Princesa, Com Orgulho - TRILOGIA PRINCESA

Capítulo 42

Querido diário,
Escrevo essas palavras rindo internamente, aliás, nunca imaginaria que um pedaço de papel e uma caneta poderia me fazer sentir um pouco menos pesada.
Tem sido dias difíceis, na verdade, minha vida é difícil. Eu tenho tudo o que qualquer garota acharia um sonho. Moro num castelo, tenho o título de princesa, namoro um príncipe perfeito...bom, quase perfeito. E posso ter tudo o que o dinheiro pode comprar. Mas não consigo tirar de mim essa dor. Eu sinto vontade de chorar a todo momento, e até minha respiração não consigo mais controlar, é como se...

— Elisabeth... — ouço a voz de Griffin e rapidamente fecho o livro — O que você está fazendo fora da cama?

Me viro e sorrio ao vê-lo com cara de sono e os cabelos todos desgrenhados. Por um milagre Arthur não proibiu ele dormir no meu quarto.

— Fazendo coisas de menina? — dou de ombros

— Posso ajudar nessa coisa de menina? — ri de lado e eu reviro os olhos e me sento na sua frente para tentar arrumar seu cabelo

Griffin me olha com os olhos semicerrados e por fim, suspira.

— Não precisa finjir que está bem, eu sei que não está — ele diz e eu suspiro — Estamos longe de estarmos bem Elisabeth

Confirmo quando ele segura minha bochecha.
Desde a nossa perda, Griffin tem se dado muito bem em finjir estar bem só para não me ver ainda mais pra baixo, sei disso porque atuar já faz parte da minha vida. Eu deveria ganhar um Oscar por causa disso.

— Somos muito jovens, e erramos muito nesse pouco tempo juntos — diz — Mas isso, não foi nossa culpa, estávamos felizes pelos bebês. Lembra?

Sorrio nervosa e uma lágrima escorre do meu olho. A cada vez que ouço alguém falar dos bebês, sinto essa dor inconsolável

— Mas independente de tudo, quero estar com você. E que se foda se alguém disser que não, eu te amo, Beatrice — ele diz e enxuga minha lágrima — Não vai ser fácil. Não vai. Mas nada com a gente é

Confirmo chorosa e o abraço. O único abraço que me trás o refúgio que preciso, o abraço que mesmo sem falar me diz que estou segura e que tudo vai ficar bem, mesmo que demore.

— Eu não iria fazer isso de uma forma romântica mesmo... — diz e pega uma caixinha de jóia de dentro do seu terno jogado no chão.

Por um instante eu esqueço dos mil motivos que tenho para chorar e sorrio só de pensar no que virá a seguir. O momento que sonhei a minha vida inteira.

Griffin abre a caixa e eu percebo que ele está tremendo. Pela primeira vez, o vejo nervoso em uma situação boa

— É diamante... eu sei que não aceitaria algo menos caro... — ele ri e me mostra o anel dentro da caixa.

Minha mão voa a boca, e eu choro. Dessa vez de alegria. Nunca pensei em ser pedida em casamento na cama, por um cara que acabou de acordar, muito menos após um aborto. Mas nada na vida funciona conforme nossos planos

Ele se levanta arrumando o cabelo e se ajoelha nos pés da cama e me olha fixamente

— Beatrice Elisabeth Gautier, você aceita ser minha noiva?

Eu sorrio emocionada

— Se você parar pra observar... além dos diamantes que é o seu foco... — ele diz e eu sorrio olhando para o anel — Ele tem o formato de uma coroa, o que é um trocadilho, para um segundo pedido...

Ele segura minha mão e antes de colocar o anel no meu dedo a beija delicadamente.

— Além de me fazer o homem mais feliz do mundo aceitando se casar comigo, você aceita ser rainha de Agar? E segurar minha onda todas as vezes que eu quiser fazer uma lei escrota ou algo assim