SIX ➣ 1d fanfic

Quando Emma acorda com muita ressaca e pouca paciência.

EMMA POV

Acordei com o barulho dos pássaros lá fora da barraca. O sol penetrava pelo tecido fino e eu agradecia a ele pelo lembrete que essa viagem infernal tinha acabado. Abri meus olhos lentamente, me acostumando com a claridade, e levei um susto, recuando de imediato, quando vi que estava abraçada com o Harry. Por causa do susto que levei, acabei acordando-o também. Ele franziu a testa, me encarando e coçando seus olhos.

"Desculpa, não quis te acordar, não lembrava que você tinha dormido aqui." Eu disse e ele assentiu lentamente enquanto eu sentava. "Ai, que dor", reclamei. Parecia que tinha alguém martelando nas minhas têmporas. A claridade também não ajudava.

Olhei para o lado, e Harry estava em silêncio, massageando sua própria testa, e parecia estar pensando profundamente em algo.

"Ai meu Deus", eu disse, quando uma lembrança da noite anterior voltou para mim. "Ai meu Deus, Harry!"

Ele olhou para mim, seu rosto um misto de receio e... medo?

"O-O que?" Harry perguntou, sentando-se também.

"Eu briguei com a minha mãe, não briguei?! Ai meu Deus... Eu lembro de voar no pescoço dela... Eu bati nela?!" Perguntei, desesperada, e Harry mordeu o seu lábio com nervosismo.

"Você tentou bater nela, mas eu te segurei. E sim, vocês brigaram. Brigaram feio." Ele disse lentamente.

"Ah", eu olhei para baixo. "Obrigada... Por me segurar", falei, e ele assentiu. Ele estava agindo tão estranho. O que tinha acontecido? Devia ser a ressaca.

"Ahn... Essa é a última coisa que você se lembra?" Ele perguntou e eu forcei meu cérebro para lembrar de mais alguma coisa.

"É. Quer dizer, eu pulando no pescoço dela. Depois nada. Acho que eu nunca bebi tanto na minha vida." Eu balancei a cabeça. "Pelo menos eu ganhei cinquenta dólares." Dei um sorriso para o Harry, com esperança de que ele risse da minha piada, mas ele só deu um meio sorriso envergonhado. Meu Deus, o que há com ele hoje?

Ai meu Deus. Será que...

“Harry... Você dormiu aqui”, eu disse lentamente, e ele assentiu, franzindo a testa levemente. “Aconteceu algo... A gente... A gente não fez nada, né? Quer dizer, não aconteceu nada?”

Ele ficou em silêncio por alguns breves segundos, me encarando, mas logo deu um riso. “Não, lógico que não!” Ele disse, como se fosse óbvio. “Eu te trouxe aqui, fiquei até você se acalmar e, quando você se acalmou, pediu para que eu ficasse, então eu fiquei. Estava bêbado demais para ir para a minha barraca, de qualquer jeito.”

“Ah, que alívio”, suspirei. Quando percebi que a minha frase tinha soado mal, logo me corrigi: “Não, isso não foi o que eu quis dizer... É só que... Você sabe, eu tenho o Zayn e—“

“Você não precisa se explicar, Emma.” Ele disse, sério, e eu corei quando ele disse meu nome. Ao perceber isso, ele arqueou uma sobrancelha. “Algo de errado?”

“Não, não... Eu tive um sonho estranho... Não importa”, tentei disfarçar com uma risada.

“Sonhou com o que?” Harry perguntou, mais interessado do que eu imaginava.

Eu sonhei com Harry me tocando – não um abraço amigável, ou um carinho no cabelo, me tocando do jeito que o Zayn me toca. Eu não achava que nenhuma sensação no mundo poderia barrar a do Zayn me tocando, mas a do Harry era melhor ainda. Quer dizer, no meu sonho. No meu sonho, eu pedia para ele me chamar de Emma, nem eu sei porquê. O que estou fazendo? Não era para eu ter sonhos com o Harry... Pelo amor de Deus. É o Harry...