Just a Dream (Romance Gay)

Aquela Conversa

Notas Iniciais:

Oi pessoal, tudo bem? Desculpem pela demora, como disse o capítulo anterior foi adiantado para que eu pudesse trazer para vocês novidades sobre meu livro, porém agora voltamos com mais um novo capítulo de Just a Dream. Espero mesmo que gostem, admito que me diverti bastante escrevendo :3Boa leitura! <3

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Mesmo depois de retornar, me mantive quieto. Não estava muito a fim de falar e, pelo visto, ninguém se importava com isso. Todos continuaram conversando normalmente durante o jantar, algo que Estelar e Asa Noturna insistiram que fizéssemos todos juntos, talvez pela fome ou porque queriam ser educados com os visitantes.

Claro que não iria recusar a refeição com eles, pois seria algo muito suspeito de se fazer e eu não queria levantar perguntas que não estava a fim de responder sem me expor demais. Então comi pizza na companhia dos Titans, esse alimento era uma de minhas fraquezas.

Ninguém pareceu se importar com meu estranho silêncio à mesa, pois mesmo sentados juntos o grupo se dividia em pequenos grupos menores. Kory e Dick tinham uma química invejável, já Kid Flash se mantinha em uma conversa mais com Ravena e Terra enquanto Donna se mantinha entretida com Damian. Apesar das panelinhas mais ou menos evidentes, frases e comentários eram trocados no grupo como um todo.

Mutano era o que mais conversava com geral, mas eu podia notar seus olhares estranhos sobre mim e era difícil ignorá-los quando o garoto estava sentado bem ao meu lado, vez ou outra me cutucando para arrancar alguma reação. Talvez pensasse que eu estava vegetando ou coisa assim, o que não estava muito longe da verdade. Lhe lancei vários sorrisos discretos, rezando para que não viessem perguntas inconvenientes, o que de certa forma deu certo.

Fiquei observando a todos, em particular a interação de um certo garoto com Moça-Maravilha. Eu deveria era agradecê-la por salvar Damian e, em vez disso, aqui estava eu, transpirando inveja pela leveza com que interagia tão casualmente com Damian. Não negava, queria ser eu no lugar dela, falando coisas idiotas e sem sentido em uma conversa tão normal e descontraída. Mas não tinha o direito de interferir, se ele quisesse conversar comigo, eu estaria aqui e, por falar em conversa...

Eu apenas não conseguia parar de pensar no nosso momento mais cedo quando tentei conversar com ele. Não podia parar de pensar na conversa que quase tivemos e que eu queria desesperadamente ter com ele, tinha perguntas e não queria saber a resposta de qualquer um, queria as respostas de Damian Wayne. Só precisava achar um momento em que estivéssemos sozinhos e dar um jeito de puxar o assunto de modo discreto e nada suspeito.

Por isso mesmo esperei até o fim da noite, quando todos os Titans já mortos de cansados se recolheram para seus quartos. Ou quase todos.

Ravena, Dick e Kory decidiram permanecer mais um tempo acordados usando o computador dos Titans e pensar juntos no que fazer a seguir. Por um momento, tive medo de que Damian fosse insistir para trabalhar junto e fazer o que quisesse, porém, para minha surpresa, ele apenas se recolheu como os outros.

Claro que não correria atrás dele como uma garota adolescente apaixonada de treze anos de desenho animado. Em vez disso, achei melhor esperar um tempo e não sobrecarregá-lo. Seria bom dar a ele um pouco de descanso, em partes porque eu também queria. Aproveitei esse tempo extra para tomar um segundo banho, mesmo que já houvesse me lavado antes do jantar, e acessar a internet.

Como esperado, haviam dezenas de mensagens e perguntas de meus amigos, preocupados com meu repentino sumiço e falta de respostas. Dei uma das desculpas mais clichês de todas: um tio doente. Por razões óbvias eu não podia dizer que fui mandado a outra cidade por magia para ir atrás de um assassino profissional e um doido imortal, em vez disso apenas mandei mensagem para minha mãe para atualizá-la de minha situação e a desculpa recém-inventada. Conhecendo a Liga, ela já devia ter sido informada, talvez até mesmo por Zatanna.