Katniss sempre gostou de escrever, desde o momento que aprendeu a sua primeira palavra, a garota nunca mais parou. Ela escreve os mais variados tipos de textos e em qualquer lugar ou hora, não é a toa que sua mochila sempre está cheia de papéis.
Qua...
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12 anos depois • Katniss Carter
Peguei o celular e vi uma mensagem de Hiro, era uma foto que ele tirou na frente de um cartaz de publicidade do meu último livro publicado na entrada de uma livraria em Nova York. Sorri ao ver a posse engraçada que ele fazia e receber notícias suas, me fez sentir saudades.
Já tinha quase três meses que não nos viamos, mas conversávamos sempre por mensagem ou vídeo chamada, ele havia ido passar uma temporada com a família na casa do pai, mas sempre entrávamos em contato, não só por nós, mas por Eve, filha dele, e minha afilhada de três anos.
Depois que fui para a faculdade, mantive contato com Hiro, e conforme o tempo passou, descobri um amigo incrível no garoto que um dia achei que seria algo mais, e isso nos deixou tão unidos que com a chegada de Eve ao mundo, ele não pensou duas vezes em me chamar para ser a madrinha da garotinha.
— Nossa! O seu marido tem razão — Elisa falou abrindo a porta — Você não sai desse escritório — observei minha amiga se aproximar e sentar na cadeira de couro vermelha do outro lado da minha mesa de madeira recuperada.
— Vocês dois exageram muito — avisei bloqueado o celular e voltando minha atenção para o notebook onde eu escrevia meu novo livro.
— Nem tanto — a mulher apoiou os cotovelos na mesa e sorriu — imagino que logo irei te receber no estúdio da revista pra tirar algumas fotos pra uma entrevista nova, é um livro novo?
— É, romance novo, eu tenho estado bem sensível ultimamente — brinquei e Elisa deu risada. Foi então que a porta de madeira grosa novamente foi aberta.
— Você não sai desse escritório né? — Agatha entrou no cômodo sorrindo. Elisa me olhou com as sobrancelhas erguidas e eu mostrei a língua para ela.
Fazia três anos que minha irmã tinha se mudado para Boston, e morando a quinze minutos da minha casa, sempre me visitava, o que era muito bom, assim ela me fazia companhia e me ajudava com algumas coisas.
Agatha havia se formado em educação física e ao lado do marido abriu uma rede de academia no último ano, ele cuidava de toda as finanças e ela ensinava ioga e hidroginástica.
— É bom te ver também — a provoquei e a garota sorriu antes de me dar um beijo no topo da minha cabeça.
— Como você está? — Agatha perguntou passando a mão em meus cabelos.
— Um pouco cansada — confessei e mais uma vez ela sorriu, assim como Elisa.
— Vamos — a loira a minha frente disse ao se levantar — estão todos te esperando.
Salvei meu projeto duas vezes antes de fechar o notebook, em seguida, Agatha me estendeu a mão me ajudando a levantar da cadeira giratória. E então saímos na direção da cozinha.
