~Cate point of view~
Foi difícil subir as escadas com Sandra, mas quando finalmente chegamos, eu fiquei num grande dilema.
"Dorme comigo, por favor? A gente já dormiu juntas tantas vezes…" Ela estava com as duas mãos unidas, como se fosse se ajoelhar para mim e fazer uma oração. Toda vez que ela tentava se ajoelhar eu puxava ela pra cima e ria do seu estado. "Por favor, bebê! Eu não vou conseguir dormir sem você!" Ela fez uma carinha de tristeza, aquele famoso biquinho. Eu queria morder ela.
"Ok, mas se você tentar qualquer gracinha, eu vou para o meu quarto!" Eu disse bem séria, será que ela iria entender?
"Ebaaaa! Mas amor?? Somos quase casadas já!" Ela disse rindo, mas mantive meu rosto sério. Arqueei uma sobrancelha e ela parou na hora de rir. "Ok! Eu não vou fazer nenhuma gracinha!" Eu quis rir da sua atitude…
"Boa garota!" Acariciei seus cabelos, ela fechou os olhos e me abraçou forte. Eu ajudei a tirar seu vestido, mas juro que não olhei nada! Enquanto ela tomou banho, aproveitei pra tomar o meu, no meu quarto. Era melhor assim, eu queria ter certeza de que ela tinha certeza. Eu só não quero me machucar… provar de como é bom estar com ela e depois sofrer por não estarmos na mesma. Então tomei um banho rápido, escovei os dentes, passei meus cremes corporais e um pouco de perfume. Optei por uma camisola azul, que era bem decotada e curta. Eu estava nervosa de novo, as asas das borboletas no meu estômago batendo em meus ouvidos. Eu bati suavemente na porta do quarto dela antes de entrar. Ela estava andando de um lado a outro, vestindo um pijama preto de seda, totalmente sensual.
"Ah! Você veio! Achei que não viria mais…" Será que eu demorei? Pra mim pareceu tão rápido. Ela deu uma boa olhada em mim, desde meus pés até a cabeça. "Eu sempre amei essa camisola. Mas acho que é só porque tudo fica tão perfeito em você! Tão linda!" Ela não parecia estar bêbada agora. Ela me estendeu a mão, eu segurei ela fazendo carinho. Sandra suavemente me puxou para outro abraço. Será que é normal as pessoas apaixonadas se abraçarem tanto? Ela cheirava tão bem, sua pele estava limpa e muito… apetitosa? É eu queria morder, beijar, lamber. Eu estava me sentindo uma adolescente cheia de hormônios e tesão. Por Deus! Essa mulher sempre me deixou assim, nesse turbilhão de sensações e emoções.
"Vem, vamos deitar. Temos muito o que fazer amanhã e precisamos dormir!" Peguei na sua mãe e a conduzi até a sua cama confortável e grande. Deitamos de frente uma para outra.
"Eu já te falei o quanto você é linda?" Acho que por ela estar tão perto, eu fiquei vermelha com seu elogio. Ela acariciou a pele avermelhada do meu rosto e sussurrou: "Linda!"
Abri meus olhos para ver seu rosto, observei sua respiração quase profunda, como se ela estivesse tentando controlar para não parecer uma asmática… eu também estava do mesmo jeito. Me apoiei no cotovelo, para olhar melhor sua face. Foi automático, depois de nos olhar, nossas bocas foram em direção uma da outra. Um selinho demorado… ela puxou um pouco mais minha cabeça em sua direção, agarrando os cabelos da minha nuca. Meu Deus, isso nunca iria parar de ser bom?
"É só um beijo de boa noite!" Nossas respirações alteradas, os lábios se tocando enquanto falei a frase. Qualquer toque me deixava louca, arrepiada de tesão. Eu quero tanto continuar, mas não posso ignorar o medo de ser magoada por ela. Não posso perder Sandra, então preciso conversar com ela primeiro… deitei suavemente de volta na cama, ainda abalada com o beijo. Olhei para ela, que também me olhava, me analisando, medindo minhas reações.
"Tudo bem bebê, mas será que podemos chegar um pouquinho mais perto?" Eu ri, porque primeiro achei que ela fosse reclamar como ela fez na frente da balada quando queria me arrastar para um beco. E segundo, porque sempre que dormiamos juntas, ficávamos abraçadas, ou então de conchinha. Nunca tinha me pedido permissão… seria difícil para mim dormir, mas eu não estava ligando pra isso agora. Eu respondi sua pergunta com um beijinho na testa, abraçando seus ombros, encaixando nossos corpos. Ela começou um carinho nas minhas costas, eu sentia minha pele se arrepiar. A cabeça dela entre meus seios…
"Eu adorei essa posição!" Ela disse baixinho, sua voz abafada. Eu ri disso. Eu tô rindo tanto, isso é bom. Eu sempre ri muito com ela, mas agora era diferente. Meu riso é feliz.
