Boas vindas ao instituto!

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Após ter afundado aquela cidade, Selene nos levou até um acampamento, onde haviam outras pessoas, no qual, ela alegou serem diferentes, assim como eu.

Ficamos lá cerca de três dias, até que ela finalmente revelou o nome do lugar que queria me levar.  “ Mansão Fox ”

Achei um pouco engraçado quando ela disse aquilo, afinal, ela queria me levar para uma mansão?

• Mas logo ela me explicou o significado de "Fox" no qual, se tratava das irmãs Fox, que foram as primeiras a descobrir a mediunidade e a magia no mundo, eram elas: Kate, Meggie e Leah.

Minha mãe demorou um pouco até fazer meus irmãos entenderem tudo o que havia acontecido, mas logo, tudo se ajeitou. Minha mãe conseguiu ligar para sua irmã e pediu para ficar alguns dias, ela sem cessar, apoiou a ideia.

A partir dali, eu seguiria meu caminho sem eles e isso, me partia ao meio. Mas, eu precisava ir atrás de evolução espiritual e física, precisava aprender a controlar meus dons e aprimorá-los.

Prometi que os visitaria assim que possível, e eles seguiram viagem.

Iríamos dormir a última noite no acampamento, e seguir para a mansão.

Estávamos nós três, na mesma barraca, sentados, conversando.

— Tava pensando aqui, quem será que ligou para pedir ajuda, você lembra o nome?
•• Perguntei a Selene.
— Não, ele não disse, estava apavorado e não falava, sussurrava apenas.
•• Disse ela passando a mão na testa, lembrando da situação.
— Entendi, afinal, o que vocês são?
•• Os encarei.
— Eu sou uma besta, é tipo um lobisomem, mas bem maior. Eu não controlo muito bem, por isso Selene foi comigo, ela sabia como impedir que eu matasse todos.
•• Disse ele rindo.
— Justo...
•• Soltei uma risada alta.
— Eu sou uma guerreira, porém, consigo colocar magia em armas. Como se fossem veneno, por exemplo, se aquela flecha tivesse te acertado, você estaria morto agora, mas... Eu não tenho poderes tipo, magia para feitiços, só isso mesmo. Me considero apenas uma guerreira.
•• Disse ela sorrindo.

Apenas concordei com a cabeça e olhei para baixo, respirei fundo e questionei.

— E eu, o que sou?

Meus olhos correram até os de Selene, logo em seguida, os de Logan. Eles balançaram a cabeça negativamente e logo, abaixaram a mesma.

— Não sabemos, você é diferente de tudo que já vimos, mas, você vai descobrir ao longo do tempo.

•• Disse Logan, sorrindo.

— Como é na mansão?

•• Os encarei sorrindo.

— Não pense que realmente é uma mansão, é apenas um casarão velho. Mas, tem sala de treinamento, refeitório, salas específicas para pessoas com poderes específicos.

•• Disse Selene, rindo.

— Tem aulas de defesa pessoal, para os telepatas há aulas de telecinese e etc, quando você chegar lá, irá ver.

•• Disse Logan, sorrindo.

Apenas concordei e me deitei, desejando boa noite a todos, e adormecendo.

[ No outro dia, cedo. ]

Acordei com Selene me chacoalhando, levantei rapidamente assustado sem entender nada.

— O que foi?

•• A encarei limpando meu rosto.

— Acho que sua mãe esqueceu de alguém...

•• Disse ela segurando meu irmão pelo colarinho.

— Antony? O que está fazendo aqui? Por que não foi com a mamãe?

•• O encarei boquiaberto.

— Por que eu não sou mais criança Lucius, sei o que você é, e sei o que sou.

•• Disse ele fechando os olhos, estendeu as mãos pelo chão da barraca e logo, o céu se fechou, raios e trovões tomaram conta daquele lugar, voltando tudo ao normal.

— Ok.

•• Disse boquiaberto.

— Ele pode ir?

•• Disse Logan, também boquiaberto.

— Claro, mas... Tá, depois vemos isso, precisamos acelerar.

Nos levantamos, arrumei minha mochila ainda boquiaberto e nos encontramos com os demais, próximo as barracas.

Selene explicou o que faríamos para chegar na mansão, apenas balancei a cabeça positivamente e fizemos o que a mais sábia ordenou.

Logo, chegaram cerca de 4 carros, nós entramos e eles aceleraram até o "Instituto". Fiquei confuso quando Selene disse mansão, mas acho que ela se referiu ao tamanho.

|O Instituto tinha sua localização como base: Edwin Hollow, na Califórnia, também no Condado de Mono. |

Ao chegarmos na porta do mesmo, Selene nos passou pelos guardas, afirmando que era responsável por mim e meu irmão, e eles nos liberaram.

Ao adentrar, fiquei abismado com tamanha qualidade de vida. Não havia muita tecnologia, mas era tudo muito aconchegante. Havia inúmeras outras pessoas ali, no qual, me olharam de cima a baixo.

Fiquei com um pouco de vergonha, mas logo segui Selene. Ela nos vou até a sala do "Diretor" (como ela o chamava).

Assim que o mesmo abriu a porta, nós entramos e ela saiu, fechando a porta.

— Sejam bem-vindos meninos. Vocês são o restante da população de Lovina Midnight?

•• Questionou o mais velho.

— Não, temos outros dois irmãos e nossa mãe, ela foi pra casa de uma tia, passar uns dias.

•• Respondeu Antony.

— Entendo. Fiquem a vontade, vou passar o cronograma de aulas a vocês, caso tenham interesse, assinem a ficha e me entreguem. Meninos, nós não estamos na escola, isso aqui é real, estamos lutando para sobreviver, então não ajam como se tivéssemos a chance de apagar os erros, por que não temos.

•• Disse ele entregando envelopes para nós dois, apenas balançamos a cabeça positivamente e saímos de lá.

Logan estava nos esperando na porta, ele sorriu ao me ver novamente e eu fiquei um pouco sem graça.

— Vou levar vocês até o quarto.

Caminhamos até o fim do corredor, o quarto de Antony era de frente para o meu. Ele disse que queria ficar um pouco sozinho e entrou.

Agradeci Logan e me virei de costas, ele segurou em meu braço sorrindo.

— Eu pensei em te explicar como as coisas funcionam, os horários das refeições, as aulas, o tempo livre, as regras. O que acha?

•• Disse ele sorrindo.

— Acho útil, você vai me explicando enquanto eu arrumo as coisas no roupeiro.

Abri a porta do quarto, ele entrou e fechou a mesma, logo, se sentou na cama. Olhei ao redor com o queixo caído, como havia dito, não tinha luxo, mas era tudo muito bonito e confortável, senti um frio no estômago, ansioso para esse novo capítulo da minha vida.

Me sentei no chão, colocando as mochilas no mesmo. Comecei a guardar as coisas enquanto Logan explicava.

[ Horas se passaram, eu havia terminado de arrumar e ele havia me explicado tudo. Soltei um sorriso de canto, ele se levantou e caminhou até mim, arrumando um fio de cabelo meu, que estava caído sobre minha testa. ]

Fiquei roxo de vergonha, ele colocou a mão apoiando na parede e acariciou meu rosto.

— Seja bem-vindo.

Me deu um beijo na bochecha e saiu do quarto, fechando a porta. Fiquei parado no mesmo lugar, sem entender o que havia rolado, afinal, eu o conhecia a menos de uma semana.

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