Capítulo 4

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P. V Bia

Escuto outro disparo, em seguida passos de uma pessoa correndo e a sirene parado, eu escutei os tiros mais não senti dor, por isso eu abro meus filhos e vejo que eu estou toda suja de sangue, mas não era meu sangue. Olho para o meu lado, vejo o Manuel caindo em cima de uma poça de sangue, ele atirou nele ao invés de mim e por que pediu desculpa antes de disparar? Por que quando ele gritou Não, a voz dele estava doce?

Vejo a polícia entrando e meu pai estava junto com eles, Manuel a um mês tinha dito que havia o matando, mas ele está aqui o que me deixa bem confusa.

Mariano: Querida. - Fala correndo até mim.

Vejo uns paramédicos, olhando o Manuel e o meu pai e os polícias me desamarram, em seguida eu abraço o meu pai, eu passei um mês me culpado pela morte dele.

Mariano: Calma filha, tudo acabou, ninguém mais vai te machucar. - Fala tentado me acalmar. - Vai ficar bem.

Eu olho para o Manuel, caindo no chão, com um tiro no peito e um na cabeça e outro na barriga, esse último tiro não tem cara de ter sido disparando por ele, mas por que o Manuel fez isso? O que será que ouve, para ele atirar contra si? Ele estava tal decidido a matar a mim e ao meu filho.

Outra coisa que me deixa, ainda mais confusa, por que ele quase sempre está com uma voz e derrepente esta com outra? Sério eu não estou entendo, mas nada.

Bia: Preciso sair daqui, papai. - Falo chorando e meu pai me entendo, me puxa para fora daquele lugar, me levando para uma das ambulâncias, por que tem duas?

Mariano: Desculpa, por não ter protegido você querida. - Fala mexendo no meu cabelo.

Bia: Não e sua culpa. - Falo e desmaiou.

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Quando eu acordando, vejo que estou no hospital, meu pai não estava aqui, e sim outro homem, ou dizendo melhor o médico estava aqui.

Médico: Que bom que acordou. - Fala sorrindo. - Acabei de informar o seu estado para sua família e amigas, eles estão felizes por você estar de volta. - Fala mexendo na minha medicação. - Como você está se sentido?

Bia: Eu estou bem. - Falo colocando a mão na minha barriga. - Ele está bem?

Médico: Esta perfeito. - Fala sorrindo. - Você teve sorte.

Eu olho para ele que estava anotando, algumas coisas no papel, por que ele disse que eu tivesse sorte?

Bia: Como assim, eu tive sorte? - Pergunto confusa.

- O garoto que estava com você, ele teria te matando. - Fala suspirando.

Bia: E eu sei. - Falo suspirando. - Mas ele não fez, ele estava com a arma na minha barriga e não atirou em mim, ele atirou nele.

- Já conversei com sua família, talvez você também deva saber. - Fala meio tenso. - Você espera um filho dele, tem que saber a verdade.

Bia: Que verdade? - Pergunto confusa. - Você o conhece?

- Sou meio que o pai adotivo do Manuel. - Fala suspirando. - Manuel era um garoto especial até seus 6 anos, quando ele caiu e bateu a cabeça, quando isso aconteceu ele mudou.

Bia: Mudou? - Pergunto pensativo, eu não entendia o motivo dele ter me prendido por durante todo esse tempo, mas talvez agora eu saiba.

- Os médicos o diagnosticaram com dubla personalidade, quando ele tinha seus 7 anos e eu o levei para o clínica, ele ficou lá até os 14 anos e estava bem. - Fala suspirando. - Meu maior erro foi deixar ele voltar para a mãe dele, a mesma sua tentou abortar ele e a mesma que fez ele sofrer o acidente quando tinha 6 anos. Essa não foi a primeira vez que ele tentou machucar alguém, depois que saiu da clínica, teve um garota na Espanha que ele sequestrou alegando que ela tinha o chamando de doente, mas eu consegui achar ele, antes dele fazer besteira.

Bia: Olha, não estou entendo muito bem. - Falo meio confusa.

- A mãe dele não me permitiu colocar ela na clínica novamente e o mandou para cá, acontece que o alto ego dele já tinha assumindo o lugar dele, quando um assumi o outro dorme e estranho eu sei. - Fala olhando para a minha barriga. - Um tiro que passou perto do coração, outro foi na cabeça, e um no estômago ele teve várias paradas cardíacas, ele salvou você.

