Alastor - o covarde.

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Conversamos por algum tempo até que expliquei para minha mãe e irmãos sobre a situação, meus irmãos ficaram mais tranquilos e todos conversamos, até que Selene me chamou lá fora, para conversarmos em particular.

Caminhei junto a ela, e então ela sussurrou.

— Vocês tem que sair daqui, essa cidade não é mais segura. Podemos esperar o sol nascer, e tiramos vocês daqui.

Disse ela nervosa, olhando para os lados.

— Eu bem que queria, mas, pra onde vou? Meu pai nos deixou quando eu era um bebê, não temos pra onde ir.

Respirei fundo.

— Não vamos pensar nisso agora, só vamos tirar vocês daqui e depois pensamos nisso.

Apenas concordei com a cabeça e caminhei para dentro novamente, minha mãe estava nervosa enquanto arrumava as malas. O carro que eles haviam vindo, estava guardado na casa em que eles haviam ficado ontem, não era longe, mas Logan decidiu ir sozinho.

Assim que terminamos de arrumar nossas coisas, Julian me encarou e questionou.

— O que está acontecendo mano?

Ele estava com o semblante apavorado, e vê-lo assim, me machucava muito. O abracei forte e disse que logo eles saberiam de tudo, pedi apenas que confiassem em mim.

Ao dizer isto, ouvi um grito alto, e rapidamente assimilei a Logan, caminhei até a porta e encarei Selene.

— Se eu não voltar, tire eles daqui.

Os encarei e soltei um sorriso, minha mãe gritava para que eu não fosse, mas infelizmente, não a ouvi.

Caminhei pela areia que havia nas pequenas ruas até que vi Logan caído no chão, com os olhos abertos e sangue escorrendo dos mesmos. Me ajoelhei ao seu lado e coloquei a mão em seus olhos, fechando os meus.

— Phesmatus Tribum, Nas Exas Virás, Revivor Lerato.

Sussurrei em seu ouvido e rapidamente ele se levantou, limpando o sangue do rosto, me encarando.

— Quem fez isso com você?

O encarei, limpando o que havia restado de sangue.

— É um demônio, só sei disso, ele tem a aparência estranha e anda com duas facas nas mãos.

Balancei a cabeça positivamente e ouvi o barulho de caixas caírem, logo em seguida os sinos soaram inúmeras vezes, e a nuvem de poeira veio a tona.

— FINITE.

Estendi as mãos para a nuvem de poeira e a mesma sumiu, logo, vi o que ele havia me dito, caminhando até nós.

— O que quer com a gente?

Disse alto, segurando o rapaz atrás de mim.

— Com vocês? Quem são vocês? Eu só preciso limpar esse lugar, e pra isso acontecer, vocês tem que morrer.

— Ora Ora, achei que tinha matado você. Vejo que me enganei.

Disse ele rindo enquanto olhava para Logan, realmente se tratava de uma criatura medonha.

— Vai embora, deixa essa cidade em paz. Onde estão todos que você levou?

Disse alto, já furioso.

— Provavelmente no inferno, já que eu os matei assim que cheguei ao coração da floresta. É assim que você e sua família vão acabar, não tem outra saída.

Disse ele rindo enquanto girava as facas na mão.

— Você não é um demônio poderoso, sinto sua energia, você só está cumprindo ordens. Mas, afinal, quem te mandou aqui?

Me aproximei dele.

— Tente entrar na minha cabeça feiticeiro, e será queimado vivo.

Disse ele rindo.

— Você quer a cidade? Fica com ela, não tem nada de interessante nela mesmo. Mas a mim, meus amigos e a minha família, você nunca vai ter.

Começamos a caminhar em direção a minha casa, quando senti sua faca se aproximar das minhas costas. Respirei fundo e bati palma, mandando o mesmo para longe.

— Achei que demônios tinham honra, nunca ataque seu oponente pelas costas.

Soltei uma risada e caminhei até ele, fechei minhas duas mãos juntas e assoprei no meio das mesmas, fazendo um ruído muito alto, e forte.

O mesmo começou a se contorcer, então me abaixei segurando em seu pescoço.

— Você nem devia ser denominado um demônio, Alastor. Você é só um empregado, obedece as ordens diretas do inferno, por isso não tem tanto poder, mas deixa eu te contar uma coisa. Nunca mais, ameace minha família.

Coloquei a mão no chão, e rapidamente um pentagrama feito de pólvora apareceu, juntamente a velas. Coloquei meu dedo sobre minha veia e deixei pingar sangue no meio do desenho, próximo ao demônio.

— Está cometendo um erro Lucius, ouça minhas palavras.

Disse ele, gritando.

— A vida é essa né? É errando que se aprende. INFERNUS TOTALLUM.

Coloquei as duas mãos no chão com força, e o mesmo começou a pegar fogo, logo, desapareceu em cinzas. Apaguei as velas e rompi o pentagrama, caminhando juntamente a Logan, para minha casa.

— Como fez tudo aquilo, e como sabia o nome dele?

Disse ele se apoiando em mim.

— Não sei, na hora simplesmente toma conta de mim. E sobre o nome, quando eu era criança, gostava de ler sobre anjos e demônios, então decorei o nome de todos eles. Saber o nome da coisa te dá poder sobre ela.

O ajudei a caminhar até minha casa, todos ficaram boquiabertos ao ver que havíamos voltado.

— Precisamos sair daqui. Essa cidade vai se transformar num caos total.

Disse colocando Logan na cama.

— Vou pegar o jipe.

Selene caminhou rapidamente até a garagem em que o jipe estava, e dirigiu até a porta da minha casa. Entramos todos no mesmo e saímos da cidade, ao sairmos, pedi que ela parasse o jipe e desci do mesmo.

— Lucius, o que está fazendo, entre no carro.

Disse minha mãe, brava.

— Selene, você tem certeza que não existe mais ninguém, além de nós na cidade?

A encarei

— Certeza absoluta.

Assim que ela confirmou, dobrei um dos joelhos no chão e coloquei a mão no mesmo, recitando baixinho.

Me levantei, apontei minhas mãos para a cidade e disse alto.

— DESTRUCTOR.

Todas as casas de Lovina Midnight vieram ao chão, o solo da mesma, se tornou areia movediça e começou a afundar, se tornando apenas uma enorme cratera no meio do nada.

⚜ 𝙰𝚕𝚎𝚖 𝚍𝚊𝚜 𝚖𝚘𝚗𝚝𝚊𝚗𝚑𝚊𝚜 ⚜Onde histórias criam vida. Descubra agora