"Você é sempre tão sacana e tarada! Você tem que dormir!" Eu dei um tapinha na bunda dela.
"Bebê, se você quer que eu durma, não pode me bater assim, que eu vou querer mais!"
"Viu? Eu sempre estou certa!" Eu ri, beijando seus cabelos. Acho que nunca estive assim com alguém. Era tão leve, tinha carinho e tesão envolvido. Talvez nem ela tivesse tido um momento igual a esse. "Durma meu amor! Amanhã temos muito o que conversar…" Mas ela continuou com o carinho, até subir completamente minha camisola.
"Sandra…"
"É só um carinho bebê…"
Nós duas gememos quando a palma da sua mão tocou a pele das minhas costas, ela acariciou suavemente, passando suas unhas. PORRA. Eu tinha que ser muito forte… mas ela começou a beijar meu pescoço, sua mão foi descendo até agarrar minha bunda, me puxando em direção ao seu quadril. PUTA QUE PARIU.
"Sandra…"
"Só um pouquinho…" Sua mão subiu acariciando todo o caminho, até entrar por baixo da minha roupa. Ela subiu mais rápido até pegar de uma vez no meu seio. Eu gemi de surpresa e prazer. Sua boca continuava beijando, mordendo e chupando. Rápido demais, ela abaixou uma parte da camisola e meu seio estava exposto, a mercê de sua boca. Ela me olhou, admirada.
"Puta que pariu mulher! Você é muito gostosa. Que merda!" E então ela desceu pra chupar. Parecia ser a primeira vez que eu sentia esse tesão intenso. Segurei sua cabeça aonde eu mais precisava nesse momento. Não tinha mais razão, só as sensações intensas. Um desejo que era agoniante entre minhas pernas… ela deitou sobre mim, então suas mãos começaram a percorrer meu corpo, hora toques suaves, outros mais selvagens. Uma de suas mãos foi seguindo para baixo, até chegar na minha calcinha. PUTA. QUE. PARIU. Eu gemi em antecipação.
"Cate?" Ela parou com tudo o que estava fazendo. Sua voz grossa de desejo. Me olhou como se pedisse permissão. Meu desejo nesse momento, era continuar. Mas eu preciso conversar com ela antes.
"Podemos… dormir?" Minha respiração alterada dificultou minha fala. Indo contra tudo que eu esperava, ela sorriu, beijou minha testa e deitamos como estávamos antes.
"Boa noite bebê. Sonhe comigo!" Ela é tão doce as vezes.
"Boa noite amor!"
*******
Eu passei grande parte da madrugada olhando o sono leve de Sandra. Esperando o sono chegar. Não sei que horas adormeci, mas quando acordei não me sentia completamente descansada. Estranhei o quarto, mas logo imagens da noite anterior vieram a mente. Apalpei a cama em busca de Sandra, mas ela não estava. Eu iria levantar quando ela saiu do banheiro vestindo jeans, camiseta preta do Guns and Roses, secando o cabelo. Linda!
"Ah! Você acordou… bom dia, bebê! Dormiu bem?"
"Hum… dormi sim e você?"
"Muito bem… mas eu não lembro da noite de ontem. Eu fiz muita merda?" Eu travei por um instante, meu coração acelerou e eu estava quase em desespero. Ela não lembra de nada?
"Bebê, eu tô brincando… desculpa?" Rindo ela veio até mim, me dando um selinho. Ela sussurrou no meu ouvido. "Eu lembro de absolutamente de tudo!"
"Você é uma grande imbecil! Quase me mata de susto!"
"Desculpa, tive que te fazer sentir o que eu passei com você…" Ela pegou uma bandeja de café da manhã em cima da mesa onde ficava um notebook, eu não tinha percebido.
"Como assim?" Eu não entendi o que ela disse.
"Bom, dá pra gente começar por aí…"
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I Always Get What I Want
FanfictionSandra e Cate são melhores amigas, desde a faculdade. São sócias de uma famosa empresa de publicidade. Tudo seria perfeito se não fosse Sandra ter um amor secreto por Cate. A relação das duas fica abalada depois de uma viagem para casamento da irmã...