Trabalhando entre Uchihas

Capítulo 10

Visão de Sakura Haruno

O Natal chegou após um ano agitado e cheio de trabalho. Entraríamos de recesso na empresa até o dia 10 de janeiro. Com isso, combinei de visitar meus pais com Itachi. Já era hora de apresentá-lo. Faríamos a viagem após o ano novo.

Passei o feriado com a família Uchiha. Mikoto me deu um conjunto de panelas maravilhoso. Eu sempre quis comprar essas panelas antiaderentes de cerâmica, mas são tão caras! Quase chorei de emoção.

— Agora, mais que nunca, vou colocar em prática as receitas que me ensinou. — Abracei-a.

Itachi me prometeu que meu presente seria dado mais tarde, no jardim da mansão. Fiquei imaginando se ele teria me comprado um pônei. São fofinhos.

Sasuke e eu já estávamos nos falando como pessoas normais. Nem parecia que havíamos tido alguma coisa. Eu lhe dei uma camisa e ganhei dele um colar de prata com o símbolo do infinito.

— Desejo que o amor de vocês dure para sempre. — Suas palavras foram tão bonitas que o abracei. Finalmente éramos como cunhados deveriam ser.

Para Mikoto, dei um porta-retratos com uma foto da família toda reunida. Ela amava fotografias e tinha um lugarzinho onde expunha dezenas delas. Minhas preferidas são do Itachi pequeno, tão bonitinho.

Dei uma caneta chique ao Fugaku. Advogados gostavam dessas coisas e eu não sabia o que mais poderia dar.

Para Itachi, comprei uma coleção de livros de Shakespeare, edição limitada. Sei que ele adora ler, imagino que já tenha lido todas as histórias do autor, mas creio que, para um amante de livros, este era um presente fantástico. E caro.

— Onde conseguiu? Estou em busca dessa coleção há anos.

— Fiz um lance na internet. Não foi fácil, mas arrematei.

— Vou colocar num lugar especial na minha biblioteca. Obrigado!

Eu estava ficando ansiosa pelo meu presente, mas Itachi disse que eu só ganharia à meia-noite.

Tradicionalmente, todo mundo deveria abrir os presentes a partir de meia-noite, já que a data certa é o dia 25 e estamos na véspera. Mas os Uchihas parecem ter suas próprias regras e tradições.

Ceamos um banquete delicioso e, quando o grande relógio de madeira badalou doze vezes, eu olhei para meu namorado ansiosa.

— Vem comigo. — Ele segurou minha mão e descemos para o jardim.

Curiosamente, ninguém nos acompanhou. O que será que ele está tramando?

Ficamos parados em frente a uma roseira magnífica, iluminados pela lamparina externa. A noite estava linda e fresca.

— E então? Cadê meu pônei? — Sorri. Ele deu uma risada gostosa e se ajoelhou, mexendo no bolso da calça. Paralisei. Era isso mesmo?

Ele tirou uma caixinha e abriu. O anel estava mesmo ali e era lindo.

— Sakura Haruno, em você encontrei o amor e a alegria. Desejo passar o resto da minha vida ao seu lado, compartilhando minha felicidade com a mulher mais bela desse mundo. Casa comigo?

Senti uma lágrima de alegria escorrer por meu rosto.

— Sim! Sim, Itachi!

Ele colocou o anel em meu dedo e se levantou para selar nossos lábios num beijo amoroso.

Foi um dos momentos mais felizes da minha vida até agora.

De repente, o pessoal apareceu, batendo palmas e nos parabenizando. Estávamos noivos.