• Capítulo 15 •

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- Mais um copo! - diz Scoot

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- Mais um copo! - diz Scoot.

Aqui estamos nós, num bar a encher a cara para comemorar a vitória da nossa escola. O professor Cristopher veio connosco, além disso, ele até insistiu em pagar, porém ele disse que tinha de tratar de alguns assuntos de escola.
Felizmente, Cristine foi embora pouco depois que a batalha acabou, ela ficou o caminho para aqui a se gabar de ter sido a melhor dançarina das duas equipas, e que foi por causa dela que ganharam. Iludida.
Admito, que no caminho, a minha atenção desviou-se completamente para Emily. O que é que ela está a tentar fazer com o meu subconsciente? Eu quase me descontrolei em casa dela, foi por pouco, se não tivessem batido á porta, sério tarde de mais para voltar atrás, e na sala de treino, odeio dizer isto, mas ainda bem que a Cristine chegou naquele momento, porque eu sei que eu teria feito muita merda se ela não tivesse aparecido.

A "olhos de avelã" vai me enlouquecer! Nunca quis tanto uma pessoa....para parceira, claro.

- Eu defenitivamente não vou contigo para casa se estiveres bêbado - diz Victoria e todos nós olhamos para ela, após alguns segundos, ela percebe do duplo sentido de frase - meu deus, seus mentes poluídas! Ele levou-me ao parque, e vai me levar até á minha casa porque eu tenho preguiça de ir a pé!

- Pois - Charlotte pisca o olho e Victoria revira os olhos.

- Pessoal? - pergunta uma voz atrás de nós, viramo-nos e encontramos o rapaz do café, cabelo ruivo encaracolado, olhos verdes e sardas e óculos redondos, ele está vestido com um blusão preto e umas calças jeans da mesma cor com buracos nos joelhos, eu acho que ele se chamava...

- Noah? - diz Emily, ela está sentada ao meu lado, desde o "incidente" da sala de treino, ela evita-me. E porra, ela é simplesmente incrível, quer na dança quer em tudo.

Na batalha eu não consegui desviar o olhar dela, é como se encantar as pessoas fosse o seu talento nato, para além da dança.

- Olá Emily - sorri - vi a vossa batalha e, sinceramente, vocês são incríveis! Arrasaram com elas - olha para Charlotte quando diz isso, ela sorri tímida e quebra o contacto visual que eles criaram.

- Obrigada Noah - Emily sorri e tira o telemóvel do bolso das calças, após alguns segundos ela guarda o mesmo e suspira - bem, tenho de ir, aparentemente a minha mãe pegou fogo á cozinha sem querer - dá de ombros e levanta-se.

- Vais mesmo a pé até casa? - pergunta Victoria, ela assente - a esta hora? - assente - a andar pelas ruas com chuva?

- Nem está a chover tanto - pega na pequena mala que trouxe.

- O Jack pode levar-te - diz Scoot com um sorriso malicioso nos lábios, olho para ele incrédulo, o mesmo olha para mim e pisca.o olho como quem diz "eu sei o que faço - não bebeste nada, além disso, já sabes onde ela vive logo, não vejo problemas - olha para Emily - certo?

- Ah - baixa a cabeça - se não te incomodar - olha para mim.

- Não incomoda - responde Charlotte - acredita.

Suspiro e levanto-me acompanhando Emily, passamos pela porta do bar, já está quase de noite, talvez nós tivéssemos festejado de mais. Bem não importa.

Vamos em direção ao meu carro, entro no lugar de condutor e Emily senta-se ao meu lado, ela passa a viagem a olhar para a janela, nenhum de nós quebra o silêncio.

Quando chegamos até ao prédio onde ela vive, Emily saí do carro e vai em direção á porta, tenta abrir a mesma, mas sem resultado, tenta de novo e continua sem abrir. Uma senhora de idade chega até ela e diz-lhe alguma coisa, ela assente, suspira e volta para o carro fechando a porta em seguida.

- O senhor Benjamim está de folga durante três dias, a substituta dele fecha às portas às 20:00pm em ponto, chegamos vinte minutos atrasados - resmunga - e segundo a senhora Diaz, a vizinha do prédio ao lado, disse que ela não reabre as portas de pois da hora por nada.

- E agora? - pergunto, ela esconde a cara entre as mãos e suspira - não tens lugar para ficar?

- Não, não conheço praticamente ninguém nesta cidade - diz com a voz abafada pelas mãos.

Endireito-me no assento e desvio a minha atenção para a janela quando a ideia de a convidar para ficar lá em casa me passa pela cabeça. Mas é a única opção, certo?

Quer dizer, eu não a vou deixar a dormir num banco do parque. Suspiro e passo a mão pelo cabelo, limpo a garganta e digo:

- Podes ficar lá em casa, no quarto de hóspedes, a minha mãe passa o dia todo no escritório da empresa por isso não irá se importar, e a minha irmã não para de falar em ti - murmuro - quando amanhecer venho trazer-te aqui de novo.

- A sério? - pergunta - não quero incomodar e..

- Não vais incomodar - interrompo-a e ela assente.

- Tudo bem, obrigada Jack, a sério - sorri.

- Deverias avisar a tua mãe - ligo o carro ela assente, liga o telemóvel e manda a mensagem.

Depois de mais ou menos um quarto de hora, chegamos a minha casa, ela tem dois andares, é uma mistura de pedra e madeira escura e tem uma varanda no segundo andar.

(Imagem da mídia)

Saímos do carro e entramos, Elizabeth está na cozinha a preparar o que penso ser o jantar, Jane está no sofá com um vestido azul de alças a assistir televisão.

- Olá senhor Anderson - diz Elizabeth assim que me vê - ah, trouxe uma visita, ideia arrumar o quarto de hóspedes - sorri e desaparece pelas escadas.

- Visita? - pergunta Jane, virando-se para mim - EMILY! - grita, vai a correr em na direção dela e abraça a mesma.

- Olá Jane - sorri - tudo bem? - ela assente e puxa Emily pela sala.

- Vem! Quero te mostrar a casa! Vais adorar o meu quarto e o quarto do Jack - sorri e leva Emily pelas escadas acima.

Acho que até vai correr bem e..espera... "O quarto do Jack", eu sou o Jack. Ótimo, privacidade invadida com sucesso, reviro os olhos, e sento-me no sofá a descansar. Algo me diz que será uma longa noite.

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