• Capítulo 4 •

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     Estou num edifício abandonado, no último andar, uma silhueta feminina estava em pé, virada para o grande buraco que o tempo fez á parede, a luz nítida da lua iluminava a mesma

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     Estou num edifício abandonado, no último andar, uma silhueta feminina estava em pé, virada para o grande buraco que o tempo fez á parede, a luz nítida da lua iluminava a mesma. Mesmo com a pouca iluminação, consegui ver alguns dos seus traços, cabelo longo castanho, pele clara, sardas, olhos cor de avelã, estatura média, e usava roupas pretas.

      Encostei-me a uma das paredes, ao vê-la começar a mover. Os fones dela faziam com que a música escoasse baixinho pelas paredes do local.
   
     Uma perfeita sincronia, ritmo, elegância, esta rapariga sabia o que estava fazer. Sem me dar conta, senti-me hipnotizado, pelo desconhecido, pelo ambiente mágico que se formou á sua volta, o frio deixou de me fazer efeito. Estava em transe. Poderia ficar horas a observá-la, aliás, quem não ficaria?

     Tudo neste momento era perfeito, mas, a música acaba, a dança termina, e a única coisa que se ouve, são o som da sua respiração ofegante, e dos pequenos grilos que passavam por ali.

    Tira os fones, põe-nos nos bolsos das calças, e vira-se. O mundo parou assim que o seu olhar se fixou no meu. Algo em mim queria saber mais sobre aquela misteriosa rapariga.

- Jack? - diz ela, a sua voz ecoa pelo edifício - Jack - volta a chamar, agora a sua voz parecia mais distante, porém ela aproximava-se de mim, assim pousou as suas mãos em meu rosto, uma de cada lado, deu um leve beijo na minha bochecha e sussurrou - acorda Jack - desaparece.

       Tudo fica escuro, abro os meus olhos lentamente, e lá estou eu, deitado no meu quarto, com Jane em cima de mim.

- JACK - grita - Acorda idiota!

- Jane, saí de cima de mim - resmungo - és demasiado pesada para uma criança de oito anos - sento-me na cama.

- Tu é que és demasiado perguiçoso - cruza os braços.

- Isso não tem nada a haver com o que eu disse Jane - digo vendo-a revirar os olhos, deve ser um hábito de família.

- Não importa, agora vai arrumar-te, o Scoot está lá em baixo á tua espera.

- Ok ok, agora sai do meu quarto - levanto-me da cama e vou em direção á minha casa de banho.

       Tomo um duche rápido, lavo os dentes, nem me preocupo com pentear o cabelo, volto ao quarto e visto uma camisa social preta e umas calças de fato de treino cinzentas.

      Saío do meu quarto, desço as escadas, na cozinha estão os meus pais, ambos a fazer o pequeno-almoço, Jane está sentada na bancada enquanto faz uma trança ( ou pelo menos tenta) no cabelo de Scoot.

       Scoot tinha vestido umas calças jeans e um blusão azul escuro.
      Enquanto a minha irmã mais nova, Jane, vestia um vestido com flores, em tons de rosa e vermelho.

- Bom dia bela adormecida - diz Scoot do alpendre assim que me vê na cozinha.

- Agradeço o elogio, sei que sou lindo - dou de ombros e Scott revira os olhos.

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