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Marinette adorava Natal em uma proporção normal para uma pessoa. Ela não era fanática pela a festa e muito menos poderia dizer que amava a festividade; a garota apenas gostava de um modo como a maioria das pessoas gostava. Gostava de assistir os filmes natalinos na Netflix e se reunir com sua família e os dos presentes que ganhava de seus pais e de seus avós.

Enquanto isso, Emilie Agreste amava a festividade de um modo que ninguém naquela empresa poderia competir com ela. A mulher loira achava aquela comemoração a mais bela e a mais feliz do ano todo. E a mestiça havia percebido isso quando a mesma havia chegado com a ideia de fazerem uma brincadeira na empresa.

"É simples!", ela havia dito. "Colocamos os nomes em algum pote, as pessoas tiram e assim ocorre a troca de presentes. Certo, um exemplo: eu tiro o Adrien e lhe dou um globo de neve. Ele tira o Gabriel e lhe dá um relógio. As pessoas tem que descobrir quem tirou quem com a descrição que a pessoa dá. Meu Deus, falando em voz alta parece confuso."

Marinette havia achado a ideia adorável, por isso acabou aceitando, assim como outras vinte e quatro pessoas. A de olhos azuis havia concordado mais para deixar a mulher loira feliz, que estava realmente animada com a ideia do amigo-secreto, que poucas pessoas conheciam. Todos haviam concordado em ir para a casa dos Agreste às sete da noite do dia vinte e três de dezembro, onde iriam comemorar como se já fosse a véspera de Natal.

Naquela manhã, havia tirado um tempo da costura que estava fazendo para tomar café. Ela sonhava em ser estilista e, por sorte, Gabriel Agreste, um dos nomes mais renomados na indústria da moda, havia enxergado que ela tinha talento e a contratou. Ali estava ela, na famosa e internacionalmente renomada empresa Agreste, uma marca que admirava. Agora ela fazia alguns poucos modelos, que eram lançados pela a empresa mas continuavam seguindo com seu nome, mas sempre estava na área de costura.

Sorriu entrar na sala, com sua caneca vermelha brilhante nas mãos, vendo uma garrafa branca com desenhos natalinos com um post-it verde colado no objeto, deixando claro que ali continha chocolate quente. Com toda a certeza do mundo, aquilo era coisa de Emilie Agreste, que também havia deixado um pote com pequenos marshmallows ao lado. Serviu a si mesma da doce bebida quente e colocou dois confeitos brancos.

Logo, foi até uma das poltronas e se sentou ali, olhando para a grande janela de vidro. O céu estava branco, mostrando que, logo, neve iria cair na cidade. Ela já estava feliz apenas por pensar que a neve estava próxima. Assim que viu que os pequenos doces brancos estavam inchados e, provavelmente, derretidos, bebericou o líquido, que estava com um delicioso e leve gosto de canela. Lambeu os lábios logo depois de ter engolido, ainda sentindo um leve prazer pelo sabor da bebida. Emilie Agreste, além de ser uma ótima pessoa, atriz, modelo e estilista, também era ótima na cozinha.

A felicidade de Marinette, logo, foi desfeita. O loiro de olhos verdes havia entrado na sala, carregando uma caneca preta. Havia tido a oportunidade de não tê-lo visto quase a manhã toda, mas a felicidade sempre iria durar pouco. Na primeira vez que haviam se conhecido, naquela mesma empresa, era o primeiro dia da garota e estava carregando uma pasta cheia de trabalhos, que deveriam ser entregues nas mãos de Gabriel; um Adrien apressado passou por ela, trombou nela a fazendo derrubar os papéis, mas passou reto, sem lhe pedir desculpas ou lhe prestar alguma rápida ajuda.

A partir daquele momento, Marinette Dupain-Cheng considerava Adrien Agreste uma pessoa grosseira e egocêntrica, já que ele nunca havia lhe pedido desculpas.

Além disso, ele não havia segurado o elevador para que ela subisse junto dele, a fazendo chegar alguns minutos atrasada, já que o segundo estava em manutenção. Também havia feito a gentileza de acabar com o café em um dia extenso e exaustivo de trabalho. Assim, a conclusão era óbvia: Adrien Agreste não era quem dizia ser.

secret friend | adrinetteOnde histórias criam vida. Descubra agora