Capítulo 7

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Esse capítulo está eletrizado de emoções!!! 😉

A farmácia que Peter indicou não era tão grande como eu imaginei que fosse.

A frente era toda em vidro, mesmo de fora era possível ver tudo lá dentro. Colado nas vidraças, havia alguns poucos cartazes promocionais e outros de alerta para doenças. Acima, um letreiro: Farmácia 24h em vermelho luminoso. Estacionei a moto numa das poucas vagas do estacionamento e empurrei a porta.

Entrando na farmácia procurei por um leitor que pudesse descodificar o código QR da receita. Encontrei um perto dos caixas. Encostei o celular no leitor e logo os nomes dos medicamentos com o número do corredor onde se encontravam apareceram na pequena tela. O estabelecimento não tinha muita gente, na verdade estava quase vazio.

Os corredores eram mal organizados. Abarrotados de todo tipo de remédio até o topo e algumas prateleiras pareciam estar prestes a cair. Era perigoso e mal estruturado.

Não deixei o lugar porque os preços eram baixos, mas estava com um pouco de receio. Caminhei até o corredor 4 onde o meu celular dizia estar o primeiro remédio. Tinha muita coisa num lugar só, era difícil encontrar.

Depois de algum tempo procurando, finalmente encontrei o primeiro analgésico, eu parecia ter demorado uns dez minutos. Se com os outros fosse assim, eu sairia de lá meia-noite.

No corredor seguinte, eu não estava mais sozinha. Tinha um rapaz encapuzado procurando alguma coisa nas prateleiras. Aparentava estar tendo dificuldades. Seus dedos deslizavam pelos produtos, um por um. Ele não encontrava o que procurava.

Da mesma forma que ele, comecei a procurar o antitérmico. Era uma verdadeira poluição visual. Eu não encontrava nada. Comecei a fazer como o garoto do meu lado, deslizando o dedo sobre os remédios para conseguir ler melhor. Se eu soubesse que seria tão difícil, eu teria ido em outro lugar.

— Você parece estar tendo problemas... — o rapaz ao meu lado disse e eu estremeci numa expressão de susto. Ainda não podia ver o seu rosto perfeitamente por causa do capuz.

— Como podem deixar o lugar desse jeito? — quis saber. — Eu não encontro nada. No mínimo, eles deveriam organizar os remédios por categorias.

— Eu concordo! — ele afirmou. — As pessoas ainda insistem em vir aqui por causa dos preços que são baixos.

— Eu estou aqui apenas por indicação — confessei. — E realmente os preços são em conta. Mas já está me dando dor de cabeça. — Levei a mão às têmporas.

— Deve ser proposital — ele afirmou. — Você entra são e sai doente. Daí, acaba levando mais remédios. — Riu.

— Estou começando a achar que sim. — falei e sorri.

— O que você procura? — o rapaz perguntou. — Posso te ajudar a encontrar.

— Esse antitérmico aqui! — mostrei a ele a tela do meu celular.

— Ah! Eu acabei de pegar esse! — ergueu um dos braços acima de mim e pegou o remédio. — Aqui está! — me entregou.

Quando sua mão tocou a minha, foi como se eu tivesse levado um leve choque. Balancei a mão freneticamente para dispersar a onda elétrica e deixei o remédio cair. Ele parecia não ter percebido o meu repentino transtorno.

— Você está bem? — perguntou e educadamente se abaixou para pegar o medicamento.

— Sim — respondi, com estranheza.

O rapaz continuou a agir com naturalidade. Talvez tivesse sido apenas uma impressão de eletricidade.

— Quer ajuda para encontrar os próximos? — ele perguntou.

Garota X: O Gene da CuraOnde histórias criam vida. Descubra agora