CAPÍTULO 21

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PH e Jessi foram para casa na sexta-feira mesmo, me deixando sozinha no apartamento. Já era costume eu ficar alguns sábados aqui, por causa dos jogos, mas eles ainda não sabiam o motivo. Dessa vez, eu ficaria por causa de um encontro. Com o Bruno. O BRUNO. Quem diria...

Eu já estava me arrumando quando percebi que não havia passado meu endereço para ele e nem tinha o seu número. Já eram quase 20:30h, então estava quase na hora. Esperaria um pouco mais, para não parecer desesperada ou que estava pensando naquilo. Mas a verdade é que esses pensamentos não saíram da minha cabeça desde quarta-feira, o dia que ele me convidou.

Bruno era muito bonito, mas não pensava que um dia poderíamos sair assim, já que ele só implicou comigo desde o primeiro momento que nos vimos. Eu ficava nervosa ao seu lado, sem saber o que falar ou como agir. Continuei me arrumando enquanto pensava em tudo que havia acontecido nesse meio tempo e me assustei com o meu celular tocando. Era um número desconhecido. Eu recusei a primeira chamada e o número me ligou de novo.

- Alô? - Disse rapidamente.

- Oi, Letícia - Eu ouvi a voz do Bruno - Já estou na rua... Desce aí!

- Tá, já vou descer. - Disse rapidamente.

Ele desligou a chamada e eu desci rapidamente. Quando saí pelo portão, vi o mesmo apoiado em um carro com os braços cruzados. Ele estava todo de preto e ainda mais lindo do que eu costumava ver. Ah, que perdição seria essa noite. Eu estava também toda de preto, com uma calça colada e um cropped de renda.

- Vamos sair combinando agora? - Ele disse rindo ao me aproximar.

Bruno envolveu os braços na minha cintura, me puxando para um abraço. Senti seus lábios na minha bochecha e logo nos afastamos, entrando em seu carro. Ele dirigiu normalmente até chegarmos a uma rua cheia de bares e restaurantes. Descemos e ele se aproximou, envolvendo a mão na minha cintura e me guiando até um deles. Entramos e fomos direcionado para uma mesa. O local era bem bonito e não estava muito cheio. O garçom veio e fizemos os pedidos.

- Como conseguiu meu número e meu endereço? - Eu falei e o Bruno riu.

- Tenho meus métodos, gatinha. - Ele disse cinicamente.

- Devo me preocupar? - Disse o fitando.

- Se eu quisesse fazer algo ruim, não teria te levado prum barzinho... - Bruno disse apoiando os cotovelos na mesa e se inclinando em minha direção. Eu fiz o mesmo movimento.

- E teria me levado pra onde? - Eu falei e abri um sorriso, o que fez ele suspirar.

- Te mostro quando terminar de comer... - Ele riu e desviou o olhar para a TV que tinha ali.

- A gente tá falando num duplo sentido, né? - Disse rapidamente e ele soltou uma risada alta, se inclinando novamente na cadeira, agora me encarando.

- Se estava com medo de eu ser um psicopata, por que aceitou sair comigo? - Ele falou tentando controlar a risada - Sim, Letícia, é duplo sentido. Não vou te matar, no máximo se for de prazer. Eu não gosto de sangue, não sirvo para essas parada não. Tá mais tranquila? - Bruno disse e soltou uma risada alta, voltando sua atenção para a TV novamente - Psicopata... Eu! Você realmente é hilária.

Eu acabei rindo com ele. Fazia sentido seu argumento, mas não iria dar o braço a torcer. O garçom trouxe o nosso pedido, me impedindo de rebater. Ele havia dito mesmo que me mataria de prazer? Aquilo ecoava na minha cabeça. Por que mesmo eu resolvi levar a conversa para esse sentido? Era uma das poucas vezes que eu estava com frio na barriga por causa de sexo. Definitivamente tudo isso não iria prestar! O que eu faria? Sim, estava mais nervosa do que gostaria.

A vingança é plena ▪ Cameron DallasOnde histórias criam vida. Descubra agora