Bia: Ele me levou para aquele lugar, ele não me salvou. - Falo suspirando.

- Não Urquiza, que levou você para lá foi o alto ego dele, quando você quiser que estava grávida, confirmando o que o alto ego já sabia. - Fala olhando para minha barriga. - O lado mal do meu pequeno tentou matar a criança e você, mas o verdadeiro Manuel, aquele que sempre esta adormecido, quando o alto ego esta no controle, lutou, ele tomou o controle, ele atirou em si.

Bia: Existe dois lados dele? - Pergunto confusa. - Por que o lado bom, escolheria atirar em si?

- Por que ele queria acabar com tudo aquilo, ele queria matar o alto ego dele. - Fala suspirando. - Conversei com seu pai e com dificuldades ele disse que se você permitisse não iriam prestar queixa contra ele, eu vou o internar, quando ele sair do hospital. Você não precisa ficar perto dele, ele e um bom garoto.

Bia: Olha ele me machucou não fisicamente, mas mentalmente, eu engravidei dele por que eu queria fugir e ele nunca me contou sem que eu permitisse. - Falo suspirando. - Mas ele disse que tinha matado o meu pai, não posso não prestar queixa, me desculpe.

- Tudo bem, entendo seu lado. - Fala suspirando. - Não vou mais te incomodar, vou indo, você já pode ir. - Fala tirando o soro. - Se cuidar e cuida do meu neto.

Eu me sento na cama e vejo aquele homem ir, sei que ele só estava querendo ajudar o filho que esta doente, mas o Manuel me deixou mal e eu tenho medo, medo dele machucar a mim e ao meu filho, por isso eu vou denunciar ele, provavelmente ao invés de ir para cadeia ele vai ficar um bom tempo, em alguma clínica e eu ficaria mais aliviada.

Mariano: Filha. - Fala me abraçando, o delegado esta ali com ele, provavelmente para pegar o meu testemunho.

Delegando: Senhorita Urquiza, preciso saber se vai estar prestando queixa ao garoto. - Fala me olhando e eu dou um meio sorriso, tenho que fazer isso.

Bia: Eu quero prestar queixa sim, por ele ter me mantido longe da minha família durante todo esse tempo. - Falo suspirando e meu pai segura a minha mão.

Mariano: E também tem o Fato dele ter engravido a minha filha, ele e um ser nojento. - Acho que ele pensar, que o Manuel me tocou sem eu querer.

Bia: Ele não me tocou em nenhum momento, ele não fez nenhuma coisa que eu não queria, claro exeto o fato de ter me prendido. - Falo olhando para o meu pai, tomara que ele me perdoe.

Delegado: E a criança? - Fala apontando, para a minha barriga.

Bia: Eu me deite com ele, eu precisa fugir e tinha que ter uma vantagem sobre ele. - Falo querendo chorar. - Pai me perdoa.

Mariano: Não peça perdão querida, não e sua culpa. - Fala abraçando a mim. - Eu e sua mãe vamos cuidar de você, esse garoto, nunca mais vai encostar em você.

Bia: Eu te amo pai, obrigada por ter me encontrando. - Falo chorando.

Mariano: Nunca desistiria de você. - Fala dando um beijo no topo da minha cabeça, bem na hora que o pai adotivo do Manuel aparece.

Delegando: Senhor, quando seu filho acordar preciso que me avise, pois ele será preso pelo que fez a Senhorita Urquiza. - Fala no exato momento que outro médico aparece.

- Acabei de ser informando, meu filho não aguentou a cirurgia, ele infelizmente veio a óbito. - Fala chorando.

- Não ouve nada que podessemos fazer por ele, Manuel, morreu já estava praticamente morto quando chegou, não havia salvação para ele. - Fala o outro médico.

Delegando: Preciso do atestado de óbito dele e do depoimento de todos que estava na sala de cirurgia e tenho que ver o corpo.

- Ok.

Ele está morto, o garoto que tanto me tirou da minha família e que acabou me engravidando esta morto e a única sensação, que consigo sentir e de felicidade, por não estar mais correndo risco de vida. O pior pesadelo da minha vida está morto, Manuel Gutiérrez se foi para sempre.

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