Capítulo 4 - Parte I

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Estou sentindo algo maravilhoso passar por todo meu corpo e ao ouvir as palavras de permissão para abrir meus olhos ecoar nos meus ouvidos, é o auge da minha explosão de ansiedade, como se eu chegasse ao topo da montanha-russa, pronta para descer

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Estou sentindo algo maravilhoso passar por todo meu corpo e ao ouvir as palavras de permissão para abrir meus olhos ecoar nos meus ouvidos, é o auge da minha explosão de ansiedade, como se eu chegasse ao topo da montanha-russa, pronta para descer.

Sigo as orientações dele e no momento em que abro os olhos um vento forte passa por nós, fazendo com que meu longo cabelo dance no ar e finalmente chega a hora da tão esperada descida na montanha-russa.

- E ai? Conte-me. O que achou? – questiona Joseph animado esperando minha resposta.

Mas não consigo responder, nunca pensei que o simples e banal caminho de terra, levaria a algum lugar tão esplêndido e encantador. Isso que se põe a minha frente, é inacreditável. O caminho no meio do barranco. Uma ponte de madeira. Um farol abandonado. Sim, um farol.

Uma torre de pelo menos 40 metros de comprimento, feito de pequenos tijolos marrons com estreitas janelas antigas, em certos pontos estratégicos e sua cúpula forrada inteiramente de vidro, no momento, um pouco empoeirado pelo tempo, em forma de hexágono, dando para ver, sem dificuldade alguma, o imenso farol posicionado perfeitamente no seu centro.

O farol se localiza no meio de uma pequena ilha de imensas rochas, bem próxima à margem, cujo se liga com uma ponte velha com grossas toras de madeira já desgastadas e dá passagem até o caminho de terra.

Não acredito em tudo que estou vendo, nesse exato minuto, sem sombra de dúvidas, é um dos momentos mais belos que meus olhos já contemplaram. Porém se engana quem pensa que acaba por aqui, pois o sol sendo engolido pelo horizonte lentamente, o mesmo horizonte feito inteiramente de águas calmas que espelham o céu, torna cada centímetro da paisagem ainda mais mágico.

Sua luz alaranjada quase esgotada produz raios fracos dentro da cúpula, que refletem e a torna quase uma estrela.

- Isso. É. Indescritível – consigo berrar depois de um tempo.

- Sabia que você ia ficar apaixonada.

- Nunca pensei que veria algo assim – digo olhando para Joseph, reparando que a luz do pôr do sol que se propagava diante de nós, nos banhando levemente, deixava a pele branca de Joseph num tom mais alaranjado.

- Vamos, quero te mostrar lá dentro – exclama Joseph, segurando minha mão.

- Espere, preciso fazer uma coisa – digo retraindo minha mão.

- O que você precisa fazer? Temos que ser rápidos.

- Preciso desenhar tudo isso, mas calma, só vou fazer um esboço, não posso perder isso – digo olhando para ele - Por favor.

Tiro a mochila das costas, quando o vejo acenar positivamente e às pressas pego o caderno de desenho do meu avô e meu lápis preferido. Começo a rabiscar rapidamente, olho a paisagem e faço rápidos risco marcantes na folha, tentando captar ao máximo a riqueza de detalhes e preservar onde é rigorosamente luminoso e onde é levemente sombreado.

A Linha da PipaOnde histórias criam vida. Descubra agora