Draco Malfoy e a Câmera Secreta

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c l u b e    d e    d u e l o s

Draco não estava nada bem. Além de seu melhor amigo ter sido atingido por um balaço, ter quebrado o braço e por conta de um professor incopetente, ter que crescer dezenas de ossos, apenas porque não conseguiu se concentrar no jogo de quadribol pela ausência do loiro, a linha do tempo não estava deixando ele se livrar do maldito diário. Aparentemente, era essencial que ele ficasse com a maldita coisa, porque toda vez que tentava se livrar daquilo, voltava para o momento em que ainda tinha o caderno na mão.

Tentou jogar no rio, queimar, deixar na Sala Precisa, entregar para Snape, rasgar... O maldito looping da linha do tempo não deixava nada disso acontecer. Então ele teve que deixar a maldita coisa no fundo de sua mala. O problema era que não importava quantas roupas ele deixasse em cima, ainda conseguia sentir a magia obscura do diário dentro de si, o possuindo, apenas esperando pelo momento certo para atacar.

Para piorar tudo, ele estava ficando cada vez mais exausto, e seus amigos estavam notando. Pansy, Blaise, Hermione e Harry o lançavam olhares preocupados toda vez que o viam, e ele também tinha que lidar com um Ron Weasley desconfiado.

O clube de duelos chegou em uma hora maravilhosa, como uma perfeita distração. Estava cansado das pessoas desviando deles nos corredores, andando em grupos e o encarando como se ele fosse usar um basilisco para matá-los a qualquer instante. Blaise e os gêmeos Weasley, porém, estavam achando o máximo. Fred e George não concordavam com o irmão, e levavam toda essa suspeita da escola como uma ótima piada.

Sempre que passavam, os três gritavam "Abram espaço para o herdeiro da sonserina!". Pansy soltava risadinhas, e Draco até mesmo começou a se divertir com os olhares horrorizados. Harry rolava os olhos, mas levemente divertidos, e nunca deixava seu lado.

Todos eles haviam entrado para o clube de duelos. Assim, às oito horas daquela noite, eles voltaram correndo para o Salão Principal. As longas mesas de jantar tinham desaparecido e surgira um palco dourado encostado a uma parede, cuja iluminação era produzida por milhares de velas que flutuavam no alto. O teto voltara a ser um veludo negro, e a maior parte da escola parecia estar reunida sob ele, as varinhas na mão e as caras animadas.

"Quem será que vai ser o professor?" Disse Hermione enquanto se reuniam aos alunos que tagarelavam sem parar. "Alguém me disse que Flitwick foi campeão de duelos quando era moço, talvez seja ele."

"Desde que não seja..." Harry começou, mas terminou com um gemido: Gilderoy Lockhart vinha entrando no palco, resplandecente em suas vestes ameixa-escuras, acompanhado por ninguém mais do que Snape, em sua roupa preta habitual.

Draco deu um sorrisinho. "Ah, isso vai ser divertido. Sev vai acabar com ele." Murmura, recebendo risadinhas de Pansy e Blaise.

Lockhart acenou um braço pedindo silêncio e disse em voz alta: "Aproximem-se, aproximem-se! Todos estão me vendo? Todos estão me ouvindo? Excelente!"

"O Prof. Dumbledore me deu permissão para começar um pequeno Clube de Duelos, para treiná-los, caso um dia precisem se defender, como eu próprio já precisei fazer em inúmeras ocasiões, quem quiser conhecer os detalhes, leia os livros que publiquei.

"Deixem-me apresentar a vocês o meu assistente, Prof. Snape", disse Lockhart, dando um largo sorriso. "Ele me conta que sabe alguma coisa de duelos e desportivamente concordou em me ajudar a fazer uma breve demonstração antes de começarmos. Agora, não quero que nenhum de vocês se preocupe, continuarão a ter o seu professor de Poções mesmo depois de eu o derrotar, não precisam ter medo!"

Draco não pode reprimir uma risada baixa com a cara irritada de seu padrinho. Snape deve ter ouvido, porque o envia um olhar irritado. O loiro apenas sorri mais um pouco. Acaba com ele, Tio Sev.