Karolin Trif

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Horário Livre -a voz do alto falante diz.

Lauren e Jasmine caminham para fora da cela:

-Katha você não vem? -Jasmine diz

-Podem ir na frente.

-Não sei o que você tanto fala com essa traidora. -Jasmine fala com um tom agressivo.

-Vamos -Lauren diz para Jasmine.

Elas finalmente saem.

-Onde eu consigo esse remédio? -eu pergunto

-Você pode conseguir com uma pessoa de confiança, lá fora. -ela diz

-E se eu não tiver?

-Então não há outro jeito -ela olha para baixo.

-Katha o que você não quer me falar?

-Tem um jeito, mas é muito arriscado e eu não vou deixar você se arriscar por minha causa.

-Fala logo.

-Não Mariah. Vamos temos que sair.

-Katha...

Ela sai da cela.

O horário livre foi ''tranquilo'' tem uma pequena quadra de basquete no pátio e arquibancadas onde nós podemos comer e conversar. Tive que passar esse tempo sozinha, por causa da infantilidade descontrolada da Jasmine, mas não foi tão ruim assim. O horário livre acaba, e nós voltamos para as celas.

-Boa noite, meninas -Katha fala

Amanhece e percebo que Katha não está. Lauren e Jasmine estão sentadas nas camas:

-O que aconteceu, cadê a Katha? -eu pergunto preocupada.

-Você se importa? -Jasmine usa um tom frágil e desafiador.

-Ela apagou de novo, mas dessa vez ela teve uma convulsão -Lauren me responde.

-Droga.

-E agora você vai ter visita intima de novo? -Jasmine fala

-Porra, cala a boca -eu digo

-Já chega, Jasmine! -Lauren fala

-Eu preciso fazer uma pergunta para vocês.

-Vá em frente -Lauren diz

Jasmine fica em silêncio.

-Fiquei sabendo que tem uma mulher aqui, que consegue algumas coisas, quem é ela?

Jasmine e Lauren se encaram por alguns minutos.

-Por que você quer saber? -Jasmine fala

-Preciso de uma coisa.

-Que coisa? -Lauren diz

-Tem como não fazer perguntas?

-Certeza, que é uma pílula do dia seguinte. -Jasmine usa um tom irônico.

-Ok Jasmine é isso mesmo, agora pode me dizer quem e ela?

-Melhor você pedir isso para outra pessoa Mariah -Lauren diz.

-Karolin Trif, ela pode conseguir para você.

-Não! Jasmine.

-Onde ela fica? -eu pergunto

-Bloco C, cela 8. É fácil encontrar ela.

A conversa acaba, o tempo passa e chega novamente o horário livre. Subo as escadas, e encontro:

-Bloco C, cela 8.

Varias mulheres estão sentadas. Mas todas prestam atenção exclusivamente em uma.

-Karolin?

As detentas se aproximam de mim para me intimidar, mas não conseguem.

-Saiam -a voz dela é autoritária.

Todas se retiram.

-O que você quer?

-Eu preciso de uma coisa.

-Vem comigo.

Ela me leva para a cela e fecha a porta.

-Mariah, certo?

-Como você sabe meu nome?

-Assim como você sabe o meu. Então, eu sei que você é nova aqui então vou te avisar...

-Preciso disso - entrego o nome do remédio.

Ela lê

-Você tem certeza?

-Você tem ou não?

-Relaxa, posso conseguir para você -ela ri da minha atitude. -Vai sair por 700 reais.

-Tanto faz.

-Espero que tenha esse dinheiro.

Me levanto para sair.

-Ei Mariah, é para quem?

-Consiga o quanto antes. -falo ignorando a pergunta dela

Eu volto para a cela. E subo no beliche sem falar nada.

-Iai princesinha promiscua, conseguiu o que queria? -Jasmine pergunta.

-Conseguiu o que Mariah?

Eu não percebi que a Katha havia voltado da enfermaria.

-Nada demais. -eu falo

-Ah, você não sabe. Ela está precisando de uma pílula, então ela foi falar com a Karolin, não é princesa?

-Mariah isso e verdade? -Katha pergunta incrédula.

Eu não respondo, apenas viro para o outro lado da cama.

Amanhece e todas estão reunidas no refeitório. E um dia como todos os outros com uma diferença, todas estão olhando para mim como se eu fosse uma presa.

-Mariah o que você fez? porquê elas estão te olhando assim? -Lauren me pergunta.

-Eu não sei.

Uma mulher caminha até a nossa mesa.

-Mariah?

Jasmine levanta bruscamente com os punhos cerrados.

-Controla sua amiguinha Mariah -a mulher diz

-Relaxa Jasmine -toco no braço dela.

Jasmine se esquiva do meu toque, mas acaba sentando novamente.

-Meu recado é rápido. A Karolin quer falar com você na cela dela depois do almoço. Sem companhia -ela olha para as garotas e vai embora.

Katha olha friamente para mim e diz:

-Garotas saiam, preciso falar com a Mariah.

Elas saem sem hesitar.

-Mariah o que você fez?

-Eu vou conseguir o seu remédio -tento disfarçar o medo na minha voz.

-Querida, você não sabe como é a Karolin.

-Não é a melhor hora para eu saber, né?

-Mariah, por favor tome muito cuidado com ela. – ela usa um tom preocupado

O alarme toca. Agora é a hora.


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Vinte De Maio (CONCLUÍDA)Onde histórias criam vida. Descubra agora