Capítulo 3 - Parte II

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Um silêncio suave toma conta do ambiente e até meu pai que é impossível fazê-lo parar de rir, se cala em segundos

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Um silêncio suave toma conta do ambiente e até meu pai que é impossível fazê-lo parar de rir, se cala em segundos. Minha mãe apenas age normal, olha para mim com carinho e sustenta um sorriso sincero, mostrando de certa forma que apoiará minha decisão, independente que qual for ela. 

- Certo maestro, ontem e hoje eu pensei muito no seu convite e lamentavelmente eu tenho que dizer... – sou interrompida pela voz melancólica de Arthur.

- Minha pequenina, eu te entendo seu medo e sei como deve ser difícil superar, mas você precisa tentar – diz levantando do sofá.

- Ei, calma ai, nem falei minha resposta.

- Mas você falou...

- Eu pensei muito no seu convite e lamentavelmente tenho que dizer que o senhor estava certo, uma oportunidade como essa não cruza nossas vidas duas vezes.

- Isso quer dizer que você... – diz muito animado.

- Isso quer dizer que sim, eu aceito viajar para Paris e prometo fazer o melhor solo de piano da minha vida – digo explodindo de felicidade.

- Sério? Meu Deus eu preciso ligar para o Henry Jacques e avisar que o solo está garantido, nem estou acreditando! – Arthur vibra de felicidade, mas logo se acalma quando me olha – Desculpa, minha pequenina, mas eu tomei a liberdade de adiantar as nossas papeladas, tenta me entender, não ia dar tempo se eu demorasse muito, então achei melhor deixar tudo no jeito para garantir que não teremos  problemas e caso você escolhesse não ir era só cancelar tudo.

- Tudo bem, maestro, você fez a coisa certa, como sempre – sorrio correndo para abraçá-lo.

- Você que fez a escolha certa, minha pequenina – diz Arthur.

- Obrigada por não desistir de mim – sussurro tornando nosso abraço ainda mais apertado.

- Nunca vou desistir de você.

Meus pais eufóricos correm até nós como loucos e começam a me beijar e apertar, mesmo ainda estando laçada pelos braços de Arthur. Depois de uma ligeira comemoração, já que não temos muito tempo a nosso favor, subimos para o quarto de música a fim de escolher a canção que tocarei na apresentação. 

- E agora maestro, chegou uma das horas mais difíceis – meu olhar preocupado se volta para as partituras que se encontram em minhas mãos - Qual canção será a escolhida para ser tocada em Paris?

Ele pega as partituras das minhas mãos e coloca na sua maleta, com toda calma do mundo.

- Esqueça essas músicas, eu andei pensando e achei que a melhor escolha para você tocar no dia da apresentação é a sua música, aquela que você me fez chorar ao escutar.

- Mas maestro, eu nem sei se dou conta de tocar de novo... eu apenas deixei fluir.

- Tente – seus dedos fazem sinal para que eu toque.

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