Capítulo 9

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                            Beatrice

— ESTÁ SOL — GRIFFIN DIZ ME IMPEDINDO DE SAIR

— Não tem problema — dou um passo a frente mais ele me segura — Me solta!

— Elisabeth! — fala alto com seus olhos fixos nos meus — Chega! Não vale a pena

— Será possível que a única coisa que eu te peço você não pode fazer? — grito e ele suspira — Eu falei pra me tirar daqui! Você consegue fazer isso!?

Griffin suspira

— Okay, mas não assim. Você não pode levar sol, há lugares aqui que você pode ficar

O empurro e saio para fora. Ao pisar no primeiro degrau do lado de fora eu sinto o sol arder minha pele. Mas não importa, eu não quero ficar aqui, não posso ficar aqui dentro.

Ouço Griffin gritar meu nome então corro em direção ao campus. Se ele não foi capaz de me tirar daqui, eu vou sozinha, pra qualquer lugar

— Você tá louca garota? — ele segura minha cintura.

Eu esperneio lutando contra sua força mas ele me segura firme e vira o meu corpo me abraçando contra seu peito firme.

Dou alguns tapas em seu peitoral mas ele só solta alguns gruidos e me aperta ainda mais contra si.

Desistindo de lutar, eu encosto a testa em seu peito e choro.

Eu odeio estar fazendo isso, Griffin é a última pessoa que eu gostaria de chorar nos braços, mas a essa altura do campeonato eu só consigo lembrar dos lábios vermelhos de Ariela beijando Aslan. O garoto que ela bem sabe que eu amo desde sempre

— Okay, isso é bizarro — Griffin diz e me puxa para umas das barracas de lazer onde há um teto impedindo o sol de penetrar nossas peles — Que porra você...

— Para de falar palavrão, idiota! — berro e começo a coçar meu pescoço.

Pelo visto, os poucos minutos que enfrentei o sol, já foi o bastante para fazer minha pele se revoltar.
Eu viro meu rosto para que Griffin não veja as possíveis manchas que já surgiram.

Olho meus braços, que estão formigando mais que o normal. E há pequenas manchas como picadas de mosquito por toda pele

Droga. Eu preciso do meu remédio, mas para chegar lá dentro, preciso enfrentar o sol de novo.

Olho para uma poça de água no chão ao lado do meu assento e vejo meu reflexo, minhas bochechas estão vermelhas como tomates, e a única coisa que vem a minha mente é os comentários maldosos que Ariela fez sobre isso.

Eu estou horrível.

Choramingando, eu olho pra Griffin

— Puta merda — ele entra em pânico — Devo ligar pra emergência? O que eu faço? — ele se agaixa na minha frente para que eu não erga a cabeça para olhá-lo

— Eu preciso... — gaguejo enquanto coço meus braços — Do meu remédio mas está no quarto

— Pare de coçar isso — ele diz afastando minhas mãos como se não tivesse nojo nenhum em tocar em mim estando nessa situação

Griffin rapidamente pega minha mão e me conduz por debaixo das árvores até a enfermaria do time de vôlei. Só jogadores entram aqui, mas como ele é treinador e capitão do time, acho que há problema nenhum

O príncipe me ergue como se eu não pesasse nada e me senta num balcão de madeira cheio de troféus e meias sujas dos jogadores.

Aghr. Que nojo

Princesa, Com Orgulho - TRILOGIA PRINCESAOnde histórias criam vida. Descubra agora