Capítulo 6

6 1 0
                                    

Vêronica narr:

Quando a senhora Argent falou que eu era namorada do Alec eu fiquei chocada. Notei que fiquei olhando para a porta mesmo ela já tendo ido embora, senti minhas bochechas corarem, olhei para o Alec e ele também tinha corado.

Fiquei pensando um pouco no assunto, mais é impossível eu e Alec ficarmos juntos, nem em 100 anos! Não é?! Pelo menos acho que é impossível.
  
 Então me dirigi para as minhas coisas que estavam em cima da cama azul clara dele. Apos uns minutos ele pigarreia.

   -- Tá com fome? -Me perguntou tentando quebrar o clima estranho que estava

   -- Pela primeira vez você teve uma boa ideia. -Falei me dirigindo a porta

Escutei ele rindo, ao mesmo tempo que respirava aliviado.

   Fomos descendo as escada brancas com ondinhas no seu corrimão. Chegando ao andar de baixo fomos para a cozinha, ele pediu para que sua empregada fizesse uma batida e torradas para nós, ela fez tudo com um sorriso amável no rosto.

Perguntei se ela precisava de ajuda, mas Alec me chamou para a mesa e ela não queria, disse que era seu trabalho. Não sou acostumada com isso. Sempre ajudei minha mãe na cozinha.

   Depois que comemos e íamos nos dirigindo para seu quarto novamente, vi uma sala do tamanho de uma sala de aula, era realmente grande. Nela tinha todos os tipos de instrumentos, entrei na sala e ele veio rápido em minha direção.

   -- Que tá fazendo? -Perguntou assim que viu que eu estava passeando pela sala

   -- É bem legal aqui... -Falei olhando ao redor. Avistei no canto da sala um violino, ao lado esquerdo dele tinha uma guitarra e uma arpa mais a frente.

   -- É mesmo, meu pai comprou tudo para meu irmão mais velho.

   -- Eu também tenho um irmão mais velho, mais tenho certeza de que ele não se interessa nessas coisas. -Falei o olhando nos olhos.

   Ele riu discretamente.

   -- O que ele faz? -Pergunta indo para perto do piano- Seu irmão?

   -- Ele? Ele é do time de futebol. Deve ter visto ele nos corredores, ele é bem popular, ao contrario de mim.- Digo sorrindo gentil.

  Ele parecia bem a vontade comigo naquela sala de musica. 

   -- E você? Sabe cantar ou tocar? - Ele pergunta, me olhando de jeito curioso.

   -- Eu não toco nada, mais as vezes eu canto nos musicais...

   -- Você deve amar neh? Poder mostrar seu talento no palco, pra todos? - Ele diz como se fosse algo novo.

   -- Sim, só que as vezes me da muito medo, do que as pessoas vão pensar de mim se eu falhar. Sempre tive medo de falhar. Não sou uma pessoa muito boa com pessoas. - Ri de nervoso

   Ele ri e depois se senta no piano. Como se aqui ele tivesse mais leve.

   -- Eu gosto de tocar as vezes. Nada profissional, já que vou trabalhar na empresa de meu pai.

   -- Você quer trabalhar lá mesmo? Eu vi você cantando, você é realmente muito bom, deveria investir, não é sempre que se acha um talento nato como você. -Falo com um sorriso brincalhão.

   Eu o encaro e ele faz o mesmo, e então reponde:

   -- Sim... acho que quero sim trabalhar com meu pai... a empresa é da minha família a anos, devo continua-la. - Ele falou, mas suas palavras pareciam ensaiadas, como se ele tivesse decorado falas de um roteiro no qual não quisesse participar.

   -- Ok que é uma herança, mais você não tem vontade de cantar? - Insisti.

   Ele não responde, só começa a passar seus depois compridos e pálidos cheios de anéis pelas teclas do piano. Fazendo uma bela melodia.

   -- Mesmo que eu quisesse, não posso. Tenho que trabalhar na empresa.-Diz distraído em quanto toca- Isso não ia dar em nada mesmo. - Diz com uma calmaria triste.

Da pra ver que ele ama isso tudo, que ele ama cantar e tocar. Só não entendo o por que de não fazer isso, mesmo que seja por diversão.

   -- Você poderia tocar para mim? -Falei o olhando esperançosa.

   -- Tipo agora? -Falou surpreso, olhando para todos os lados.

   -- Sim, se não se incomoda. - Digo sorrindo gentil.

   Ele deu uma última olhada em volta e começou a tocar aquele enorme e lindo piano. Ele tocava muito bem. Andei calmamente até ele é me sentei ao seu lado, ele tocava com delicadeza extrema.

  No momento que reconheci a melodia que Alec tocava, Say You Won do James Arthur, me vi cantarolando a letra. Depois de um olhar encorajador que me foi lançado pelo maior, comecei a canta-lá.

   Então ele começou a cantar comigo, de repente nós nos olhamos nos olhos um do outro, os dele brilhava, era lindo de se ver. Naquele momento eu vi que ele tinha um brilho diferente por traz de tudo aquilo aparente, ele me olhava de um jeito tão intenso, que por um segundo eu me perdi, era como se tudo saísse de foco, só ele estava no meu campo de vista. Eu estava me sentindo hipnotizada pelo momento, de uma forma que nem notei que estávamos próximos, tão próximos que eu sentia o ar de nossas respirações se unindo numa nuvem quente.  Nossos lábios estavam quase se colando um no outro... 

E então, do nada, surgiu a mãe dele.

   -- Eu pensei que estavam fazendo um trabalho. -Falou muito seria- E então Alexander, não vai falar nada? - Voltou a dizer depois de uns segundos de silencio.

Essa mulher não tinha ido da casa da tia do Alec?

   Ele se levanta assustado, e me pucha para que me levante de pressa.

   -- Vêronica, poderia ir indo para o quarto? -Falou de canto de olho.

   -- Claro. -Sorri tímida, me dirigindo pra fora da sala.

   E antes mesmo de eu sair da grande sala escuto a mãe de Alec falar:

   -- Eu já não falei? Não quero você se distraindo com essas porcarias!

   -- Não era nada demais! Só estávamos brincado. - Diz quase tão baixo que não entendo.

   -- Não interessa, você disse que não ia ficar com essas brincadeirinhas, eu ja lhe avisei Alexander, se seu pai sonha que você ao em vez de estar estudando pra comandar a empresa da familia esta cantando musicas, você sabe que ele venderia todos seus instrumentos não é?- Ela suspira, eles falam mais umas coisas baixinhas que não consigo entender. Algo como " Sinto muito querido, mas é pro seu bem"

   Quando escutei ele saindo fui correndo para o quarto do mesmo. Que não demorou muito para chegar, e então sentou -se na cama e eu sentei ao seu lado.

   -- O que aconteceu lá embaixo? -Faço com que ele me olhe.

   -- Vamos, pegue suas coisas, vamos para outro lugar. -Assenti e fomos para a garagem.

   Ele estava meio triste o caminho inteiro, fiquei um pouco preocupada, por isso o levei para uma lanchonete, que eu conhecia muito bem.

--------------------------------------------

OIE! como cs tão? entao neh nosso pequeno Alec tem problemas com a familia...

Mas e esse beijo que quase rolo? o q cs acharam?

não se esqueção de votar e comentar bastante

Os dramas de uma Atriz: Do Completo Ódio Ao Mais Puro AmorOnde histórias criam vida. Descubra agora