórias criam vida. Descubra agora