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Quando acordou, esqueceu que Adrien estava em seu apartamento e que havia passado a noite toda ali. Para ela, por pouco tempo, era como se o dia anterior havia sido criado pela a sua imaginação e era como se nem sequer houvesse existido. 

Ao ouvir barulho de panela, jurou que era Alya tentando fazer algo para comer, sendo que as duas sempre preparavam o café da manhã juntas. Então, foi nesse momento que lembrou que sua melhor amiga havia ido passar o final de semana na casa de seus pais. Levantou, apressadamente, e correu até a cozinha, encontrando o loiro na frente do fogão. 

— Bom dia, Mari. — ele a cumprimentou, animado, então olhou para ela. — Você está assustada. Está tudo bem?

Foi ali que ela notou que o dia anterior não havia sido um surto. 

— Ah, sim. Tudo ótimo. Bom dia, Adrien. — respondeu e se virou, indo em direção ao banheiro, não dizendo mais nada. 

Voltou a se deitar, apenas porquê seu corpo queria ficar na cama por mais um tempo. Perguntou a si mesma o motivo pelo qual havia permitido que seu chefe passasse a noite ali e, primeiramente, fosse até ela. Chegava a ser preocupante o fato de que ele estava fazendo café da manhã e que parecia cuidar dela com tanto carinho. 

Não podia negar que ele era lindo. Na verdade, tal adjetivo parecia pouco para descrever a beleza do rapaz, que parecia ter sido esculpido com cuidado. Sua personalidade, um pouco bagunçada, também era algo bonito para se admirar. Mas ela não poderia admitir aquilo em voz alta, principalmente pelo fato que ela deveria observá-lo com cuidado para que pudesse obter informações para o amigo secreto.

Até então, ela não sabia muito bem o que falar. Apenas guardou o fato de que ele era competitivo, gentil e inteligente, mas isso eram detalhes que qualquer um poderia conseguir ao ver entrevistas do rapaz. 

— Ei, m'lady! — o loiro chamou a atenção dela, entrando no quarto com uma bandeja nas mãos e cuidadosamente. — Sei que, talvez, você poderá me xingar, mas decidi trazer café para você.

— Por quê? — ela disparou a pergunta, o observando se aproximar da cama. — Quero dizer, eu tenho pernas e consigo muito bem me locomover. Café na cama é apenas para pessoas doentes.

Ele riu, inclinando levemente a cabeça para trás, e continuou a se aproximar da mulher, que o observava com atenção. Então, ele colocou a bandeja no meio da cama e se sentou na beirada, a olhando com atenção. Assim, o de olhos verdes respondeu a pergunta:

— Porque você merece uma atenção especial. — a de olhos azuis corou e se negou à olhar para o rosto do rapaz mais velho. — Todas as pessoas do mundo deveriam receber café na cama algum dia, Marinette, mesmo não estando doentes. Veja, eu fiz panqueca e comprei croissant. 

— Você não deveria se preocupar tanto comigo, Adrien. — ela impôs, olhando para a bandeja e, logo depois, ergueu o olhar para ele, encontrando os olhos verdes brilhando. Sentiu como se o seu coração tivesse se apertado na caixa torácica e ela entendeu que não poderia negar algo feito por ele com tanto amor. — Certo, eu irei comer aqui. 

— Espero mesmo que você goste, Marinette. — ele sorriu, alegremente, como se a mulher tivesse acabado de entregar um doce para sua criança interior. Então, ele começou a se levantar e ela segurou em seu pulso.

— Onde pensa que vai? — perguntou, olhando-o nos olhos. — Não pense que irei tomar café aqui sozinha, Agreste. Você fez isso para mim e eu escolho compartilhar com você. Sente-se aí e tome o café comigo.

— Bem, então eu devo ir pegar mais uma caneca, não? — ele perguntou, com as bochechas levemente coradas e a de cabelo escuro soltou seus dedos do pulso do mais alto. — Já volto. 

secret friend | adrinetteOnde histórias criam vida. Descubra agora