CAPÍTULO 8

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Depois de muito tempo os três voltaram. Samuel estava bem e veio em minha direção normalmente. Joca foi até Jessi que o abraçou. Notei o dorso da mão do PH vermelho e parecia sangrar, indicando que havia dado um soco.

– Você se machucou? – Perguntei para o Samuca.

– Por que eu me machucaria? – Ele disse rindo.

Eu neguei com a cabeça e ele me envolveu em um abraço, colando novamente nossos lábios. Dessa vez não fomos interrompidos e nos beijamos. Samuca invadia minha boca com a língua, mostrando uma necessidade daquele beijo. Ele foi desacelerando o ritmo à medida que o beijo corria, o que foi deixando mais gostoso. Minhas mãos apertavam a lateral do seu corpo enquanto ele me pressionava contra seu peitoral.

Nos afastamos quando faltou ar e ele me olhou sorrindo. Que sorriso! Eu sorri em resposta e ele me virou para observar os fogos que soltavam. Eles iluminavam mais ainda o céu. Samuel manteve as mãos no meu corpo, me prendendo contra ele. Uma brisa leve batia que deixava a noite mais fresca.

(...)

– Acho que você deveria ir lá pra casa... – Samuca sussurrou em meu ouvido quando estávamos andando de volta para casa.

– Eu acho que a gente deveria dormir... – Eu disse baixinho enquanto ria.

– Aaaaaah, Letícia! – Ele disse descendo a mão pelo meu quadril – Isso é maldade...

– E eu nem fiz nada... – Eu disse o encarando – Ainda.

– Caralho! – Ele disse revirando os olhos. – Quando você quiser fazer, meu corpo é seu.

– Bom saber!

Ele apertou meu quadril com força quando eu terminei de falar e continuamos andando em silêncio. Logo chegamos em casa. Jessi iria dormir comigo, já que a Melissa dormiria lá. Eu iria colar a minha cortina, de forma a garantir não ver os dois de jeito nenhum.

Joca e Samuca se despediram de nós e fomos até sua casa pegar as roupas. PH me encarou enquanto estava na sala, talvez pensando se deveria falar algo ou não. Melissa logo saiu do banheiro e se juntou a nós. Ficamos os três em silêncio, o que não foi nada agradável.

– Vamos, Leti! – Jessi disse descendo as escadas com uma muda de roupa na mão.

– Vocês sabem que não precisam ir, né? – PH disse nos encarando.

– Eu não quero dormir em ninho de cobra não! – Jessi disse brava. – Já te disse que quando ela ficar aqui, eu saio. Agora é melhor ainda, que fico na casa da minha melhor amiga.

Eu concordei com a cabeça e ela veio na minha direção, o que me fez levantar e começar a andar com ela.

– Jéssica, tá tarde! – Ele disse bravo. – Para com isso.

– É só atravessar a rua, PH – Ela disse revirando os olhos.

– Mesmo assim... – Ele dizia tentando achar as palavras.

– Algum problema ela dormir comigo? – Eu disse o encarando.

Ele paralisou enquanto escutava as minhas palavras, apenas negando com a cabeça. Não sei se ele estava achando que eu falaria algo, mas não. Até porque eu estava mais errada do que ele, já que eu queria apenas vingança. Jessi me puxou pelo braço e continuamos indo para a minha casa, que foi só atravessar a rua.

Estávamos sozinhas em casa. Meus pais saíram no meio da tarde para um casamento de um colega de serviço e só voltariam em dois dias. Jessi sabia e esse era o outro motivo dela dormir aqui.

A vingança é plena ▪ Cameron DallasOnde histórias criam vida. Descubra agora