CAPÍTULO VINTE E DOIS

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Claire sentiu o vento frio da noite se esgueirando pelas cortinas. Podia ouvir o som das folhas das árvores ao redor do chalé balançarem como se uma chuva estivesse se aproximando, coisa que duvidava já que as previsões eram de céu limpo e estrelado durante as próximas duas noites. Naturalmente, sabendo que havia fechado bem as janelas, não se importou, apenas deduziu que o vento estava muito forte e passava pelas brechas das portas ou pelo telhado.

Ela tateou a cama em busca de seu cobertor, as pernas nuas se arrepiaram, mas o sono estava tão gostoso que ela se obrigou a não abrir os olhos. Assim que — em plena escuridão — ela se enrolou no tecido macio e quentinho, a calmaria retornou e ela se entregou ao sono profundo novamente.

Alguns minutos depois, ou horas talvez, Claire sentiu um lado da cama afundar e seu corpo enrijeceu instantaneamente.

Seria só uma impressão? — ela pensou.

Sua pergunta foi respondida rapidamente quando a cama se afundou mais e um corpo se aproximou. Claire sentiu o medo se alastrar por suas veias e artérias no momento em que uma respiração quente bateu em seu rosto.

O hálito aquecido chegou às suas narinas e um aroma de refrigerante misturado a algum doce que ela não conseguiu distinguir pareceram familiares para ela. Algo áspero e quente tocou sua face. Um calor eletrizante passou por ela começando daquela pequena área do seu maxilar e então irradiou choques por todo seu corpo, deixando-a extremamente sensível.

Chocada com o que aquele gesto havia causado nela, Claire tomou coragem e abriu os olhos. Ela estava preparada para qualquer coisa, menos aquilo que viu a milímetros de distância.

Apenas a luz da lua cheia iluminava o quarto, o que era suficiente para enxergar com nitidez. Ela resfolegou vendo uma cortina de cabelos negros em sua frente, a pele parecia estar com um brilho diferente devido o luar, as maçãs do rosto proeminentes, a mandíbula forte, as presas sobressalentes. Ela observou cada detalhe, o modo como seu peito nu descia e subia numa respiração constante, a brisa que entrava pela janela — aberta por ele, logicamente — balançava seus cabelos compridos e ondulados.

Observando seu tronco despido ela perdeu o fôlego. Os músculos bem desenhados, a pele bronzeada. Ela finalmente voltou seu olhar para o rosto em questão, os lábios carnudos que outrora esconderia bem as presas, agora imploravam para serem beijados e os olhos...

Desejosos, chamativos, atraentes e hipnotizantes olhos cor de sangue.

Claire abriu a boca para falar algo mesmo quando seu cérebro parecia ter virado apenas uma massa gelatinosa que ocupava o crânio. Antes que uma palavra qualquer saísse de seus lábios, os dele desceram para ela.

Quentes e doces, aqueles lábios beijaram os seus. Numa dança sincronizada, suas línguas se entrelaçaram ao mesmo tempo em que as mãos dele arrancaram o cobertor do corpo dela. Claire arfou quando sentiu os dedos dele tocarem cada centímetro de pele que estava ao seu alcance.

Um braço forte e musculoso rodeou sua cintura e ela nada pôde fazer a não ser ver-se sentada sobre o colo dele. Suas mãos traçaram os músculos dos braços do primata até alcançarem seu peito, onde suas unhas arranharam a pele no instante em que ele rasgou a camisola fina que ela usava.

Uma mão grande se fechou no cabelo de Claire quando ele se afastou da boca dela com a respiração descompassada. Beijou a pele sensível na curva de seu pescoço e o ombro. Num momento rápido ele havia ficado de joelhos, ela mal conseguia fazer com que seu corpo realizasse tarefas simples como respirar e ele estava lá, controlando toda a situação. Sentado sobre suas pernas ele levantou mais o corpo dela até que sua boca estivesse no nível daqueles seios nus.

O primeiro toque da língua ali fez com que ela estremecesse. Ouviu aquele som alto e característico dele em apreciação quando se concentrou mais naquele pedaço do corpo de Claire.

— Jericho... — ela gemia sussurrando seu nome enquanto ele manipulava cada seio dela, dando total atenção aos dois.

Surpresa a tomou no momento em que ele raspou as presas com mais força e sua mão desceu para o baixo ventre dela. Ansiedade e desejo — e talvez um pouco de medo — tomaram sua mente ao passo que ele rapidamente agarrou uma coxa e puxou-a ainda mais junto a seu corpo.

Era impossível não focar no membro duro que ele esfregava nela. Era impossível não sentir todo seu corpo ligado, excitado. Era impossível não se entregar aquelas sensações maravilhosas que ele a fazia sentir mesmo quando sua massa gelatinosa desprovida de senso — cérebro — tentava lhe lembrar o quão errado era aceitar aquilo depois da rejeição.

O que ela poderia fazer? Estava ali para ele. Jericho poderia fazer o que quisesse com o corpo dela, ela sentia que não se pertencia mais.

Os gestos cada vez mais afobados, as respirações tão misturadas que pareciam uma só. Ela podia sentir algo imenso chegando, como uma libertação. Os rosnados dele eram só mais um detalhe para aumentar aquele prazer.

— Jericho... — ela arfou quando uma língua morna e meio áspera passeou do seu peito ao seu pescoço. E então...

E então um som distante começou a arrancá-la daquela maravilhosa névoa. Suas mãos tentaram agarrar os ombros dele só para mantê-lo mais perto, porém, falhara miseravelmente.

O som ficou mais estridente a cada segundo, ela não sentia mais os toques dele e de repente, acordou.

Claire olhou para o teto do chalé, se sentou na cama num rompante e tentou entender o que estava acontecendo. Seu corpo estava encharcado de suor, a camisola fina estava quase transparente grudada ao seu corpo. Ela ainda se sentia ligada e muito frustrada.

Desligou o maldito alarme e obrigou-se a levantar. Com as pernas trêmulas ela entrou no banheiro e ao ver o seu reflexo, teve vontade de rir de si mesma.

Estava corada demais, ofegante demais, excitada demais.

— Isso só fica cada vez melhor, agora terei sonhos eróticos com Jericho também. — resmungou entrando debaixo do chuveiro de roupa e tudo. Precisava esfriar a cabeça de algum jeito. E esquecer aquele macho de qualquer forma!









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Hi babys, como estão?

Nada a dizer sobre esse capítulo.

JERICHO - Novas Espécies (revisando)Onde histórias criam vida. Descubra agora